quinta-feira, 1 de setembro de 2011

YO'EL (JOEL).

INTRODUÇÃO AO LIVRO DE:






JOEL







INTRODUÇÃO







Visão geral

Autor: O profeta Joel.

Propósito: Chamar o povo de Yaohu ao arrependimento para que possa escapar do juízo e desfrutar das bênçãos trazidas com a chegada do Dia do ETERNO.

Data: Desconhecida.

Verdades fundamentais:

Os juízos temporários e históricos chamam ao arrependimento.

Os juízos temporários indicam a importância do arrependimento para o grande Dia do ETERNO.

Ao povo arrependido Yaohu promete livramento do juízo e infindáveis bênçãos no futuro.







Propósito e características

Embora a unidade do livro tenha sido questionada pelos críticos do final do século 19 e início do século 20 (eles achavam que autores distintos haviam escrito a seção contemporânea [1,1 – 2,17] e a futurista [2,18 – 3,21] do livro), a maioria dos comentaristas atuais defende a sua unidade essencial. Características como a repetição do tema o “Dia do ETERNO” (1,15; 2,1.11.31; 3,14) e os elos verbais entre as seções (p. ex., 2,2 e 2,31; 2,10-11 e 3,16; 2,10 e 3,15; 2,11 e 31; 2,17 e 3,17) apontam para essa unidade.

Um tema teológico central no livro de Joel é o conceito do “Dia do ETERNO”. Em 1,15 o Dia do ETERNO é apresentado no contexto da descrição que Joel faz da terrível devastação que, segundo ele acreditava, prenunciava um juízo futuro ainda maior. Desse modo, nesse primeiro exemplo, tal como Amós (Am 5,18-20; cf. Sf 1,7-13), Joel declara que o Dia do ETERNO é um dia de julgamento contra o próprio povo de Yaohu. Do mesmo modo, Joel descreve no cap. 2 o Dia do ETERNO como um dia “terrível” (2,11), “dia de escuridade e densas trevas, dia de nuvens e negridão” (2,2), um dia em que o ETERNO liderará o seu exército contra Israel. Contudo, na segunda parte do livro, Joel concentra-se no Dia do ETERNO como um dia de julgamento dos inimigos do povo de Yaohu, enquanto o povo de Yaohu será protegido e abençoado (Is 13; Jr 46 – 51; Ez 25 – 32).







CHRISTÓS, “O UNGIDO” –, EM JOEL.

(Yaohushua):



O livro de Joel tem ocupado um lugar importante na vida da Igreja. O Novo Testamento deixa claro que Yaohushua e seus seguidores estavam familiarizados com os escritos de Joel, e sua influência está mais evidente nas passagens do Novo Testamento que falam dos últimos dias. Essas passagens baseiam-se nas imagens vívidas usadas por Joel para descrever o Dia do ETERNO e a praga dos gafanhotos (p. ex., Mc 13,24; Lc 21,25; Ap 6,9; 9,2). De igual importância são as promessas encontradas em 2,28-32, citadas por Pedro e consideradas como cumpridas durante o acontecimento do Pentecostes (At 2,16-21). Paulo também fez referências a essa profecia em Rm 10,13, onde usou Jl 2,32 para embasar seu argumento de que “não há distinção entre judeu e grego” (Rm 10,12). A salvação é para todos, como declarou o profeta Joel: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do ETERNO – Yaohu - será salvo” (2,32).

A Igreja continua a considerar o ensinamento de Joel sobre o Dia do ETERNO como uma importante fonte de esperança e conforto, por um lado, e uma palavra de advertência, por outro. Em momentos de aflição e desespero, os Remanescentes têm considerado consoladoras e inspiradoras as promessas em relação à bênção, à proteção e à defesa da comunidade da aliança do ETERNO. Ao mesmo tempo, a vívida descrição que Joel faz dos terríveis aspectos do Dia do ETERNO tem servido como um lembrete da santidade e do julgamento de Yaohu como um chamado contínuo ao arrependimento pleno e à santidade de vida. Por fim, o grande Dia do ETERNO é o dia da volta de O UNGIDO, o dia em que ele julgará o mundo inteiro, lançando seus inimigos no inferno e abençoando os Remanescentes com uma herança eterna nos novos céus e na nova terra.







Veja as referências de Joel 2,32, e o estudo desse versículo (Bíblia de estudo de Genebra. Edição Revista e ampliada pág. 1.135).:



- Referências: ([d] todo aquele que invocar o nome de Yaohu será salvo; porque, Jr 33,3; At 2,21; Rm 10,13; [e] no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o ETERNO prometeu; e, Is 46,13; {Rm 11,26}; [f] entre os sobreviventes, aqueles que o ETERNO chamar! Is 11; Jr 31,7; {Mq 4,7}; Rm 9,27.).



- Estudo: 2,32 Invocar o nome de “Yaohu”. Essa frase refere-se a adorar o ETERNO (Gn 12,8), especialmente para fazer O SEU NOME CONHECIDO POR AQUELES QUE NÃO O CONHECEM OU QUE SE OPÕEM A ELE (1Rs 18,24; Sl 105,1; Is 12,4; Jr 10,25; Zc 13,9). Sobrevivente. Os chamados pelo ETERNO que responderam com fé. (ASSIM, YAOHU GUARDOU PARA SI, NA PERIGOSA ÉPOCA DE ACABE, SETE MIL HOMENS QUE NÃO TINHAM DOBRADO OS JOELHOS A BAAL – 1Rs 19,18; Rm 11,4). Confissão Belga. ARTIGO 27, pág. 1.756 - “Westminster”.



“Seja você, que está lendo esta apostila, agora, participante do grupo dos SETE MIL que não dobraram os joelhos... Receba, conheça, fale do Nome de Deus. Pois como disse Joel: Todo aquele que invocar o seu nome será salvo – YAOHU!”.



Esse é o meu propósito que todos conheçam, e, glorifique, novamente, o seu Nome Sagrado - Yaohu. Amém. Anselmo Estevan.





JOEL: Um livro enigmático. O historiador da literatura bíblica, desejoso de elucidar o quadro humano da Revelação e de melhor conhecer as circunstâncias particulares nas quais ela foi elaborada, vê-se obrigado, no caso de Joel, a contentar-se com hipóteses, nenhuma unanimemente sufragada pelos estudiosos. As hipóteses dizem respeito à estrutura do livro, à sua inserção na vida do povo eleito (em outros termos: ao gênero literário), à pessoa do autor e à data.

a) A estrutura do livro. Foram propostas várias maneiras de concatenar os quatro capítulos do livro. Alguns exegetas, dividindo o volume em duas partes, julgam poder descobrir nos dois primeiros capítulos um plano coerente que lhe daria o cunho de obra literária mais ou menos unitária; seria uma espécie de liturgia ou de cantata, apresentando a descrição de um flagelo, o apelo premente dirigido às diversas camadas da população para celebrar ritos de humilhação diante de Yaohu e finalmente o anúncio da graça. Os capítulos 3 e 4 compreenderiam uma série de oráculos mais tardios, independentes uns dos outros e redigidos em estilo precursor dos “apocalipses” posteriores. Esta hipótese, se bem que sedutora, não satisfaz a todos os exegetas. Observam especialmente que a coesão intrínseca dos dois primeiros capítulos está longe de ser evidente: encontra-se aí três ou quatro descrições discordantes do flagelo (1,4.5-12.15-20; 2,1-11); o apelo ao jejum aparece duas vezes em lugares diferentes (1,13-14 e 2,15-17) e é como que suplantado por um apelo ao genuíno arrependimento, que não é o rito de humilhação (2,12-14). Verificando a falta de concatenação lógica ou litúrgica dos diversos elementos, esses exegetas consideram os dois primeiros capítulos, a exemplo dos dois últimos, uma coleção de oráculos primitivamente avulsos. Aliás, o leitor notará que a disposição geral desses textos todos segue um esquema usual na literatura profética: começa por uma série de oráculos, principalmente de desgraça, mas também de salvação, para o povo de Yaohu (1,2 – 3,5); continua com oráculos contra as nações estrangeiras (4,1-17) e termina com um oráculo de salvação para Judá (4,18-21).

b) A inserção na vida do povo eleito. Alguns julgam que, nos dois primeiros capítulos do livro de Joel, o profeta descreve um acontecimento real: invasão de gafanhotos que, como uma nuvem, escurecem o céu, abatem-se sobre a terra e destroem a vegetação. Diante de tal desastre, o profeta teria convidado os habitantes de Judá a observar um dia de luto e celebrar os ritos de um jejum nacional; esses capítulos constituiriam uma espécie de liturgia utilizada por ocasião dessas cerimônias ou, ao menos, seriam amplamente inspirados pela liturgia. Mas esta hipótese não obtém a unanimidade dos especialistas. Sem insistir no fato de que o desenrolar litúrgico da alegada cerimônia pouco aparece no texto, verificam que o flagelo não parece identificar-se apenas com uma invasão de gafanhotos: trata-se também de uma seca, de violento incêndio, de invasão militar e, principalmente, do “Dia do ETERNO”. Além disso, não é certo que o profeta esteja descrevendo um acontecimento atual, um fato concreto ao qual teria assistido pessoalmente como testemunha ocular; tem-se, antes, a impressão de que ele tenciona evocar o flagelo, a catástrofe, a provação por excelência, e que ele cria o acontecimento aos poucos pelo poder evocativo da sua palavra, como ocorre evidentemente nos capítulos 3 e 4. Quem olha de mais perto verifica que a aparente diferença de estilo entre as duas partes do livro se apaga sempre mais e se impressiona com o dinamismo desse profeta, que, pelo poder da sua palavra, desfaz e refaz o mundo.

c) A pessoa do profeta é desconhecida. É introduzido em 1,1 como “filho de Petuel”, mas esta informação é muito lacônica. Os exegetas que admitem que a primeira parte do livro constitui, ou imita, uma liturgia utilizada no templo, julgam que Joel era um dos profetas adidos ao santuário, ou seja, um profeta “oficial” ou “cultual”; seria uma espécie de cantor inspirado que exercia um ministério litúrgico no quadro do culto oficial. Outros, realçando as incoerências que pensam poder apontar no texto, estimam que o nome “Joel” não designa propriamente um profeta individual, mas um grupo de profetas. Outros ainda, insistindo no fato de que não dispomos de critérios para atribuir as duas partes do livro a autores diferentes, renunciam a qualquer tentativa de identificar a pessoa do profeta. Como quer que seja, convém realçar a beleza poética e a profundidade religiosa desses quatro capítulos.

d) A data do livro é uma das questões mais controvertidas. Pode-se observar o seguinte: o silêncio a respeito do rei de Jerusalém, a índole “apocalíptica” de tal ou tal passagem levaram numerosos exegetas a propor uma data posterior ao exílio para os quatro capítulos. Mas estes dados não são dirimentes; antes, o estilo vigoroso, muitas vezes incisivo, e o hebraico vivo, que nada perdeu da sua vitalidade, militam em favor de uma data pré-exilica. Analisando-se o vocabulário e o pensamento do autor, descobre-se grande parentesco com os teólogos do fim do século VII e do começo do século VI: os autores anônimos do Deuteronômio, de Jeremias, de Sofonias. Os dois primeiros capítulos não contêm nenhuma alusão histórica precisa e verificável. No cap. 3, alguns intérpretes consideram o v. 4 como a descrição de um eclipse total do sol; ora, segundo os astrônomos, a Palestina foi afetada por um acontecimento desses em 1130 e, depois, em 357 e 336 a.C. Ora nenhuma destas datas é aceita por todos os exegetas: a primeira, porque dataria o livro da época de Josué e dos Juízes; as duas outras, porque lingüisticamente improváveis. Além do mais, o versículo citado não fala de mero eclipse do sol, mas de catástrofe global, da qual o escurecimento do sol é apenas um elemento (cf. também 4,15-16). O cap. 4 ao contrário, traz alusões históricas precisas, que, embora de interpretação controvertida, parecem levar-nos ao século VII ou, a rigor, ao século VI a.C.

Em conclusão, o historiador vê-se obrigado a confessar a sua perplexidade diante de um texto que os métodos literários e históricos não chegam a explicar de maneira plenamente satisfatória. Isto quer dizer que tal texto transmite uma mensagem que é preciso tentar entender em sua dimensão supratemporal, fazendo abstração da circunstância concreta que o ocasionou (cf. 1,2.3).





Mensagem clara. Apesar das dificuldades da abordagem literária, a mensagem do profeta se deduz com clareza dos oráculos. Desdobra-se em dois grandes temas intimamente ligados entre si: o tema do despojamento total do homem como condição de salvação, e o tema do “Dia do ETERNO”. Estes dois temas se entrelaçam constantemente; formam um todo compacto; um não é se não o reverso do outro.

A menção do “Dia do ETERNO” encontra-se em cada um dos quatro capítulos (cf. 1,15; 2,1-2; 3,4; 4,14). É mais do que um simples “dia”: é uma grandeza temporal e, também, espacial, de certo modo personificada, um monstro aterrador que é como que a condensação de uma força incomensurável, de uma energia radicalmente incomparável e diferente, de uma energia que só pode ser descrita na linguagem inadequada derivada das catástrofes naturais ou de uma guerra mortífera, de uma energia que, em relação à luz terrestre, é apenas trevas; sobrevindo, ela aniquilará toda vida e abalará os astros; a sua manifestação implicará a condenação de tudo o que presume opor-se ao ETERNO DO UNIVERSO.

Para o homem, esse Dia é sinônimo de despojamento total, despojamento que o profeta não se cansa de circunscrever com o auxílio de um repertório inesgotável de imagens: por exemplo, a essa energia, assemelhada a enxames de insetos, nada pode resistir (1,4); tudo o que é delicioso, ou simplesmente necessário à vida, é eliminado, devastado, ressequido, convertido em deserto, reduzido a pedaços, estiolado, murchado, exaurido...; as pessoas se tornam confusas e desoladas, a alegria se esvai (cf. 1,5-20). No cap. 2, o despojamento é provocado por um exército misterioso e onipresente que, cercado de fogo devastador, enche as cidades e as casas. Mais adiante, no cap. 3, aparece como uma reviravolta total tanto interior como exterior: o Rúkha – Yaohu elimina e suplanta as faculdades sensoriais normais: todos os homens se comportam como loucos, e o universo se transforma em teatro de uma série de prodígios que o reduzem a estado caótico. No último capítulo, o despojamento dos homens toma principalmente a forma de julgamento universal.

Segundo a mente do profeta, esse despojamento total é a condição de uma “volta” igualmente total, de uma conversão que não consiste apenas em ritos – formas exteriores de um processo interior (1,13-14 e 2,15-17) – mas principalmente numa nova orientação da pessoa inteira (2,12-14). Em 3,5, a conversão é resumida na expressão “INVOCAR O NOME DE Yaohu”; acrescenta-se que, para ser eficaz, ela supõe a eleição divina: SÓ SOBREVIVERÃO AO DESPOJAMENTO RADICAL AQUELES QUE O ETERNO TIVER “CHAMADO”. Despojando de tudo, resta ao homem entregar-se a Yaohu; ele só pode contar com a graça; já não pode senão dizer: Talvez ele ainda se arrependa (2,14).

A este homem despojado e arrependido, os três oráculos de salvação que perpassam o livro (2,18-27; 3,5; 4,18-21), anunciam uma existência inteiramente renovada caracterizada pela maravilhosa abundância propiciada pela presença criadora de Yaohu (2,21). Notemos, porém, que a abundância não é uma finalidade em si; com efeito, o essencial reside na certeza, dada ao povo já irrevogavelmente ligado a Yaohu, de conhecer o ETERNO (2,27; 4,17).

Ao interpretar a efusão do RÚKHA hol – RODSHUA em PENTECOSTES mediante termos derivados, antes do mais, de Joel (At 2,17-24; cf. Jl 3,1-5), o apóstolo Pedro e o evangelista Lucas com ele atestam que esse despojamento e essa reviravolta, prelúdio e momento decisivo da experiência salutar, realizam-se, e devem realizar-se, na existência “Remanescente”. É o Rúkha hol – Rodshua que, para o Remanescente e no coração deste, efetua esse despojamento e suscita nele o conhecimento de Yaohu!

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