quinta-feira, 1 de setembro de 2011

1 CORÍNTIOS.

1ª EPÍSTOLA DE PAULO AOS




CORÍNTIOS







INTRODUÇÃO





Visão geral

Autor: O apóstolo Paulo.

Propósito: Combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na Igreja de Corinto.

Data: c. 55 d.C.

Verdades fundamentais:

A Igreja deve estar unida, não dividida.

Como o seu modelo de sabedoria, os messiânicos devem olhar para Yaohu, não para o mundo.

Tanto a disciplina como o julgamento, eclesiásticos apropriados, asseguram a paz e a pureza da Igreja.

A liberdade messiânica deve ser exercida de tal maneira que proteja aqueles que são fracos na fé.

A adoração e o exercício dos dons espirituais devem respeitar e honrar a Yaohu e aos irmãos em Christós – o Messias – O UNGIDO! (grifo meu). Anselmo.

A realidade da ressurreição corpórea futura dos crentes é uma parte essencial do evangelho.





Propósito e características

Pode-se inferir de 5,9 que Paulo havia enviado para a Igreja, anteriormente, uma outra carta (a qual não mais existe), exortando os coríntios a se separar dos messiânicos imorais. Provavelmente, essa carta continha um pedido de oferta (16,1-4) e outras instruções relacionadas aos problemas internos da Igreja. Porém, os problemas não diminuíram. Na verdade, o apóstolo recebeu relatórios de que a Igreja de Corinto estava sendo destruída por divisões internas, particularmente em resultado do comportamento de alguns que se viam como mais espirituais e sábios do que os seus irmãos em Christós (1,11-12; 3,1-4; 8,1-3). O orgulho deles também levava a criticar Paulo de modo agressivo (4,1-4), à imoralidade flagrante por parte de alguns membros da Igreja (5,1) e a processos judiciais entre messiânicos (6,1-6). Além disso, a própria Igreja havia enviado uma carta a Paulo pedindo instrução sobre assuntos como: o casamento e o divórcio, a carne oferecida a ídolos, os dons espirituais e o método usado pelo apóstolo para a coleta que ele estava fazendo (7,1.25; 8,1; 12,1; 16,1). Os coríntios também pediram uma visita de Apolo (16,12). Paulo se defrontou com uma tarefa pesada e escreveu essa carta para tratar do problema.







EPÍSTOLAS PAULINAS: (2ª).



A comunidade de Corinto. Paulo passou pelo menos dezoito meses em Corinto para aí anunciar o Evangelho (At 18,1-8), de 50 a 52. Segundo alguns cálculos, sempre discutíveis, Corinto contava na época mais de meio milhão de habitantes, dois terços dos quais eram escravos. Destruída em 146 a.C., reconstruída com anos mais tarde por César, era uma cidade nova que devia a sua prosperidade extraordinária à situação geográfica e aos dois portos: Cencréia, no mar Egeu (golfo Sarônico), o outro, Lequéia, no Adriático (golfo de Corinto).

Ela possuía as características que distinguem em todas as épocas a vida dos grandes portos: população muito heterogênea na qual todas as raças, todas as religiões convivem lado a lado; numerosas atividades comerciais e industriais: vida fácil de uns e pobreza dos outros; multidão de escravos há labuta. Mas essa cidade cosmopolita era também um centro intelectual onde todas as correntes de idéias estavam representadas. No século II, um retórico podia felicitar Corinto pelo número de suas escolas, dos seus filósofos e dos seus letrados, com que se podia topar em cada esquina. Era igualmente um centro religioso onde os cultos do Oriente exerciam indiscutível sedução. Sempre no século II, encontravam-se ali santuários de Ísis, Serápis e Cibele, ao lado de templos consagrados a Júpiter e às divindades tradicionais. [É nesse ponto que a minha apostila bate: “Em todo ídolo ter um nome próprio – e, ser reverenciado como tal...” E o Nosso “Deus” – somente conhecido por este título... e quando lhe deram um suposto “nome” – foi um substantivo – sendo “SENHOR” – adquirido como Nome próprio! NUNCA, MAS NUNCA MESMO! POR ISSO ESTOU REVELANDO O SEU NOME PRÓPRIO – YAOHU!] Anselmo Estevan. Quanto ao relaxamento dos costumes em Corinto, sem dúvida não era pior que o de todas as grandes cidades do mundo greco-romano.

Por sua composição, a comunidade messiânica reunida pela pregação de Paulo era o reflexo fiel da cidade. Havia ricos e havia pobres (11,21-22), mas os primeiros eram uma fraca minoria (1,26); o conjunto era composto de gente simples, de escravos (7,21), em resumo, de gente desprezada (1,28).

Esses messiânicos formavam uma comunidade animada e fervorosa, mas que ficava muito exposta aos perigos da corrupção da vida ambiente: moral sexual dissoluta (6,12-20), pendências, disputas e lutas intestinas (1,11-12; 6,1-11), sedução da sabedoria filosófica de origem pagã, que se introduzia na Igreja revestida de um verniz messiânico superficial (1,19 – 2,10), e que pervertia as certezas fundamentais da nova fé (1Co 15); atração também dos cultos secretos e das correntes de pensamento que se difundiriam no século II sob o nome genérico de “GNOSTICISMO”, cujas manifestações desordenadas ameaçavam reproduzir-se nas assembléias messiânicas (12,1-2 e 14,26-38). A planta messiânica era sadia e vigorosa, mas suas raízes mergulhavam numa terra que não lhe era homogênea. Situação anormal à qual o Rúkha acudia distribuindo com abundância os seus dons excepcionais (12 – 14) e que Paulo, em suas cartas, procurava modificar, fornecendo ao novo rebento o húmus messiânico que lhe faltava.

{Mas, infelizmente, por motivos de excessiva religiosidade, e de compreender errado a “Palavra de Yaohu” – a “planta” já se contaminara sozinha...! Como? Em não pronunciar seu nome ou esconde-lo o trocaram por um substituto e o blasfemaram “inconsciente” e “conscientemente...”. A Bíblia esclarece que esse nome não era usado de forma casual. O terceiro mandamento proíbe o uso do nome de Deus em vão, e a pessoa que o usasse em uma maldição deveria ser executada de acordo com o ensino divino explicito. Já nos dias de Yaohushua, ninguém pronunciava o Nome de Deus, com exceção do Kohen hagadol (sumo sacerdote) quando entrava no Lugar Especialmente Sagrado do templo para realizar a expiação dos pecados de Yisra’el, no Yom Kippur. Essa regra era tão severa que os masoretas, ao escreverem as vogais na Torah, usavam as vogais de outra palavra para a pronúncia do tetragrama. Já nessa época, usava-se a palavra Adonai, uma designação divina freqüente da Bíblia com o significado de “meu Senhor”, no lugar do Nome, todas as vezes que se lia a Torah; por isso, os masoretas colocaram as vogais de Adonai sob as consoantes Yôd-Hê-Vav-Hêh. Até hoje, quando a Torah é lida na sinagoga, “Adonai” SUBSTITUI o Nome. Só que isso foi por vontade própria do “homem”, e não “Deus” – que assim o designasse ok! Anselmo Estevan}.Oseias 2,13.16-17 – Baal...!!!

Daí provém o interesse desta carta. Ela nos mostra, quase como ao vivo, os problemas suscitados pela inserção da fé messiânica numa cultura pagã e os meios empregados por Paulo para resolver esses problemas.





Circunstâncias que motivaram a carta. Façamos um breve apanhado da seqüência dos acontecimentos que medeiam entre a primeira pregação de Paulo em Corinto e o envio desta Epístola aos Coríntios. Depois de sua partida, Paulo manteve o contato com a comunidade por ele fundada. Sabemos por 5,9-13 que 1Co fora precedida por outra carta (chamada muitas vezes de carta pré-canônica), que não nos foi conservada; nela, Paulo tratava, entre outras coisas, das relações dos messiânicos com os “devassos”. Esta carta, do qual certos estudiosos acreditaram reconhecer um fragmento em 2Co 6,14 – 7,1, provavelmente seguia-se a um bilhete dirigido pelos coríntios, fazendo uma pergunta à qual Paulo respondera. Por outra parte, sabemos, graças ao relato dos Atos (18,24-28), que a comunidade de Corinto acolhera um pregador messiânico de valor na pessoa de Apolo, judeu de Alexandria, que aderira à nossa fé e em Éfeso fora definitivamente convertido ao messianismo por Áquila e Priscila, e por eles munido de cartas de recomendação quando partiu para Corinto.



Veja dois termos que acho de interesse, colocar nessa apostila – São termos discutíveis: 1º Yeshua, da Bíblia Judaica Completa de David H. Stern.

O, 2º Jesus, da Bíblia Apologética de Estudo (ICP) – Instituto Cristão de Pesquisas, de Antonio Fonseca. Almeida – ACF. Com todos os direitos autorais reservados aos seus respectivos escritores!



Ye – shu – a (Jesus). Variante de Y’hoshua (Josué; v. Comentário a seguir), No Tanakh, nove pessoas e uma cidade recebem o nome Yeshua, geralmente transliterado em “Jesus”. Na Septuaginta e no Novo Testamento, o mesmo nome é vertido para o grego como Iêsous, daí a forma portuguesa “Jesus”. Significa “Yud-Heh-Vav-Heh Salva” (Mt 1,21), e também é a forma masculina de yeshu’ah (“salvação”). 1. O Messias de Yisra’el, Yeshua de Natzeret. No hebraico moderno, o nome de Yeshua é escrito e pronunciado Yeshua, que pode ter sido a antiga pronúncia da Galil. Entretanto, ao refletir 2 mil anos de conflitos entre a igreja e a sinagoga, ele também é o acrônimo de Yimach sh’mo (“Que seu nome e sua memória seja apagados”) (Mt 1,1+). 2. Judeu messiânico de Roma: “Yeshua, chamado Justo[...]” (Cl 4,11).



Jesus {Adeptos do nome Yehoshua e suas variantes}: Os adeptos do nome Yehoshua e suas variantes (ASNYV) surgiram no Brasil por volta de 1987, aproximadamente. Esse movimento não é propriamente considerado uma heresia ou seita de origem brasileira, pois já existem grupos similares nos EUA e em outros países. No Brasil, o movimento se dividiu em inúmeras facções.

Seus seguidores ensinam que o nome Yehoshua é de origem divina e significa “Deus Salvador” (Yeho = “Senhor” + Shuah = “Salvação”). Não aceitam, de forma alguma, qualquer outro nome. Falam que o nome Jesus é de origem pagã e significa “Deus-cavalo” (Ye = “Deus” + Sus = “Cavalo”). E vão mais além em sua obstinação contra o nome Jesus, comparando-o com Esus – deus mitológico dos celtas, que aparece segurando serpentes e tem cabeça de carneiro.

Embora não haja um credo uniforme nessa corrente, entre os diversos grupos, porém, encontramos doutrinas exóticas, tais como:

- Negam a inspiração do evangelho de Mateus, sob a legação de que se trata de um livro apócrifo.

- Ensinam que Jesus significa “Deus-cavalo”.

Fazem ligação entre Jesus (no grego Iêsous) com Esus, um deus celta, pretendendo, com isso, afirmar que os cristãos são pagãos.

- Que o número 666 (número da Besta de Ap 13,6.18) se enquadre no nome de Jesus.

- Negam o nascimento virginal de Jesus, que Ele é filho de José e Maria.

- Professam um credo unicista, que nega a doutrina da Trindade e afirma que o Pai é o Filho e o Filho, o Pai.

- Crêem que há duas classes de pessoas: os cristãos, que vão para o céu; e os judeus, os assírios e os egípcios, que irão herdar a terra.

- A guarda do sábado é necessária à salvação.

- Negam a salvação de quem invoca o nome de Jesus. Só há salvação para quem invoca o nome Yehoshua, ou seja, somente para os que comungam com suas crenças.



Seu proselitismo os leva a buscar adeptos entre os cristãos evangélicos.



É, caros irmãos...!! Infelizmente é isso que acontece neste mundo de Yaohu! Mentiras contadas misturadas com verdades....! E Verdades misturadas com mentiras...!! Todas sendo contadas e recontadas....[Referente ao 2ª estudo ok!]. Escrevi estes dois textos acima somente para informação dos que vão ler as minhas apostilas e ficarem sempre bem informados.. Mas, se o nome “Jesus” é um nome tão simples não acredito de forma nenhuma que o anjo “Gabriel” – Mandou colocar esse nome no Filho de Yaohu.



Lucas 1,26ss: No sexto mês, o anjo Gavri’el foi enviado por Yaohu a uma cidade da Galil chamada Natzeret, a uma virgem, noiva de um homem chamado Yosef, da casa de David. O nome da virgem era Miryam. Aproximando-se dela, o anjo disse: “Shalom, favorecida! YHVH está com você!”. Ela ficou profundamente perturbada com as palavras dele e pensou sobre o significado dessa saudação. O anjo lhe disse: “Não tenha medo, Miryam; você foi favorecida por Yaohu! Veja: você engravidará e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Yaohushua!” (...). Grifo meu.



Sabem porque falo isto? VEJAM ALGUNS EXEMPLOS:



ATOS 4,12: E NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NENHUM OUTRO; PORQUE ABAIXO DO CÉU NÃO EXISTE NENHUM OUTRO NOME, DADO ENTRE OS HOMENS, PELO QUAL IMPORTA QUE SEJAMOS SALVOS!



FILIPENSES 2,8-11: E, QUANDO ELE SURGIU COMO UM SER HUMANO, HUMILHOU-SE AINDA MAIS, TORNADO-SE OBEDIENTE ATÉ A MORTE – MORTE NA ESTACA COMO UM CRIMINOSO! PORTANTO YAOHU O ELEVOU AO LUGAR MAIS ALTO E LHE DEU O NOME ACIMA DE TODO NOME, PARA QUE, EM HONRA AO NOME DADO A YAOHUSHUA, TODO JOELHO SE DOBRE – NO CÉU, NA TERRA E DEBAIXO DA TERRA – E TODA LÍNGUA RECONHEÇA QUE YAOHUSHUA, O MESSIAS, É - YHVH – YAOHU – YAOHU PARA A GLÓRIA DE ‘ELO(RR)HÍM(I)-YAOHU, O PAI!



[REVELAÇÃO] APOCALIPSE 19,13: ESTÁ VESTIDO COM UM MANTO TINGIDO DE SANGUE, E O SEU NOME É “A PALAVRA DE YAOHU”!



Acrescente a isso à palavra de João [YOCHANAN]: 1,1-14! E, tire você mesmo as conclusões das Palavras das Escrituras Sagradas que testificam DEle e reflitam vocês mesmos sobre o assunto se um Nome tão importante poderia ser tão simples como: “lugares”, “nomes de pessoas”, “derivação do nome: José....”, e, etc....!! Anselmo Estevan.!



Os Atos especificam que Apolo era eloqüente, versado nas Escrituras, e que, em Corinto, foi de grande ajuda para a comunidade, particularmente nas controvérsias com os judeus. Provavelmente era muito mais brilhante do que Paulo, ao qual censuravam a falta de eloqüência (2Co 10,10). Concebe-se portanto que se haja formado um partido, elegendo-o por mestre e erigindo-se em rival do grupo dos fiéis que se diziam discípulos de Paulo (1,12). Apolo, com certeza, não favoreceu a formação deste conventículo; a sua estada em Corinto fora curta e, quando Paulo escreveu 1Co , Apolo estava em Éfeso junto dele e se recusava, não obstante as exortações do apóstolo, a voltar a Corinto, sem dúvida para não dar a impressão de estar aprovando a facção que se valia dele (16,12). A esse partido de Apolo se opunham o partido de Paulo, o de Cefas e o partido do Christós (1,21). O primeiro era provavelmente constituído por messiânicos admiradores de Paulo e cujo apego tomava uma aparência de colaboração partidária e sectária. O segundo se tinha formado após a passagem, por Corinto, de messiânicos que se diziam adeptos do apóstolo Pedro (Cefas é o seu nome aramaico, traduzido em grego por Petros). Talvez o próprio Pedro tenha ido a Corinto. Com efeito, segundo 9,5, ele parece bem conhecido dos coríntios. Quanto ao “partido de Christós”, as hipóteses mais diversas foram emitidas a seu respeito: judaizantes que só queriam reconhecer em Yaohushua o Messias judaico, gnósticos espiritualistas que pretendiam só depender do Rúkha de Christós e rejeitavam qualquer organização, qualquer comunidade eclesial etc. Talvez este partido jamais tenha existido: “eu a Christós” (1,12) poderia ser simplesmente a observação de um copista, que acabou inserida no texto, ou a resposta de Paulo às pretensões dos membros desses partidos. Essas divisões não deixavam de ter relação com o atrativo que certa sabedoria esotérica filosófico-mística exercia em Corinto, o que explica que Paulo, em sua carta, una os dois temas: as divisões e a falsa sabedoria, à qual ele opõe a sabedoria do Christós, a sabedoria da Cruz (1,10 – 3,4).

Esta situação alarmante da comunidade devia ter chegado ao conhecimento de Paulo por ocasião de sua estada em Éfeso no decurso da terceira viagem (At 19), primeiramente por meio de Apolo, em seguida pelos familiares de Cloé (cf. 1,1 nota). Outras notícias inquietantes lhe chegavam, sem dúvida pelo mesmo canal: o caso de um incestuoso que vivia com a própria madrasta (5,1-13), os processos que os messiânicos instauravam uns contra os outros perante os tribunais pagãos (6,1-11), casos de devassidão (6,12-20), desordens na celebração da Eucaristia e nas assembléias litúrgicas (11,2-34), erros doutrinais concernentes à ressurreição dos mortos (15). Por outro lado , a intervenção de Paulo era solicitada pelos próprios coríntios, que lhe haviam escrito a respeito de certos problemas. É o que se pode afirmar quanto à virgindade e ao casamento (cf. 7,1); pode ser suposto legitimamente quanto às carnes imoladas aos ídolos: podia-se ou não come-las? (cf. 8,1); às manifestações extraordinárias do Rúkha (cf. 12,1). Esses elementos constituem as diversas questões abordadas por Paulo em sua carta. O apóstolo quer remediar os abusos, fazer reinar a paz, a harmonia na comunidade, responder aos numerosos problemas que a vida messiânica cotidiana põe aos messiânicos de Corinto. Pode-se datar a epístola da primavera do ano 56 (cf. alusão à Páscoa em 5,7-8).





Divisão e processo de composição. Ao contrário da Epístola aos Romanos, por exemplo, a delimitação das diferentes subdivisões de 1 Coríntios nunca foi objeto de discussão: ela é evidente, já que Paulo nada mais faz do que tratar sucessivamente dos diversos assuntos acima enumerados. Será que se podem agrupar essas subdivisões em seções mais importantes? Tem sido muitas vezes proposto um plano bipartido: de um lado, as divisões e os escândalos (1 – 6), do outro, a solução das diversas questões suscitadas pela vida em comunidade (7 – 15). Na realidade, é duvidoso que o apelo aos tribunais pagãos (6,1-11) seja mais “escandaloso” do que as divisões na celebração da Eucaristia (11,17-34) ou a atitude dos que escandalizam os fracos (8,7-13). É melhor admitir que Paulo tratou dos diferentes assuntos abordados nesta epístola na ordem em que eles lhe ocorriam à mente. É preciso outrossim mencionar as pesquisas e hipóteses segundo as quais esta epístola só adquiria a forma atual por ocasião da reunião das cartas de Paulo num “corpus”, com vistas à sua difusão e leitura por outras comunidades que não as dos destinatários originais. Quase todos os comentários modernos tentaram definir “fontes”, ou seja fragmentos de cartas só definir “fontes”, ou seja fragmentos de cartas sobre um ou outro assunto, que teriam sido compiladas por “editores” sob a forma das nossas epístolas 1º e 2º aos Coríntios. Neste caso, torna-se impossível atribuir ao próprio Paulo um “plano” qualquer da epístola.

Convém notar que certas partes agrupam assuntos análogos, porem diferentes e de importância desigual. Assim, três quartos da seção sobre o modo de trajar nas assembléias religiosas são consagradas ao problema das “manifestações do Rúkha” (12 – 14) e é a respeito dele, a fim de mostrar a superioridade do amor sobre todos os dons de Yaohu, que Paulo faz o seu elogio no famoso hino de 1Co 13. No primeiro quarto desta seção, a maneira de apresentar-se as mulheres e a celebração da refeição de Yaohu são tratadas muito mais brevemente. Não há portanto ensejo de procurar nesse texto uma idéia de conjunto presidindo ao agrupamento das seções ou mesmo à disposição da matéria no interior de uma seção.

A maneira de Paulo desenvolver o seu pensamento no interior de um assunto é por vezes desconcertante para uma mentalidade ocidental. Tem-se notado nele, muitas vezes, a existência de um esquema circular do tipo A B A’. Assim, em 1Co 7, Paulo apresenta primeiro a sua doutrina sobre o casamento e o celibato (A: 7,1-16). Depois, ele explica o princípio fundamental: cada qual fique no estudo em que o encontra o chamado de Yaohu (B: 7,17-24). Finalmente, à luz deste princípio, ele precisa e aprofunda o seu ensinamento (A’: 7,25-40). Esquema análogo encontra-se nos desenvolvimentos consagrados às carnes imoladas aos ídolos (8,1 – 11,1) e aos fenômenos espirituais (12 – 14), sendo o princípio diretor, B, respectivamente o primado da caridade e do serviço ao Evangelho (8,7-13; 10,24) e o hino ao amor.

O esquema A B A’ encontra-se igualmente em outras seções: assim, no trecho referente à refeição de Yaohu (11,17-34), o parágrafo que lembra a instituição da Eucaristia (11,23-26) expõe a realidade fundamental (B), à luz da qual as desordens expostas no início (A: 11,17-22) podem ser condenadas e corrigidas (A’: 11,28-34). O hino ao amor (1Co 13) estrutura-se sobre o mesmo modelo. Após um desenvolvimento acerca da superioridade do amor, sem o qual os mais notáveis carismas são inúteis (A: vv. 1-3), vem uma descrição das obras procedentes do amor (B: vv. 4-7); na conclusão, Paulo pode desenvolver novamente, de forma mais profunda, o tema da superioridade do amor que não passará, ao passo que tudo o mais desaparecerá (A: vv. 8-13).

Mais difícil é discernir a estrutura da primeira seção (1,10 – 4,21: os partidos na comunidade de Corinto), pois é mais complexa. Logo de início, pode-se admitir uma divisão bipartida entre 1,10 – 3,23, que se nos depara como uma exposição teológica e catequética bem estruturada, e o cap. 4, que mais parece olhar sobre a realidade concreta da vida apostólica e dos relacionamentos de Paulo com os coríntios, na ocasião em que ele lhes escreve.

A parte principal (1,10 – 3,23) tem em mira resolver o problema das divisões na comunidade. Ela fica delimitada pelo procedimento da inclusão (reiteração do mesmo vocabulário ou de fórmulas idênticas ou antitéticas, no início e no fim dum conjunto): “Eu sou de Paulo... de Apolo... de Cefas...” (1,11) e “Tudo é vosso, Paulo, Apolo, Cefas...mas vós sois de Maschiyah e Maschiyah é de Yaohu” (3,21-23). Esta antítese entre o início e o fim do conjunto significa que o raciocínio de Paulo visa fazer os Coríntios passarem de uma situação de divisão para outra, de unidade. De fato, Paulo investe sucessivamente contra duas causas do espírito de divisão em Corinto (cf. 1,17): a incompreensão do que seja o Evangelho de Yaohu (A: 1,12 – 3,4) e a incompreensão do objetivo colimado por seus pregadores (B: 3,5-27). Na juntura dessas duas exposições, volta o problema proposto inicialmente, com novas inclusões: “Quando um declara: ‘Eu sou de Paulo’, o outro: ‘Eu, de Apolo’, não estais procedendo de forma meramente humana?” (fim de A). “Pois, quem é Apolo? Quem é Paulo?” (início de B).

A – O Evangelho, que não é expressão da sabedoria humana, faz conhecer a suprema Sabedoria de Yaohu: a) sabedoria humana e loucura da mensagem messiânica (1,18-25); b) ilustração com a fundação da Igreja de Corinto (1,26-31); b’) ilustração pelo modo de Paulo anunciar o Evangelho (2,1-5); a’) o Evangelho, Sabedoria de Yaohu (2,6 – 3,4).

B – Os pregadores do Evangelho não intentam agrupar partidários a seu redor: a) seu trabalho comum na construção no campo de Yaohu (3,5-9a); b) seu trabalho comum na construção de uma Igreja que também é Templo de Yaohu (3,9b-17).

Uma conclusão (3,18-23) resume o conjunto do arrazoado e suas conseqüências práticas.





Principais problemas tratados. As questões particulares tratadas por Paulo nesta epístola derivam de um problema fundamental que afetou todas as épocas da história da Igreja, em particular a sua atividade missionária, e que, hoje, a afeta mais do que nunca: o da “distância cultural”, do enraizamento da mensagem messiânica em uma cultura diferente daquela em que esta mensagem vivera anteriormente (aculturação). Aqui, trata-se da passagem da cultura do mundo judeu-palestinense para a do mundo helenístico, animada e estruturada por dinamismos muito diferentes e que correm o risco, não somente de alterar a mensagem, porém, mais profundamente, de assimila-la no sentido da assimilação biológica: a cultura helenística, fundamentalmente pagã, só reteria da mensagem evangélica o que estivesse em harmonia com ela e rejeitaria o resto. Esse fenômeno ocorreu muitas vezes, particularmente nas numerosas correntes gnósticas messiânicas do século II e, através dos tempos, em países evangelizados às pressas, onde o resultado foi à sobrevivência do paganismo anterior, superficialmente ativado com elementos tomados da fé messiânica. Diante deste problema, a atitude de Paulo, é ao mesmo tempo firme e flexível; ele insiste vigorosamente no aspecto de ruptura, condenado desapiedadamente os comportamentos e doutrinas inconciliáveis com a mensagem que anuncia. Mas quando tal incompatibilidade não existe, mostra-se receptivo.

Passemos rapidamente em revista, nessa perspectiva, os principais problemas tratados na epístola.

No que concerne à questão das divisões na comunidade, da verdadeira e falsa sabedoria, era mais ou menos inevitável que, vivendo no mundo religioso helenístico, os messiânicos fossem tentados a conceber a sua fé pelo modelo dos numerosos grêmios de iniciação que agrupavam os discípulos de um mestre famoso. Daí o entusiasmo por pregadores como Apolo, que devia ter o brilho e a eloqüência desses mestres pagãos; daí também as divisões, cada um querendo colocar-se sob o patrocínio de um chefe de escola. A reação de Paulo é viva. Ele se opõe energicamente a esse estado de coisas, pois percebe nele o perigo de uma redução da fé messiânica a uma sabedoria filosófica humana, e constata as rivalidades de escolas que daí resultam e arruínam o seu conceito de Igrejas-congregação. [Esse, é o GRANDE PROBLEMA de hoje em dia com as “Denominações” – que estão seguindo o mau exemplo das “Seitas” – ensinando apenas os bens materiais, a saúde, a riqueza material, etc.; encaixa-se bem nos ensinamentos de Paulo... Só que ninguém vê ou percebe: 2 Coríntios 4,4 Essas pessoas não confiam porque o deus do ‘olam hazeh cegou-lhes a mente para impedi-las de ver a luz brilhante das BOAS-NOVAS a respeito à glória do Messias, que é a imagem de Yaohu! Há, nessa “denominação” – eu fui curado...; nessa outra eu consegui emprego...; nessa outra e só nessa, eu recebi o Rúkha hol – RODSHUA – só nessa...; etc. Isso tem que acabar, irmãos tenham mais fé! Jo 4,19-21]. Anselmo Estevan.

‘o-lam ha-zeh. Este mundo, esta era (Mt 12,32+). Continuação do parágrafo acima: A sua preocupação em opor a sabedoria humana à “loucura” da pregação (1,17-25) só parecerá excessiva a quem esquece o que está em jogo no debate: Paulo assim age, diz ele, “a fim de que a vossa fé não esteja fundada na sabedoria dos homens, mas no poder de Yaohu” (2,5). Mas há ao mesmo tempo a preocupação de não desestimular a autêntica procura de sabedoria que se manifesta em Corinto. E por isso ele apresenta aos seus leitores a verdadeira sabedoria, que não é fruto de uma pesquisa filosófica humana, mas antes dom de Yaohu no Rúkha (2,6-16). O Rúkha – YAOHU! O ESPÍRITO DE YAOHU – Grifo meu.

As questões relativas à ética sexual são igualmente suscitadas pelo encontro da nova fé com a cultura ambiente caracterizada ou por um demasiado laxismo nesse terreno (5,1-13; 6,12-19; cf. 6,14 nota), [Veja caros irmãos leitores que interessante esse estudo a parte: 6,14 nota – e também nos ressuscitará a nós. Como indicam os vs. 15-17, Paulo lembra os coríntios e que a salvação em {Maschiyah} não inclui apenas a ressurreição da ALMA, mas também do CORPO]. [Esse fato, que ocorrerá no retorno de (o Maschiyah), tem implicação para a nossa vida hoje. Muitos coríntios tinham uma visão errônea do corpo físico por causa da influência dos FILÓSOFOS GREGOS. Devido a uma teologia deficiente, alguns consideravam as relações sexuais como algo intrinsecamente pecaminoso, pois envolviam paixões físicas (7,1-5). No entanto, o problema aqui parece ser exatamente o oposto: alguns coríntios encaravam a PROMISCUIDADE SEXUAL com algo aceitável, pois pensavam que a participação do corpo, por não ter valor intrínseco, não acarretava conseqüências para a vida espiritual! Esse é só um exemplo para tomarmos o cuidado de não fazer exatamente o “igual” e não o seguirmos. Pois podemos não estar seguindo este exemplo mas cometendo algo parecido com nossos corpos e almas e mentes... ok. (Anselmo Estevan)], ou por um desprezo do corpo, corrente em certas tendências filosóficas da época (cf. 7,1 nota), e que fazia da abstenção do matrimônio um ideal absoluto. A preocupação de Paulo é mostrar o caminho certo, em face desses exageros opostos: condenação sem apelo de todas as formas de desordens sexuais, legitimidade e valor do casamento, elogio da virgindade (cap. 7). O princípio que fundamenta esses discernimentos é o que está enunciado em 6,12 e repetido em 10,23: “Tudo é permitido, mas nem tudo é conveniente”. O messiânico está libertado de todos os constrangimentos exteriores, mesmo no domínio moral, mas essa liberdade deve ser aproveitada para procurar em todas as circunstâncias o que melhor convém à vida nova animada pelo Rúkha.

É esse mesmo princípio (cf. 10,23) que ilumina o problema seguinte, o das carnes imoladas aos ídolos (8 – 10). Também aqui estamos diante de um caso em que a fé messiânica deve tomar partido pró ou contra um aspecto da cultura pagã ambiente. Também aqui os princípios de solução são os mesmos: tudo o que se opõe à fé deve ser proscrito; é o caso da participação nas refeições religiosas pagãs (cf. 10,14-22). Em compensação, comer na própria casa, ou em casa de outrem, carnes que provêm dos sacrifícios pagãos é coisa totalmente indiferente do ponto de vista messiânico (8,7-8). Mas há outra consideração que se impõe ao discípulo do Maschiyah: o amor fraterno lhe proíbe ser causa de escândalo para os fracos (8,9-13).

As desordens nas assembléias religiosas (11 – 14) constituem um novo caso de contaminação da vida messiânica pelas praticas oriundas da mentalidade religiosa do paganismo. Quer se trata dos abusos na celebração da Eucaristia, onde a ambiência suspeita das refeições sagradas do paganismo parece já se ter infiltrado (embriaguez: 11,21), quer se trate da atmosfera das reuniões litúrgicas, onde se encontram igualmente elementos da exaltação um tanto delirante de certas reuniões religiosas que os messiânicos sem dúvida freqüentemente antes da conversão, a meta de Paulo é sempre a mesma: manter o caráter próprio do culto messiânico que não se deve conformar com os costumes religiosos circundantes, mas refletir o mistério da comunidade no Maschiyah. Daí os critérios fundamentais: a utilidade comum (12,12-30), a edificação da comunidade (14,1-19) e, acima de tudo, o autor (13,1-13).

Enfim, 1Co 15 nos apresenta de maneira ainda mais clara o choque da mensagem messiânica com a mentalidade ambiente: ao passo que a ressurreição dos mortos se harmonizava com o judaísmo (ao menos o farisaico), habituando a conceder o homem em sua unidade, ela quase tinha enraizamento possível numa cultura influenciada por filósofos dualistas. Paulo teria podido capitular perante os “elementos da fé” de seus leitores, como haviam feito, em circunstâncias análogas, o autor do livro da Sabedoria e Fílon de Alexandria: eles tinham insistido o menos possível sobre esse ponto, dificilmente aceitável, acentuando sobretudo a vida imortal das almas. Paulo, pelo contrário, afirma resolutamente o ponto contestado da ressurreição dos mortos. Ele não procura provar filosoficamente a sua possibilidade, mas mostra que “se os mortos não ressuscitam, também Maschiyah (o Messias) não ressuscitou” (15,13.16) e que, por conseguinte, a fé dos coríntios é vã (15,14).

Por este último ponto referente a um problema que se põe hoje em termos semelhantes, vê-se que a Primeira Epístola aos Coríntios talvez seja a mais atual de todas as cartas de Paulo. Sem dúvida, as soluções propostas são marcadas às vezes por um condicionamento cultural diferente do nosso (cf. 11,2-16); mas a situação com que Paulo se defronta tem paralelos com a nossa, e os princípios que norteiam as suas respostas sempre nos podem esclarecer.

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