quinta-feira, 1 de setembro de 2011

SH'MU'EL ALEF; BET (SAMUEL 1 E 2).

INTRODUÇÃO AO LIVRO DE:




SAMUEL







INTRODUÇÃO





Visão geral

Autor: Desconhecido.

Propósito: Explicar que a dinastia de Davi continuava a ser a esperança para o futuro de Israel apesar das maldições que Davi e sua casa trouxeram sobre a nação.

Data: 930-538 a.C.

Verdades fundamentais:

Yaohu queria que o seu povo tivesse um rei escolhido por ele.

Yaohu cuidadosamente preparou o caminho para o rei de sua escolha.

Yaohu escolheu a casa de Davi para ser a família real eterna.

Apesar da fraqueza do reino de Davi, a esperança para o povo de Yaohu ainda permanecia na sua família.





Propósito e características

O título do livro tem variado ao longo dos séculos. A Septuaginta (a tradução grega do AT) junta 1 e 2Samuel com 1 e 2Reis como o “Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Livros dos Reinos” (ou “Reinados”). Do mesmo modo, a Vulgata (a tradução da Bíblia para o latim) refere-se a esses livros como “Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Reis”. As versões mais modernas refletem a tradição hebraica de fazer a distinção entre os livros de Samuel e os de Reis. Até o século 15, a tradição hebraica tratava 1 e 2Samuel como um único livro.

Foi durante a segunda metade do século 11 a.C., uma época em que os impérios do antigo Oriente Próximo ainda não estavam plenamente fortalecidos, que Yaohu transformou Israel, de uma confederação tribal dispersa numa monarquia unida. Ainda que a instituição da monarquia tenha marcado um importante desenvolvimento religioso e político, a idéia não era nova em Israel. Um princípio fundamental de fé israelita era de que o próprio YHWH era o soberano de Israel, o grande Rei (p. ex., 8,7; 12,12; Nm 23,21; Sl 5,2; Ml 1,14). Todavia, os primeiros livros da Bíblia contêm várias indicações de que Israel, em concordância com a vontade divina, teria um monarca humano (Gn 49,10; Nm 24,7.17-19; cf. Gn 17,6.16; 35,11). Em Dt 17,14, Moisés previu uma época em que Israel estaria estabelecido na Terra Prometida e desejaria um rei, tendo deixado instruções para regularizar o reino nesse momento em que a monarquia seria instituída (vs. 15-20; cf. 28,36). Esse período de tempo é o assunto do livro de Samuel.







CRISTO EM 1 E 2SAMUEL.

Cristo permanece como um contraste aos muitos exemplos de líderes pecadores de Israel que aparecem no livro. Todavia, mais do que isso, Yaohushua é o herdeiro do trono de Davi, e a carreira de Davi antecipa a pessoa e obra de Cristo. Tanto Davi como Yaohushua tiveram uma confirmação profética; Davi, por Samuel (3,20; 16,13) e Yaohushua, por João Batista (Mt 14,5; Jo 1,29-31; 5,31-35). O Espírito de YHWH desceu sobre ambos (1Sm 16,13; Mc 1,9-11), os dois realizaram prodígios (cap. 17; Mt 11,4-5), envolveram-se na guerra santa (cap. 17; Cl 1,20), foram rejeitados por rei invejosos (18,9; Mt 2,16) e alertados para fugir a fim de salvar a própria vida (cap. 20; Mt 2,13-15). Rejeitados pelo seu próprio povo sem uma justa causa (23,12; Jô 19,15), ambos aprenderam no exílio a depender de Yaohu. Eles intercederam em favor do povo de Yaohu (2Sm 21,24; Jo 17) e foram grandemente exaltados pelo YHWH (2Sm 23,1-8; Js 52,13; Fp 2,9). Nesses e em muitos outros exemplos, a vida de Davi prefigurou as realizações de Cristo, seu filho.







SAMUEL: (O título dos Livros). A divisão de Samuel em dois livros é muito recente. Uma nota masorética a 1Sm 28,24 indica que o “centro do livro” se encontrava neste lugar. Os tradutores gregos devem ter copiado a tradução em dois rolos, que intitularam 1º e 2º livro dos Reinados. Tal divisão, seguida pela Vulgata (que os chamava 1º e 2º livro dos Reis), se impôs às bíblias hebraicas a partir dos séculos XV/XVI.

A comparação do texto hebraico com o da versão grega revela importantes divergências. É pouco provável que os Setenta tenham agido por conta própria nas adições e omissões constatáveis no texto grego. Os escassos vestígios já publicados do texto hebraico encontrado em Qumran mostram um texto hebraico às vezes mais próximo daquele que parece ter servido de base à Septuaginta. Por outro lado, a antiguidade destas testemunhas não basta para provar que estejam fornecendo o “texto autêntico”. A versão grega, ou antes, seu substrato hebraico, pode ter procurado eliminar algumas duplicatas ou contradições e representa provavelmente uma recensão menos espinhosa que a transmitida pelos masoretas. As duas recensões deviam ainda coexistir no início da era cristã.

O título Samuel reflete uma antiga tradição rabínica que dava o profeta Samuel por autor destes livros (Baba Batra 14b). Rabinos posteriores, tomando ao pé da letra 1Cr 29,29-30, supuseram que a obra de Samuel, depois de sua morte, fora continuada pelos profetas Natan e Gad (Baba Batra 15 a).

Por mais antiga que seja, a própria definição dos livros de Samuel tem algo de artificial. Percebe-se particularmente que os caps. 21 – 24 de 2Sm interrompem uma narrativa relativamente homogênea quanto ao estilo e argumento, relatando as vicissitudes internas do reino de Davi e conduzindo à ascensão de Salomão. Os dois primeiros capítulos de 1Rs pertencem a esse conjunto antigo, cuja unidade foi rompida pela inserção de 2Sm 21 – 24. Esta inserção é comparável à de Jz 17 – 21, constituída de apêndices que interrompem a série de histórias de juízes-salvadores que 1Sm parece conter.





O conteúdo dos livros. Na sua disposição atual, as diversas partes dos livros de Samuel parecem encadeadas segundo uma ordem cronológica, desconsiderados os “Suplementos” de 2Sm 21 – 24. A primeira parte (1Sm 1 – 7) narra a carreira de Samuel desde seu nascimento e vocação profética, até o momento em que se tornou um grande juiz, salvador de Israel. O ambiente é o das guerras contra os filisteus, das quais se retêm sobretudo os episódios referentes ao destino da arca de Shilô.

Quando Samuel envelhece, o povo, sob a pressão do perigo externo, vem pedir-lhe um rei. Esta iniciativa provoca objeções do profeta, defensor da teocracia. Não obstante, ele acede ao desejo dos anciãos de Israel e confere a investidura a Saul. Instalado o rei, Samuel se retira. A discussão em torno à realeza e os relatos da ascensão de Saul ocupam os capítulos 8 – 12 de 1Sm, constituindo a 2ª parte deste livro.

A 3ª parte (1Sm 13 – 15) focaliza as guerras de Saul contra os filisteus e os amalequitas. Estas guerras são vitoriosas, mas já se acumulam sombras sobre o rei: ele se torna culpado de dois atos de desobediência à vontade divina, e Samuel lhe revela sua destituição, anunciando-lhe, em termos explícitos, que Davi o vai substituir.

A carreira de Davi, desde sua apresentação a Saul até o momento de sua sagração como rei, é narrado no conjunto complexo que se chama “história da ascensão” de Davi (1Sm 16 – 2Sm 5). Sagrado, ainda criança, por Samuel, Davi entra para o serviço de Saul e se distingue pela vitória gloriosa sobre um gigante filisteu. Torna-se grande chefe de guerra e conquista a afeição de todos, particularmente de Jônatan, o filho de Saul. Mas ele inspira a Saul um ciúme mórbido, que tenta por várias vezes, sem êxito, desembaraçar-se de seu rival. Davi deve fugir e, perseguido por Saul, começa uma vida errante que o conduz a pôr-se a serviço dos filisteus, sem contudo empunhar armas contra seu próprio povo. Quando Saul e Jônatan tombam diante dos filisteus na batalha de Guilboa, Davi continua a luta contra os sucessores de Saul e anda de vitória em vitória, enquanto a casa de Saul vai enfraquecendo.

A 5ª parte (2Sm 6 – 8) é a dobradiça do díptico que constitui a história de Davi nos livros de Samuel. A instalação da arca de Shilô em Jerusalém consagra a cidade conquistada por Davi como capital de seu reinado, e a profecia de Natan estabelece em favor da dinastia davídica o princípio de hereditariedade monárquica. A notícia do cap. 8 lembra que o fundador da monarquia de Jerusalém foi também o conquistador de um verdadeiro império.

O segundo painel do díptico é representado pelos caps. 9 – 20 de 2Sm (aos quais convém acrescentar 1Rs 1 – 2). É a relação dos acontecimentos que deságuam na entronização de Salomão. Muito espaço ocupa o relato do nascimento de Salomão e as circunstâncias que o acompanham. Depois se relata como foram eliminados da sucessão os filhos de Davi que poderiam representar obstáculo ao destino de Salomão: Amon, Absalão (e Adonias).

Introduzidos por ocasião de uma pausa no relato da “sucessão de Davi”, os apêndices de 2Sm 21 – 24 agrupam, em torno a duas composições líricas e notícias referentes a diversas pessoas, as relações de duas catástrofes naturais e de seu esconjuro, relatos que não conseguiram lugar nos capítulos precedentes, a despeito de seu significado histórico e religioso.





Os livros de Samuel e a história de Israel. Os livros de Samuel abrangem um longo período da história israelita, sendo possível determinar-lhe ao menos o termo final. Levam-nos até a velhice de Davi, alguns anos, ao que parece, antes da ascensão de Salomão em 970 a.C. Não é tão fácil situar na história os episódios iniciais, mergulhados na mesma indefinição cronológica que as histórias dos Juízes. Desta época remota, subsistem em Samuel tradições contendo elementos com incontestável sabor de autenticidade: as informações a respeito da dominação filistéia, particularmente o monopólio do ferro conservado pelos filisteus (1Sm 13,19-21), os relatos de guerras, ricos em indicações topográficas precisas e verificáveis (1Sm 13; 17; 31), os das peregrinações de Davi fugitivo. A tensão entre “Israel” e “Judá”, que se percebe nas histórias dos conflitos entre Davi e a casa de Saul e da rebelião de Absalão, é um dado de valor sólido. Malgrado a ausência de fontes externas, não podemos desmerecer o que nos ensina 2Sm 8 sobre as guerras de Davi: somente a constituição de um Império davídico, bem no começo do 1º milênio, quando tanto o Egito como a Assíria estão na defensiva, pode explicar a prosperidade do reinado de Salomão, tendo Israel então acesso ao Mediterrâneo e ao Mar Vermelho. As notícias sobre os funcionários de Davi (2Sm 8,15-18; 20,23-26) e o recenseamento de que fala 2Sm 24 atestam uma vontade decidida de organizar o território e marcam uma mudança significativa em relação ao tempo de Saul, cujo aparato de defesa não passava de um embrião de exército permanente. Em compensação, não se devem perguntar a Samuel informações seguras quanto ao início da realeza. O perigo filisteu certamente pode explicar a iniciativa dos anciãos que vêm pedir um rei a Samuel, mas, quando e onde acontecem isso? A tradição de 1Sm 11, mostrando em Saul o vencedor dos amonitas e o salvador de Iabesh de Guilead, tem para si as melhores garantias, segundo o estudo interno; mas será historicamente compatível com os outros relatos de sua entronização? Saul foi coroado em Rama, em Mispá, em Guilgal ou, sucessivamente, nestes diversos lugares? A cronologia do reino de Saul continua totalmente desconhecida. A notícia de 1Sm 13,1 indica que dela não se tem lembrança.





Elementos de uma compilação. Os livros de Samuel não são uma crônica que acompanhe os acontecimentos passo a passo. São uma obra literária que reúne materiais heterogêneos, às vezes muito antigos. Reúne tradições orais que devem remontar aos próprios dias de Saul e Davi, mas cujo estudo original já não se distingue com clareza por trás da forma escrita, páginas escritas provavelmente no reinado de Salomão e complementações introduzidas depois da ruína do Estado em 587, quando os livros de Samuel receberam seu lugar na obra atribuída à escola histórica chamada “deuteronomista” (Josué-Juízes-Samuel-Reis), tão facilmente reconhecida por sua fraseologia e estilo.

Há certo consenso quanto a ver na “história da secessão de Davi” (2Sm 9 – 20 + 1Rs 1 – 2) um relato relativamente homogêneo, cujas características literárias lembram às tão perto o autor “javista” do Pentateuco que se chegou a ver essa página como o vestígio de uma antiga história nacional que iniciava pelo relato da criação do homem (Gn 2). O relato da revolta de Absalão, rico em observações precisas, como registradas ao vivo, deve ser obra de uma testemunha dos acontecimentos e não pode ter sido publicado muito tempo depois. Constitui o núcleo da “história de sucessão”, e recebeu como prefácio à história do nascimento de Salomão (2Sm 9 – 12) e como conclusão, a do fracasso de Adonias (1Rs 1 – 12); de modo que estes capítulos poderiam chamar-se também a “história da ascensão de Salomão”. Não obstante a objetividade de tom, percebe-se nitidamente a tendência do autor.

A composição do conjunto precedente (1Sm 16 – 2Sm 5), à qual se podem acrescentar elementos antigos da profecia de Natan (2Sm 7) e a história da arca (2Sm 6), é bem mais difícil de ser rastreada. Se a história da ascensão ou do advento ao trono de Davi é melhor estruturada do que geralmente se acredita (vê-se que narradores e redatores procuraram construir), a presença de duplicatas chama a atenção: a entrada de Davi no serviço de Saul, o atentado malogrado de Saul contra Davi, a intervenção de Jônatan a favor de Davi, a aproximação de Davi aos filisteus, a denúncia da gente de Zif, o episódio em que Davi poupa Saul, tudo isso é narrado duas vezes. Por isso, vários exegetas acreditaram que estes capítulos continuavam os “documentos do Pentateuco”. Contudo, parece antes que na maioria dos casos estamos diante de tradições diferentes (já fixadas, quer oralmente, quer por escrito), que os narradores e redatores decidiram conservar e que tentaram organizar balizando sua coleção por fórmulas de moldura e sublinhando por palavras-chave os temas dominantes de cada parte. “Apesar destas duplicatas, a história da ascensão de Davi apresenta tanta afinidade com a da sucessão que se é inclinado a pensar que os autores pertenciam ao mesmo ambiente: escribas da corte de Jerusalém, selecionando e codificando tradições orais já elogiosas ao rei”. O processo de idealização de Davi, nitidamente perceptível nesta parte, prolonga-se a uma etapa ulterior da redação: 1Sm 16, narrando a unção de Davi por Samuel, serve evidentemente para pôr o segundo rei no mesmo nível que o primeiro e encontra-se intimamente ligado ao cap. 15, de incontestável caráter secundário.

Os capítulos consagrados às guerras de Saul são uma compilação. Encontram-se aí tradições antigas sobre as guerras do tempo de Saul contra os filisteus e das quais o verdadeiro herói é Jônatan, o amigo de Davi; a tendência é claramente hostil a Saul (1Sm 13 – 14). A narrativa da campanha contra Amaleq (1Sm 15) tem bases bem menos seguras nas tradições antigas. É um enfeite literário introduzido talvez para marcar a falência da realeza de Saul, culpado por infringir um mandamento divino. A destruição de Saul é a introdução necessária da história de Davi, que a segue de imediato.

À parte de 1Sm onde são tratadas as origens da realeza (8 – 12) não tem uma história menos complexa atrás de si. Também aí encontram-se compilados elementos de origem diversa. Alguns são antigos, apesar de retoques secundários. Assim a história das jumentas, certamente adaptação de uma lenda benjaminita (9 – 10,16), uma tradição acerca da escolha do rei por sorteio, em Mispá (10,17-27), a narração do cap. 11, onde Saul aparece favoravelmente, sob os traços de um juiz carismático vitorioso sobre o inimigo amonita. O cap. 8 expõe desde o início o problema teológico levantado pela própria instituição da monarquia. Condena o desejo do povo que pede um rei, embora indique também que YHWH acaba consentindo. Hoje tende-se a ver nos “costumes do rei”, contra os quais Samuel adverte seus compatriotas, a lembrança de práticas características dos reis “como as nações os possuíam” por volta do fim do 2º milênio, antes do que uma condenação antecipada de práticas iníquas dos reis de Israel. A base do cap. 8 seria então mais antiga do que se acreditou durante longo tempo. Contudo, convém reconhecer que o discurso de Samuel no cap. 8 foi retocado por um redator deuteronomista, bem como diversos outros discursos que figuram nos livros de Samuel (é o gênero literário que mais se presta a ampliações). E é ao deuteronomista só que se deve atribuir o sermão de despedida de Samuel no cap. 12. Em toda esta parte não aparece um juízo acerca de Saul. Ele é simplesmente apresentado, e de diversas maneiras, como eleito de YHWH. Parece haver aqui maior interesse pela instituição monárquica do que pelo primeiro detentor da dignidade real.

A primeira parte do livro (1Sm 1 – 7) é dominada pela figura de Samuel. É apresentado como espécie de tipo ideal do homem religioso; ele é, ao mesmo tempo, associado ao santuário e investido com uma missão profética. Procura-se também mostrar nele o verdadeiro salvador de sua época (talvez com uma ponta polêmica contra Saul, cf. 1,27-28). Insiste-se na eleição de Samuel, para evidenciar naquele que consagrou os reis o agente credenciado por Yaohu. Outros elementos dos caps. 1 – 7 tomam sentido quando se levam em consideração as preocupações principais do conjunto dos livros de Samuel: as aventuras da arca são relatadas com tantos detalhes, porque contribuem para glorificar o móvel sagrado do qual Davi fez o “palácio” de sua capital; o anúncio do “sacerdote fiel”, em 2,27-36, serve para a glória de uma instituição da era salomônica, o sacerdócio sadoquita; a antítese elevação/queda (lembrada de modo lapidar em 2,7) domina a história de Samuel, oposto a Eli e seus filhos, mas também a de Davi oposto a Saul e sua casa. A lenda de Samuel não carece de nexos com o que se segue a ela. Pode-se atribuir a um doutrinário regalista a compilação de tradições antigas que constitui os capítulos 1 – 6. O cap. 7, onde se reconhecem a preocupação e o estilo do historiador deuteronomista, foi recomposto por este autor no intuito de fazer dele a conclusão da história dos Juízes.





Lições acerca da realeza. A descoberta das tendências político-religiosas dos narradores e escritores permite formular algumas hipóteses quanto à composição dos livros de Samuel. Com efeito, mais que um longo capítulo da história antiga de Israel, estes livros são um ensinamento do qual convém perceber os pontos principais.

O tema dominante é o da realeza. Não se procura encobrir a ambigüidade de sua instituição. Israel tem por rei YHWH. O que representa então um soberano humano? O problema é resolvido em favor da instituição monárquica, já que, afinal, YHWH e seu intermediário, Samuel, presidem à designação de Saul. Se, contudo a iniciativa do povo é condenada sem cerimônia, talvez seja para significar que a realeza de um homem, por direito, não procede da vontade humana e sim, da autoridade divina, e que a monarquia israelita não é nem democrática, nem autocrática, mas permanece subordinada à teocracia. Talvez procure-se sugerir que Saul pessoalmente tenha sofrido por ter sido “pedido” (o sentido de seu nome em hebraico). O nimbo legendário que envolve a figura de Samuel realça a supremacia do homem religioso mediador da vontade divina. Insiste-se na natureza religiosa das faltas que provocam a queda de Saul, para indicar que o rei não deve invadir um domínio que não é seu. A isso associa-se o interesse dos livros de Samuel pelos objetos, práticas e pessoas do culto (particularmente quanto à arca, intocável segundo 2Sm 6,7, e quanto ao altar de Jerusalém, 2Sm 24).

O rei por excelência é Davi. Ele é fortemente idealizado, sobretudo na história de seus inícios, pelos relatos de suas façanhas, da afeição que ele inspira, de sua magnanimidade e modéstia, embora não se esconda que sua carreira foi a de um soldado que teve sorte. Não falta a observação da submissão que este rei ideal demonstra em relação a YHWH e suas instâncias e o seu cuidado em consultar a vontade divina. Assim, ele aceita a reprimenda do profeta Natan, em conseqüência de seu pecado de adultério, o que mostra que, em Israel, o rei não está acima da lei. Mas, à diferença de Saul, Davi não é punido na sua descendência; ele recebe a segurança de ver reinar no seu lugar um de seus filhos. Este filho é Salomão, cujo advento se vê preparado pelo amor que Yaohu lhe tem desde o nascimento. Nossos livros são, portanto uma apologia da dinastia judaíta. Segundo a profecia de Natan (2Sm 7), cujo teor essencial não foi modificado pela redação deuteronomista, a casa de Davi deve ocupar para sempre o trono de Jerusalém, pouco importa quais sejam as faltas pessoais dos que exercem nela a monarquia.

Esta idéia religiosa expressa provavelmente num tempo em que a monarquia judaíta se considerava segura de um longo porvir, teve uma sorte extraordinária, que valeu aos livros de Samuel seu lugar na história da salvação. Virá um dia em que os reis se terão culpabilizado de tantas faltas que a própria realeza parecerá condenada; o veredicto definitivo será pronunciado sobre ela em 587. Não obstante, não se deixará de acreditar na garantia eterna concedida por Yaohu à casa de Davi, e esperar-se-á com confiança o advento de um filho de Davi digno das promessas feitas ao seu antepassado. Trata-se do Messias, por um lado, rei ideal, mas, por outro, descendente carnal daquele que YHWH tinha elegido por volta do ano 1000 antes de nossa era.







VAMOS AS PRINCIPAIS PERSONAGENS DE 1 e 2 SAMUEL:



(1Sm).



ANA

Pontos fortes e êxitos:

Mãe de Samuel, maior juiz de Israel.

Fervente em adoração, efetiva em oração.

Disposta a cumprir até mesmo um penoso compromisso.





Fraquezas e erros:

Lutou com seu senso de auto-estima por ser incapaz de ter filhos.





Lições de vida:

Yaohu ouve e responde as orações.

Nossos filhos são presentes de Yaohu.

Yaohu está preocupado com o aflito e o oprimido.





Informações essenciais:

Local: Efraim.

Ocupação: Dona de casa.

Familiares: Marido – Elcana; filho – Samuel. Mais tarde, três outros filhos e duas filhas.

Contemporâneo: Eli, o sumo sacerdote.







Versículos-chave: “E disse ela: Ah! Meu senhor, viva a tua alma, meu senhor, eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, para orar ao YHWH. Por este menino, orava eu; e o YHWH me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido. Pelo que também ao YHWH eu o entrego, por todos os dias que viver; pois ao YHWH foi pedido. E ele adorou ali a YHWH” (1Sm 1,26-28).



*Aqui, você, pode ver o contraste em (“senhor”, Senhor, e, “SENHOR”) –, POIS TODAS ESSAS FORMAS DE FALAR SE REFERE AO HOMEM QUE CUIDARIA DE SAMUEL. INSTRUINDO-O COMO SACERDOTE DE DEUS-YAOHU-UL. E, NÃO AO “NOME DE DEUS” NEM, AO MENOS, A UM TÍTULO DIVINO, POIS REPRESENTA UMA ENTIDADE PAGÃ COMO BAAL. E, SENHOR; ESCRITO DE QUALQUER FORMA, REPRESENTA UMA EXPRESSÃO AO SER HUMANO COMO RESPEITO E NÃO A UMA ENTIDADE DIVINA. POR ISSO TEM QUE SER O TETRAGRAMA – “YHWH”. (ANSELMO ESTEVAN).



Sua história encontra-se em 1 Samuel 1 e 2.







ELI

Pontos fortes e êxitos:

Julgou Israel por 40 anos.

Falou com Ana, a mãe de Samuel, e assegurou-lhe a bênção de Yaohu.

Criou e treinou Samuel, o maior juiz de Israel.





Fraquezas e erros:

Falhou em disciplinar seus filhos ou corrigi-los quando pecaram.

Tendia em reagir a situações ao invés de tomar uma atitude decisiva.

Viu a Arca da Aliança como uma relíquia a ser cuidada e não como um símbolo da presença de Yaohu para Israel.





Lições de vida:

Os pais precisam disciplinar seus filhos com responsabilidade.

A vida é mais do que simplesmente reagir, ela requer iniciativa.

As vitórias passadas não podem substituir a confiança presente.





Informações essenciais:

Local: Siló.

Ocupações: Sumo sacerdote e juiz de Israel.

Familiares: Filhos – Hofni e Finéias.

Contemporâneo: Samuel.







Versículos-chave: “E disse YHWH a Samuel: Eis aqui vou eu a fazer uma coisa em Israel, a qual todo o que ouvir lhe tinirão ambas as orelhas. Naquele mesmo dia, suscitei contra Eli tudo quanto tenho falado contra a sua casa, começa-lo-ei e acaba-lo-ei. Porque já eu lhe fiz saber que julgarei a sua casa para sempre, pela iniqüidade que ele bem conhecia, porque, fazendo-se seus filhos execráveis, não os repreendeu. Portanto, jurei a casa de Eli que nunca jamais será expiada à iniqüidade da casa de Eli com sacrifícios com oferta de manjares” (1Sm 3,11-14).







Sua história encontra-se em 1 Samuel 1 – 4. Ele é também mencionado em 1 Reis 2,26.27.



SAMUEL

Pontos fortes e êxitos:

Usado por Yaohu para ajudar na transição de Israel de um livre governo tribal para uma monarquia.

Ungiu os dois primeiros reis de Israel.

Foi o último, porém mais eficiente juiz de Israel.

Citado na Galeria dos Heróis da Fé em Hebreus 11.





Fraquezas e erros:

Foi incapaz de levar seus dois filhos a uma intima comunhão com Yaohu.





Lições de vida:

O significado das realizações do povo está diretamente relacionado à sua relação com Yaohu.

O tipo de pessoa que somos é mais importante do que qualquer coisa que possamos realizar.





Informações essenciais:

Local: Efraim.

Ocupações: Juiz, profeta e sacerdote.

Familiares: Mãe – Ana; pai – Elcana; filhos – Joel e Abias.

Contemporâneos: Eli, Saul e Davi.







Versículos-chave: “E crescia Samuel, e YHWH era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra. E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como profeta de YHWH” (1Sm 3,19,20).







Sua história encontra-se em 1 Samuel 1 – 28. Ele é também mencionado em Salmos 99,6; Jeremias 15,1; Atos 3,24; 13,20; Hebreus 11,32.







SAUL

Pontos fortes e êxitos:

Primeiro rei de Israel designado por Yaohu.

Conhecido por sua coragem e generosidade pessoais.

Extremamente alto, com uma notável aparência.





Fraquezas e erros:

Suas habilidades de liderança não combinavam com as expectativas criadas por sua aparência.

Impulsivo por natureza tendia a ultrapassar seus limites. Com inveja de Davi, tentou mata-lo.

Ele especificamente desobedeceu a Yaohu em várias ocasiões.





Lições de vida:

Yaohu quer obediência do coração, não meros atos de cerimônia religiosa.

A obediência sempre envolve sacrifícios, mas sacrifícios nem sempre envolve obediência.

Yaohu quer fazer uso de nossas forças e debilidades.

As fraquezas deveriam nos ajudar a lembrar as nossas necessidades da direção e ajuda de Yaohu.





Informações essenciais:

Local: Terra de Benjamim.

Ocupação: Rei de Israel.

Familiares: Pai – Quis; filhos – Jônatas e Isbosete; esposa – Ainoã, filha de Aimaás; filhas – Merabe e Mical.







Versículos-chave: “Porém Samuel disse: Tem, porventura, YHWH tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra de YHWH? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra de YHWH, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei” (1 Sm 15,22.23).







Sua história encontra-se em 1 Samuel 9 a 31. Ele é também mencionado em Atos 13,21.







DAVI

Pontos fortes e êxitos:

Maior rei de Israel.

Antepassado de Yaohushua – Cristo.{Forma correta – Christós - O UNGIDO}.

Citado na Galeria dos Heróis da Fé em Hebreus 11.

Descrito por Yaohu como o homem segundo seu próprio coração.





Fraquezas e erros:

Adulterou com Bate-Seba..

Planejou o assassinato de Urias, marido de Bate-Seba.

Desobedeceu a Yaohu ao realizar a contagem do povo.

Não lidou decisivamente com os pecados de seus filhos.





Lições de vida:

A disposição para admitir honestamente os nossos erros é o primeiro passo para lidar com eles.

O perdão não remove as conseqüências do pecado.

Yaohu deseja a nossa total confiança e adoração.





Informações essenciais:

Local: Belém e Jerusalém.

Ocupações: Pastor, músico, poeta, soldado e rei.

Familiares: Pai – Jessé: esposas – Mical, Ainoã, Abigail e Bate-Seba; filhos – Absalão, Amom, Adonias, e Salomão; filhas – Tamar e outras; irmãos – sete.

Contemporâneos: Saul, Jônatas, Samuel e Natã.







Versículos-chave: “Agora, pois, YHWH – Yaohu, tu és mesmo Deus, e as tuas palavras são verdade, e tens falado a teu servo este bem. Sê, pois, agora servido de abençoar a casa de teu servo, para permanecer para sempre diante de ti, pois tu, ó YHWH – Yaohu, o disseste; e com a tua bênção será sempre bendita a casa de teu servo” (2Sm 7,28.29).







Sua história encontra-se em 1 Samuel 16 a 1 Reis 2. Seu nome também é mencionado em Amós 6,5; Mateus 1,1.6; 22,43-45; Lucas 1,32; Atos 13,22; Romanos 1,3; Hebreus 11,32.







JÔNATAS

Pontos fortes e êxitos:

Corajoso, leal e um líder nato.

O amigo mais intimo que Davi teve.

Jamais colocou o seu próprio bem-estar à frente do bem-estar daqueles a quem amava.

Dependeu sempre de Yaohu.





Lições de vida:

A lealdade é um dos elementos mais fortes da coragem.

A lealdade a Yaohu orienta todos os demais relacionamentos.

As grandes amizades têm sempre um custo elevado.





Informações essenciais:

Ocupação: Líder militar.

Familiares: Pai – Saul, mãe – Ainoã; irmãos – Abinadabe e Malquisua; irmãs – Merabe e Mical; filho – Mefibosete.







Versículo-chave: “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres” (2Sm 1,26).







A história de Jônatas é relatada em 1 Samuel 13 – 31. Ele também é mencionado em 2 Samuel 9.







ABGAIL

Pontos fortes e êxitos:

Sensível e capaz.

Uma oradora persuasiva, capaz de enxergar além de si mesma.





Lições de vida:

As difíceis situações de sua vida podem fazer com que as pessoas dêem o melhor de si.

Não é necessário ter um título de prestígio para desempenhar um importante papel.





Informações essenciais:

Local: Carmelo.

Ocupação: Dona de casa.

Familiares: Primeiro marido – Nabal; segundo marido – Davi; filho – Quileabe (Daniel).

Contemporâneos: Saul, Mical e Ainoã.







Versículos-chave: “Então, Davi disse a Abigail: Bendito YHWH, Yaohu de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro. E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje me estorvaste de vir com sangue e de que a minha mão me salvasse” (1Sm 25,32.33).







A história de Abigail é relatada em 1 Samuel 25 – 2 Samuel 2. Ela também é mencionada em 1 Crônicas 3,1.







(2Sm).

ABNER

Pontos fortes e êxitos:

Comandante-chefe do exército de Saul e competente líder militar.

Por muitos anos manteve a unidade de Israel, durante o frágil reinado de Isbosete.

Reconheceu e aceitou o plano de Yaohu, que consistia em fazer de Davi o rei de todo o reino de Israel e Judá.





Fraquezas e erros:

Seus esforços para unificar Judá e Israel eram motivados por razões egoístas, e não por uma convicção divina.

Após a morte de Saul, coabitou com uma das concubinas reais.





Lições de vida:

Yaohu exige mais que uma simples e indiferente cooperação condicional.





Informações essenciais:

Local: Comandante dos exércitos de Saul e de Isbosete.

Familiares: Pai – Ner; primo – Saul, filho – Jaasiel.

Contemporâneos: Davi, Asael, Joabe e Abisai.







Versículo-chave: “Então, disse o rei aos seus servos: Não sabeis que, hoje, caiu em Israel um príncipe e um grande?” (2 Sm 3,38).







A história de Abner encontra-se em 1 Samuel 14,50 a 2 Samuel 4,12. Ele também é mencionado em 1 Reis 2,5.32; 1 Crônicas 26,28; 27,16-22.







MICAL

Pontos fortes e êxitos:

Amava Davi e tornou-se sua primeira esposa.

Salvou a vida de Davi.

Conseguia raciocinar e agir com rapidez quando necessário.





Fraquezas e erros:

Mentia quando pressionada.

Deixou-se dominar pela amargura nos momentos mais difíceis.

Em sua tristeza, odiou Davi pelo amor que ele demonstrava a Yaohu.





Lições de vida:

Somos mais responsáveis pela maneira como respondemos às circunstâncias, do que pelo que nos acontece.

Desobedecer a Yaohu quase sempre prejudica tanto a pessoa que lhe desobedece, quanto aos seus semelhantes.





Informações essenciais:

Ocupação: Filha de um rei, Saul, e esposa de outro, Davi.

Familiares: Pais – Saul e Ainoã; irmãos – Jônatas, Abinadabe e Malquisua; irmã – Merabe; marido – Davi e Palti.







Versículo-chave: “E sucedeu que entrando a arca de YHWH na cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo o rei Davi, que ia bailando e saltando diante de YHWH, o desprezou no seu coração” (2Sm 6,16).







A história de Mical encontra-se em 1 Samuel 14 – 2 Samuel 6. Ela também é mencionada em 1 Crônicas 15,29.







NATÃ

Pontos fortes e êxitos:

Um confiável conselheiro de Davi.

Um profeta de Yaohu.

Confrontava com coragem; porém, de modo cuidadoso.

Um dos controles de Yaohu na vida de Davi.

Fraquezas e erros:

Sua ansiedade de ver Davi construir um templo para Yaohu em Jerusalém fez com que falasse sem ter recebido instruções divinas.





Lições de vida:

Não devemos ter medo de falar a verdade àqueles que amamos.

Um companheiro em quem podermos confiar representa uma das maiores dádivas de Yaohu.

Yaohu se preocupa em descobrir uma forma de se comunicar conosco quando agimos de modo errado.





Informações essenciais:

Ocupações: Profeta de Yaohu e conselheiro do rei.

Contemporâneos: Davi, Bate-Seba, Salomão, Zadoque e Adonias.







Versículo-chave: “Conforme todas estas palavras e conforme toda esta visão, assim falou Natã a Davi” (2Sm 7,17).







A história de Natã encontra-se em 2 Samuel 7 – 1 Reis 1. Ele também é mencionado em 1 Crônicas 17,15 e 2 Crônicas 9,29; 29,25.







ABSALÃO

Pontos fortes e êxitos:

Era belo e tão carismático quanto seu pai, Davi.





Fraquezas e erros:

Vingou o estupro de sua irmã Tamar, ao matar seu meio irmão, Amnom.

Conspirou contra seu pai, para usurpar-lhe o trono.

Atentava constantemente para conselhos errados.





Lições de vida:

Muitas vezes os pecados dos pais são repetidos e ampliados em seus filhos.

Um homem perspicaz recebe muitos conselhos; mas o prudente analisa os conselhos que recebe.

Todos os atos que contrariam os planos de Yaohu estão, mais cedo ou mais tarde, condenados ao fracasso.





Informações essenciais:

Local: Hebrom.

Ocupação: Príncipe.

Familiares: Pai – Davi; mãe – Maaca; irmãos – Amnom; Salomão e outros; irmã – Tamar.

Contemporâneos: Natã; Jonadabe; Joabe; Aitofel e Husai.







Versículos-chave: “E enviou Absalão espias por todas as tribos de Israel, dizendo: Quando ouvirdes o som das trombetas, direis: Absalão reina em Hebrom” 2 Samuel 3,3; 13 – 19.







JOABE

Pontos fortes e êxitos:

Brilhante planejador e estrategista.

Combatente corajoso e comandante experiente.

Líder confiante que não hesitou em confrontar até mesmo o rei.

Procurou colaborar na reconciliação entre Davi e Absalão.

Planejou a conquista de Jerusalém.





Fraquezas e erros:

Era constantemente cruel violento e vingativo.

Executou o plano de Davi para matar Urias, marido de Bate-Seba.

Matou Abner para vingar o assassinato de seu irmão.

Matou Absalão contra as ordens de Davi.

Conspirou com Adonias contra Davi e Salomão.





Lições de vida:

Aqueles que vivem pela violência, freqüentemente morrem como vitimas da própria violência.

Até mesmo os lideres mais brilhantes precisam de orientação.





Informações essenciais:

Ocupação: Comandante-chefe do exército de Davi.

Familiares: Mãe – Zeruia; irmãos – Abisai e Asael; tio – Davi.

Contemporâneos: Saul, Abner e Absalão.







Versículo-chave: “E disse-lhe o rei: Faze como ele disse, e dá sobre ele, e sepulta-o, para que tires de mim e da casa de meu pai o sangue que Joabe sem causa derramou” (1Rs 2,31).







A história de Joabe encontra-se em 2 Samuel 2 a 1 Reis 2. Ele também é mencionado em 1 Crônicas 2,16; 11,5-9.20.26; 19,8-15; 20,1; 21,2-6; 26,28 e no título do Salmo 60.







ABISAI

Pontos fortes e êxitos:

Reconhecido como herói dentre os combatentes de Davi.

Um voluntário destemido e disposto, fervorosamente leal a Davi.

Salvou a vida de Davi.





Fraquezas e erros:

Inclinado a agir sem pensar.

Ajudou Joabe e assassinou Abner e Amassa.





Lições de vida:

Os seguidores mais eficientes associam um cuidadoso juízo à ação.

A lealdade cega pode causar um grande mal.

Informações essenciais:

Ocupação: Soldado.

Familiares: Mãe – Zeruia; irmãos – Joabe e Asael; tio – Davi.







Versículos-chave: “Também Abisai, irmão de Joabe, filho de Zeruia, era cabeça de três; e este alçou a sua lança contra trezentos, e os feriu, e tinha nome entre os três. Porventura, este não era o mais nobre dentre estes três? Pois era o primeiro deles; porém aos primeiros três não chegou” (2Sm 23,18.19).







A história de Absai encontra-se em 2 Samuel 2,18 – 23,19. Ele também é mencionado em 1 Samuel 26,1-13; 1 Crônicas 2,16; 11,20; 18,12; 19,11.15.







OS VALENTES DE DAVI

Pontos fortes e êxitos:

Soldados hábeis e líderes militares.

Compartilhavam inúmeras habilidades especiais.

Embora freqüentemente em menor número, eram sempre vitoriosos.

Eram leais a Davi.





Fraquezas e erros:

Geralmente tinham pouco em comum, além de sua lealdade a Davi e à sua competência militar.





Lições de vida:

A grandeza é freqüentemente inspirada pela qualidade e pelo caráter da liderança.

Até mesmo um pequeno exército, de homens capazes e leais, pode realizar grandes proezas.





Informações essenciais:

Locais: Vieram de todas as tribos de Israel (principalmente de Judá e Benjamim) e também de algumas nações vizinhas.

Ocupações: Vários antecedentes – quase todos eram fugitivos.







Versículos-chave: “Então, Davi se retirou dali e se escapou para a caverna de Adulão, e ouviram-no seus irmãos e toda a casa de seu pai e desceram ali para ele. E ajuntou-se a ele todo homem que se achava em aperto, e todo homem endividado, e todo homem de espírito desgostoso, e ele se fez chefe deles, e eram com ele uns quatrocentos homens” (1Sm 22,1.2).







Suas histórias encontram-se em 1 Samuel 22 – 2 Samuel 23,39. Também são mencionados em 1 Crônicas 11 e 12.

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