quinta-feira, 1 de setembro de 2011

KOHELET (ECLESIASTES).

INTRODUÇÃO AO LIVRO DE:








ECLESIASTES







INTRODUÇÃO







Visão geral

Autor: Salomão ou um sábio desconhecido na corte real.

Propósito: Demonstrar que a vida vista unicamente a partir da perspectiva humana realista resultará em pessimismo, e oferecer a esperança por meio da obediência humilde e da fidelidade a Yaohu até o dia do julgamento final.

Data: 930-586 a.C.

Verdades fundamentais:

Quando o que nos resta são os esforços e a perspectiva humana, a vida parece não oferecer esperança ou significado.

Os seres humanos não conseguem nem mesmo começar a sondar a sabedoria divina que sustenta e controla as coisas.

Quando as limitações humanas são reconhecidas, o fiel passa a ter uma visão divina da vida pela renovação da sua reverência a Yaohu e fidelidade aos seus mandamentos.

No julgamento final, Yaohu, ao julgar todas as coisas como boas ou más, colocará fim a todas as anomalias da vida que nos deixam perplexos.







Propósito e características

O título “Eclesiastes” deriva da Vulgata (a tradução latina da Bíblia) e da Septuaginta (a tradução grega do AT) da palavra hebraica qoheleth, que está traduzida como “pregador” possivelmente significando “o líder na assembléia”.

Eclesiastes trata de como o povo de Yaohu deve viver na terra diante das dificuldades e enigmas da vida. Mas o livro não faz uma apologia aos que são ignorantes de Yaohu ou que são rebeldes a ele; é um sábio conselho para aqueles que conhecem a Yaohu, mas que às vezes sentem-se perplexos diante de seus caminhos. Nesse aspecto, Eclesiastes é semelhante ao livro de Jó. Os diálogos e monólogos de Jó buscam a compreensão da sabedoria de Yaohu dentro das circunstâncias do sofrimento de um homem inocente, mas Eclesiastes é o mais filosófico em sua abordagem e fala da condição de todos os seres humanos.







CRISTO EM ECLESIASTES.

Este livro relaciona-se com Cristo e com o Novo Testamento de várias maneiras. Primeiro, em sua primeira vinda, Cristo, que é a sabedoria de Yaohu (1Co 24,30), revelou a sabedoria àqueles que o seguiram (Cl 1,9: 2,23; 3,16). Por meio da fé em Cristo temos acesso à sabedoria de Yaohu (Tg 1,5) além do conhecimento que tiveram os homens do Antigo Testamento. Do mesmo modo que Eclesiastes faz um chamado ao temor e á obediência (12,13), o Novo Testamento ecoa esses temas (At 6,7; 9,31; 2Co 5,11; 9,13; 10,5; 2Ts 1,8; 1Pe 1,2; 2,17; Ap 14,7; 15,4; 19,5) em seu chamado para que o evangelho de Cristo seja aceito como a própria sabedoria de Yaohu (1Co 1,21-24; Cl 1,9-12.28; Tg 3,13-17). Segundo, mesmo com a vinda de Cristo, Eclesiastes nos faz lembrar que os eleitos de Yaohu ainda vivem como forasteiros neste mundo (1Pe 1,1). Apesar de termos sido perdoados de nossos pecados e vivificados em Cristo, ainda vivemos entre profundas frustrações e tensões até que Cristo coloque um fim à presente era. Enquanto isso não acontece, os enigmas da vida às vezes são tão grandes que não sabemos nem mesmo como orar, mas podemos ter confiança em meio às nossas lutas por saber que o Espírito de Cristo, que conhece a mente de Yaohu, ora por nós (Rm 8,18-23) – RUACH HAKODESH. Terceiro, o Novo Testamento nos garante que o julgamento final mencionado nesse livro (12,14) acontecerá quando Cristo retornar em glória (Ap 19). Quando isso acontecer, a boa sabedoria de Yaohu, tantas vezes oculta da vida humana por ora, será claramente revelada.





No que acredito – Anselmo Estevan.



O PAI: Yaohu Ul, o Todo Poderoso!

O FILHO: Yaohushua, o Messias! (CHRISTÓS – O UNGIDO)!

O ESPÍRITO: “Rúkha – Yaohushua” (Espírito de Yaohushua);

O Mês_re, O Consolador!



As Escrituras mencionam o Espírito de três formas:



“Rúkha hol – Rodshua” (Espírito Santo),

“Rúkha – Yaohu” (Espírito de Yaohu), e

“Rúkha – Yaohushua” (Espírito de Yaohushua).







ECLESIASTES. Este escrito é atribuído a Salomão, filho de David (1,1). Os dois primeiros capítulos aludem claramente à vida deste rei (cf. 1Rs 3ss.). Mas tanto a linguagem, próxima do hebraico rabínico, como o conteúdo, crítica severa do sistema que vê a retribuição do justo na vida temporal, convidam a situa-lo muito depois da volta do Exílio. Com certeza, foi escrito antes da época dos Macabeus, pois em Qumran (gruta 4) foram descobertas algumas linhas dele, copiadas em meados do séc. II a.C.

O título hebraico Qohélet, aportuguesado Coélet (1,1.2,12; 7,27; 12,8-10), talvez venha de qahal, “a assembléia”, e evoca dois importantes episódios da vida de Salomão: quando ele recebeu, em Guibeon, a sabedoria, “no meio de um povo numeroso” (1Rs 3,8), e quando abençoou a assembléia, na dedicação do Templo (1Rs 8,2.14). O termo grego correspondente, Eclesiastes, designa quem preside uma assembléia ou lhe dirige a palavra; daí, ser chamado também O Pregador. O epílogo ou apêndice (12,8-14), talvez redigido por algum discípulo, parece aludir a certas discussões entre os judeus sobre a origem e autoridade deste livro desconcertante. Certo é que era lido todos os anos, na festa das Tendas, em setembro/outubro.

O caráter compósito deste livro dificulta sua compreensão. Contradições aparentes levaram até a pensar em vários autores ou revisores. Na verdade, porém, trata-se de um único autor que discute consigo mesmo e cita, vez por outra, opiniões já veiculadas, criticando-as.

A um prólogo (1,3-11) sobre o retorno cíclico das coisas seguem-se três partes. Na primeira, o Eclesiastes traz a autocrítica de Salomão (1,12 – 2,26). Enquanto o Cântico dos Cânticos celebrava com entusiasmo a pompa do rei insigne, seus excessos e amores, o Eclesiastes conclui pela inutilidade dos esforços do ser humano, até mesmo dos mais dotados, para fugir à sua condição. Que resta após o gozo? Um gosto de cinzas na boca. Vaidade das vaidades, tudo é vaidade, diz Qohélet!

Na segunda parte (3,1 – 6,12), o Eclesiastes mostra aspectos negativos e limitações da realidade humana, a começar pelo contraste entre a duração infinita e os instantes efêmeros. Essa relatividade, o sábio a apreende e assume como autêntico dom de Yaohu. Daí a sua angústia filosófica diante do mistério do destino humano (3,22; 6,12; 7,14; 8,7; 9,12; 10,14). Para que viver (1,3; 2,22; 3,9; 5,15)? Quem o sabe? Pode o homem escapar ao absurdo da própria existência? Sobrará dela só o tédio de um fracasso completo? Entre o suicídio e a fome do prazer, o Eclesiastes buscará encontrar uma atitude realmente humana.

A terceira parte (7,1 – 12,7) principia por uma série de sete reflexões, em forma comparativa, como a segunda parte, que começava pela retomada inicial, quatorze vezes, da expressão um tempo para... E um tempo para... A seguir, o autor trata da sabedoria e de suas relações com a justiça, a mulher, o exercício do poder, o segredo do destino humano, o tema clássico da justiça imanente, as relações sociais e suas anomalias flagrantes num mundo perverso e cruel. Como antes dele o autor do livro de Jó (cf. 9,22; 21,7 etc.: Também Sl 37; 49; 73; Jr 12,1; Ml 3,14-15), o Eclesiastes reage ao conformismo dos sábios e à retórica vazia deles exortando-nos ao engajamento existencial. São todos os que falam demais, porque ignoram as coisas mais simples (10,14). O Eclesiastes denuncia de modo geral as posições extremas que, paradoxalmente, se equivalem na ineficácia. Nem pessimista, nem otimista, nem oportunista, ele prima pelo realismo e pela lucidez. Vive a paixão da verdade e da autenticidade. Para ele, viver é bom. É dádiva divina a ser acolhida com alegria, sem ares de anjo nem de animal (cf. 3,13; 5,17; 8,15; 9,9).

O Eclesiastes multiplica os paradoxos em função de implacável dialética, votada, à primeira vista, a desembocar apenas em oposições irredutíveis. Não admira que ele não tenha feito escola. Se for possível aproximar dele certos salmos (39; 62; 88; 90), o Sirácida (Eclesiástico), alguns decênios após o Eclesiastes, representa uma volta às idéias tradicionais, embora não desconheça seu antecessor (cf., sobretudo Sr 14 – Livros Apócrifos). É possível que (Sb 2,1-10 – Livros Apócrifos), se inspire no Eclesiastes, mas na direção, ou seja, na nova perspectiva de uma vida futura com Deus. [Simplesmente, à vontade do “homem”; sem a Sabedoria Divina – Inspirada, em tentar saber as “coisas” – por si MESMO...]. Anselmo Estevan.

O Eclesiastes tem sido cotejado com várias obras literárias do antigo Oriente. Quanto ao Egito, citam-se o Diálogo do desesperado com sua alma, os melancólicos cantos dos harpistas e as sentenças do papiro Insinger. Da Mesopotâmia, lembram-se o diálogo acróstico chamado de teodicéia babilônica e um texto bilíngüe sumério-acádico, descoberto recentemente em Ugarit, na costa fenícia. Os pontos de contato com a filosofia grega permanecem vagos e imprecisos, sem que se possa negar, contudo, certa atmosfera comum ao Eclesiastes de um lado, e ao epicurismo, estoicismo e cinismo, de outro. Sem dúvida, nosso autor viveu sob o domínio dos Ptolomeus, na Palestina, Isto é, no século III a.C. Talvez tenha tentado estabelecer um diálogo com os pensadores helenistas.

Escreve em prosa ritmada, com freqüência paralelismos, retomando o mesmo pensamento de diferentes maneiras. A frase, longa e arrevezada, usa uma sintaxe bastante elementar. Não teme as repetições e as acumula num estilo quase litânico. Há palavras e expressões preferidas do autor, como: isso é vaidade, perseguir vento, debaixo do sol, sabedoria e loucura (insensatez). No entanto, apesar de sua deselegância e monotonia, a descrição que apresenta da velhice (12,1-8) é considerada um dos pontos altos da poesia bíblica.

Abstraindo embora das perspectivas da Aliança e do messianismo, como o indica especialmente o uso da palavra “Deus” ou antes “a Divindade” (Ulhim com o artigo), o Eclesiastes não deixa de comungar da fé do seu povo. O Deus – Yaohu de Israel é também para ele o que fez todas as coisas (11,5; cf. 8,17), o Criador (12,1), que fez o mundo bonito (3,11) e o homem reto (7,29). Devemos teme-lo (3,14; 5,6; 7,18; cf. 8,12) e prestar-lhe um culto espiritual (4,17). A cada um ele julgará conforme as suas obras (3,17; 11,9; cf. 9,7; 12,14). No aguardo desse ajuste de contas definitivo. Yaohu oferece aos homens uma felicidade verdadeira, ainda que limitada (8,15; 9,7; 11,9), que podemos desfrutar, mas sem apegos exagerados. Perante os enganos dos sábios, as decepções da vida e a inconsistência de todo bem, o ser humano permanece insatisfeito. Sofre a nostalgia do absoluto e sonha com a descoberta do seu lugar no universo e do sentido de sua trajetória.

O Eclesiastes mostra, com coragem e como que “cientificamente”, que, em matéria de fé, a instituição deixa um abismo escancarado aos nossos pés, que só Cristo poderá fazer desaparecer. {Veja mais pra frente à pronúncia correta da palavra – CRISTO E SEU VERDADEIRO SIGNIFICADO...Que, foi “perdido durante o tempo”}. Anselmo Estevan.

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