quinta-feira, 1 de setembro de 2011

ROMANOS.

EPÍSTOLA DE PAULO AOS




ROMANOS







INTRODUÇÃO





Visão geral

Autor: O apóstolo Paulo.

Propósito: Apresentar a mensagem do evangelho de Paulo aos crentes em Roma, e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os crentes judeus e os crentes gentios.

Data: 55-57 d.C.

Verdades fundamentais:

Judeus e gentios são pecadores sob o juízo divino.

Judeus e gentios recebem a justificação somente mediante a fé, à parte das obras.

A santificação, que conduz à glorificação, ocorre mediante a dependência do Rúkha hol – RODSHUA.

Judeus e gentios exercem papéis interconectados na História.

Os cristãos judeus e gentios devem aprender a aplicar o evangelho à vida prática.





Propósito e características

Paulo estava num momento decisivo do seu ministério na época em que Romanos foi escrita. Ele acreditava que havia cumprido o seu trabalho no Mediterrâneo oriental (15,17-23), e que era tempo de se deslocar para o Ocidente e evangelizar a Espanha (15,24). O apóstolo esperava visitar os cristãos romanos no caminho, realizando assim um sonho antigo e, talvez, recebendo a ajuda deles como Igreja mantenedora (15,24). À luz disso, era essencial que ele apresentasse suas credenciais apostólicas (observe a expressão “meu evangelho” em 2,16; 16,25), para que os romanos reconhecessem a autenticidade do ministério dele. Paulo deve ter pensado também que isso era necessário para defender o seu trabalho das falsas insinuações de boateiros (3,8).







EPÍSTOLAS PAULINAS: (1ª).



De todos as cartas do apóstolo Paulo, a Epístola aos Romanos é inegavelmente a mais importante. E isso, não só por ser a mais extensa. Do ponto de vista doutrinal, é uma das mais ricas – a ponto ser considerada, muitas vezes, uma carta-tratado – e a mais notavelmente estruturada. “Esta epístola toda inteira, asseverava Calvino, é disposta metodicamente”. Historicamente, enfim, nenhuma outra exerceu igual influência; um teólogo protestante chegou recentemente a dizer (não sem uma ponta de exagero) que a história da Igreja se confundia com a da interpretação desta epístola. Não há negar que este texto sempre ocupou um lugar privilegiado na história da exegese. Foi comentado, quer de forma continuada, quer não, por Orígenes, João Cristóstomo, Teodoreto, o Ambrosiáster, Pelágio, Agostino, Abelardo, Tomas de Aquino, etc. Papel sobremaneira decisivo desempenhou entretanto a sua interpretação em dois momentos da história da Igreja: no século V, por ocasião da crise pelagiana e das grandes controvérsias sobre a gratuidade da salvação, e no século XVI , quando dos inícios da Reforma protestante.

Aos olhos de numerosos historiadores, o comentário à Epístola aos Romanos por Lutero, em 1516, foi o verdadeiro ponto de partida da Reforma. Foi outrossim explicando a Epístola aos Romanos, seu primeiro comentário bíblico (publicado somente em 1540), que Calvino preparou a segunda edição da Instituição da religião cristã (1539) e fixou as principais teses da sua doutrina. Os reformadores protestantes tinham esta epístola em particular estima. “Ela é na verdade, assegurava Lutero, o coração e a medula de todos os livros”. Calvino pretendia igualmente que “todo aquele que chega à sua verdadeira compreensão tem como que a porta aberta para entrar no tesouro mais secreto da Escritura”. Para Melanchton – cuja obra-mestra, os Loci communes rerum theologicarum, é de fato uma explicação da Epístola aos Romanos –, esta carta “fornecia o sumário da doutrina cristã”. A dogmática luterana primitiva confunde-se pois, na realidade, com uma dogmática da Epístola aos Romanos.

Desde aquele tempo, os exegetas e teólogos protestantes não cessaram de comentar esta epístola. Mencionemos em particular o comentário de Karl Barth (1919), cuja influência foi decisiva para o pensamento teológico contemporâneo. Ao privilegiarem assim este texto, os teólogos protestantes tenderam, sem dúvida, a certo “unilateralismo”; o exegeta protestante F. – J. Leenhardt não Hesita em falar de “desequilíbrio”. Os teólogos católicos, por seu turno, deram ênfase exagerada ao ensinamento da primeira epístola aos Coríntios.

Por causa deste papel desempenhado pela Epístola aos Romanos na história da Igreja dos quatro últimos séculos, é compreensível que os responsáveis pela Bíblia – Tradução Ecumênica tenham resolvido começar o seu trabalho pela Epístola aos Romanos. A seu ver, uma versão desta epístola seria um teste; com efeito, eles estavam persuadidos de que a tradução ecumênica da Bíblia não esbarraria em obstáculos intransponíveis se a Epístola aos Romanos pudesse ser apresentada em uma versão aceita por todos. E persuadidos estavam sobretudo do desafio teológico que estava em jogo neste empreendimento; segundo a feliz expressão do pastor M. Boegner. “o texto das nossas divisões” devia tornar-se o “texto do nosso encontro”.





Posição da epístola na vida do Apóstolo. Ao ditar esta carta a Tércio (16,22) Paulo encontra-se provavelmente em Corinto, em casa de Gaio, que “hospeda a mim e a toda a Igreja” (16,23, cf. 1Co 14-15). Ele está prestes a partir (alguns pensam até que já tivesse partido) para Jerusalém (15,25-33), levando o produto da coleta que organizara na Macedônia e na Acaia em proveito dos “santos de Jerusalém que estão na pobreza” (15,25-26). Acabara de passar três meses em Corinto (At 20,3) no fim de sua terceira viagem missionária, no decurso da qual escrevera, alguns meses antes, as epístolas aos Coríntios, aos Gálatas e talvez aos Filipenses. Acha-se, pois, no fim de um dos períodos mais movimentados de sua atividade epistolar e teológica.

Caros leitores, quero colocar algo que acho interessante sobre: “As Escrituras Sagradas” e a “Bíblia como a conhecemos hoje!”. Bem, o AT faz parte do povo judeu e foi feito para ele (mas todos nós devemos observá-los para não cometer os “erros” do passado...! Sendo desta forma, o At já existia em rolos, pergaminhos etc. bem antes da compilação do NT, que quando começou a existir o NT era também em “rolos”... mais ou menos isso!). Vamos lá.:

- Cânon (Gr. Kanôn vara de medida, padrão, barra, regra). O termo se acha em Gl 6,16 para “regra”, e, no 2º século, a expressão “regra de fé” (Lat. Regula fidei) veio a indicar o padrão de verdade revelada, os artigos básicos da fé que constituem a confissão cristã essencial.

As palavras cânon e canônico que já tinham sido empregadas por Orígenes (c. de 185 – c. de 254) entraram em uso geral no século IV com o sentido técnico dos livros que eram recebidos pela igreja como regra da fé cristã. O último dos livros que pertencia ao cânon do AT foi escrito vários séculos a.C., mas, para judeus piedosos, a questão do cânon foi encerrada cerca do fim do 1º século d.C. Muitos estudiosos acreditam que no Sínodo de Jâmnia (c. de 100 d.C.), uma cidade que tinha sido sede do grande Sinédrio desde a destruição de Jerusalém em 70 d.C., o conteúdo do AT foi discutido e, como sugere o – Mixná, o alcance do cânon foi finalmente definido. Outros estudiosos, no entanto levantam a questão quanto à existência real de tal sínodo. O núcleo do cânon do NT (os Quatro Evangelhos e as 13 Epístolas de Paulo) veio a ser aceita na igreja c. de 130. Em certos lugares, no entanto, ainda persistiam dúvidas quanto a certos livros, especialmente Hebreus, Judas, 2 e 3 João e Apocalipse, enquanto certos relatos e coletâneas de livros incluíam a Epístola de Barnabé e o Pastor de Hermas (Pais Apostólicos). A Carta Pascal de Atanásio em 367 é o testemunho exato mais antigo do cânon conforme o temos hoje. O cânon foi reconhecido por sínodos em Hipona e Cartago em fins do 4º século. Não houve, porém, nenhum concílio geral da igreja primitiva que autorizou o cânon. (v. NDB, I pp. 246-261.).

Dessa forma – se formou a Bíblia que temos hoje em dia! Claro que houve alterações de textos, parágrafos, etc. dos “rolos, papiros” para a “impressão em livros – formando a Bíblia...!”.



O Papiro: Até aproximadamente o ano 3000 a.C., escrevia-se sobre tijolos de barro, peles de animais, folhas de certas plantas, cascas preparadas, etc. Difícil e custoso, como bem se pode imaginar.

Naquele momento, um homem industrioso reparou uma planta que vicejava nativa e esplendidamente às margens do Rio Nilo. Era o papiro (do grego: pápyros, Cyperus papyrus). O papiro é uma ciperácea [família de plantas monocolitedôneas do porte das gramíneas, mas de caule cheio e sem nós: junca, carriço, junco] cultivada no Egito ao longo do Nilo, e cujas hastes são formadas de folhas sobrepostas, que os antigos egípcios separavam uma das outras, servindo-se delas para escrever, depois de convenientemente preparadas. Folha de papel feita com papiro. Manuscrito feito de papiro.

O papiro é uma grande e bela planta, cuja haste nua, de 2 a 4 metros de altura, da seção triangular até sua parte superior, cheia de uma medula muito semelhante à do sabugueiro, tem no alto uma umbela de forma elegante. Esta espécie crescia, antigamente, nas margens do Nilo, e parece ter quase desaparecido daquela região; encontra-se ainda na Calábria e na Sicília.

A parte inferior e carnosa da haste fornecia aos egípcios um alimento utilizado pelos pobres. As hastes compridas e flexíveis, serviam para o fabrico de objetos diversos. Mas o principal uso da planta era o fabrico de uma espécie de “papel”. A região exterior da haste compreende diversas películas concêntricas e muito leves; separavam-nas, cortando-as em fitas de 20 a 30 centímetros de comprimento por 5 a 6 de largura, e depois colava-se até a borda no sentido longitudinal, um certo número dessas fitas, de forma que fizessem uma folha. Colavam-se diversas folhas umas sobre as outras assim preparadas, cruzando as fibras das películas sucessivas para dar maior solidez ao conjunto. Quando se tinha obtido a espessura desejada, polia-se o papel e esfregava-se com óleo de cedro, destinado a torna-lo incorruptível.

O papiro grosseiro ou leneótico (= de aparência lanosa) era fabricado com as películas mais exteriores; o papiro sagrado ou hierático (= sagrado), mais fino, obtinha-se com as películas interiores.

Escrevia-se com tinta indelével, feita de fuligem. Servia de caneta um talo de junco e, mais tarde, penas preparadas com fibras de bambu.

O preparo do papiro atingiu uma técnica elevada. Havia vários tipos de papiro. Os gregos e romanos distinguiram os seguintes: o hierático ou sagrado, destinado aos documentos religiosos; o emporético, usado no comércio comum, e certa variedade mais ou menos para o luxo social, um requinte surgido muito mais tarde que as duas primeiras, e chamado liviano, em homenagem a Lívia, esposa do imperador Augusto. Foi da palavra papiro que surgiu a palavra papel (do grego papyrus, do latim papyrum, do baixo latim: papillum), papier, em francês; paper, em inglês; Papier, em alemão (pronuncia-se papir, e com P maiúsculo).

A idéia de fabricar uma matéria própria para receber e fixar a escrita, remonta a épocas remotas. Os egípcios empregavam para esse fim uma espécie de cana e que chamavam papiro, de onde vem o nome papel. Além do papiro egípcio, os romanos se serviam do líber (que deu origem à palavra “livro”) de diferentes árvores, tais como o mogno, o plátano e a tília.

Todavia, a idéia de formar uma folha mole e polida pela simples feltragem de fibras vegetais pertence aos chineses. Em 128 a.C., Tsai Lun, ministro da agricultura, recomendava a amoreira e o bambu para esse fabrico. Em 751, prisioneiros chineses, conduzidos a Samarkand, introduziram a sua indústria nesta cidade. Em 794, foi fundada outra fábrica em Bagdá e depois em Damasco. Os árabes espalharam os novos processos no norte da África, depois na Espanha, onde se encontra uma fábrica, em 1154 em Jativa. O papel árabe era feito de trapos (principalmente de linho), triturado entre duas mós. Da África e da Espanha a indústria do papel espalhou-se pela Itália e França. O fabrico do papel tomou grande desenvolvimento, na Europa, com o aperfeiçoamento da imprensa.

E, essa imprensa... , é o que por “homens...” houve “mudanças nas Escrituras Sagradas”. E, o que temos hoje em dia a “Bíblia” – o Cânon! Anselmo Estevan.

Continuação do texto no mesmo parágrafo: Ele julga tr cumprido a sua tarefa no Oriente (15,19-20). Doravante, propõe-se levar o Evangelho ao Ocidente. O seu espírito já se volta para Roma e para a Espanha (15,24). Contudo, está preocupado quanto ao êxito da viagem a Jerusalém. Pressente as dificuldades que vai encontrar (15,30-31). Esses temores são confirmados pelos Atos dos Apóstolos: “Agora, prisioneiro do Rúkha, eis-me a caminho de Jerusalém; não sei qual há de ser lá a minha sorte, mas em todo caso, o Rúkha hol – RODSHUA me atesta, de cidade em cidade, que cadeias e tribulações estão lá à minha espera...” (At 20,22-23).

De acordo com o sistema cronológico que se adote, a Epístola aos Romanos situar-se-á em 57 ou 58; em todo caso, no início da primavera, isto é, na época do ano em que recomeçava a navegação regular, após os meses adversos do inverno.

A autenticidade paulina desta carta jamais foi posta em dúvida. Somente os dois últimos capítulos levantam uma questão de crítica literária ante as hesitações da transmissão manuscrita a seu respeito (cf. cap. 15, nota).





Finalidade e ocasião. Embora sejam bastante conhecidas as circunstâncias da redação da Epístola aos Romanos, permanece enigmática a natureza mesma desta carta: estamos em presença de um tratado sob forma epistolar ou de uma verdadeira carta, escrito circunstancial? Em outros termos, o apóstolo teria em vista, ao ditar essa epístola, fornecer à igreja de Roma um ensinamento acerca da verdade evangélica, ou seria o seu intuito primordial colher algum resultado prático que respondesse às necessidades particulares que ele sabia existirem nesta Igreja?



a) Um escrito doutrinal. Até por volta do fim do século XIX, a maioria dos comentadores considerou a Epístola aos Romanos como uma carta-tratado: para eles, tratava-se de um escrito doutrinal sob forma de carta aberta. O anúncio da próxima vinda de Paulo a Roma não passaria para ele de simples pretexto. Aliás, não conhecendo esta Igreja, não tendo outrossim nenhuma ascendência direta sobre ela, cioso ademais “de não edificar sobre alicerces assentados por outro” (15,20), Paulo nem tem necessidade de tratar dos problemas concretos da comunidade, nem de se meter na polêmica ou na apologia pessoal. Ele só aproveita a ocasião que lhe é dada de enviar um bilhete à Igreja de Roma, a fim de expor aos romanos e, além do círculo dos romanos, a todos os crentes, os principais problemas que então lhe ocupam o pensamento, e tornar a expor serenamente e de modo mais sistemático a sua mensagem da epístola aos Gálatas.

De fato, a comparação entre as duas epístolas impõe-se. Tanto numa como na outra, encontram-se temas básicos da teologia paulina: justificação e salvação, lei mosaica e fé cristã, valor profético da figura de Abraão etc. Não menos impressionante, entretanto, é o contraste entre ambos. Se a epístola aos Gálatas dá a impressão de ter sido escrita sob o império da emoção, a epístola aos Romanos impressiona por seu tom calmo e didático, seu despojamento, sua elevação de conceitos. É a mesma mensagem, mas exposta e desenvolvida ampla e serenamente, sem polêmica. Chegou-se até a descrever a Epístola aos Gálatas como um rio cascateando das montanhas onde nasce, e a Epístola aos Romanos como o mesmo rio expandindo majestoso suas águas na planície.

Sem dúvida, Paulo, em toda a extensão da epistola, dirige-se com veemência a um interlocutor embora nunca chegue a designa-lo de maneira mais precisa. Basta ler uma tradução vernácula para se ficar impressionado com o incessante emprego que o apóstolo faz da interrogação retórica, da interjeição, da exclamação, da frase incidente ou do parêntese. Em nenhuma outra de suas epístolas ele recorre tanto a processos oratórios, tais como, por exemplo, as fórmulas “Que diremos, pois?”, “Ignorais então?”, “Ó homem, que quer que sejas”... Mas precisamente a abundância dessas fórmulas retóricas prova que o interlocutor de Paulo é apenas um personagem fictício, segundo os procedimentos da filosofia popular da época.

O caráter mais intemporal, mais doutrinal desta epístola explica por que quiseram ver aqui uma espécie de “suma teológica”. Contudo, ela contém demasiadas lacunas para ser considerada um “sumário da doutrina cristã”, ou mesmo uma síntese da teologia paulina. A extraordinária diferença, não só de estilo, mas mesmo de temas, entre a Epístola aos Romanos e as epístolas aos Coríntios, que entretanto datam do mesmo período, deve com efeito despertar a atenção. Estas são dominadas por dois assuntos próximos entre si: nelas Paulo defende a sua autoridade apostólica e combate pela unidade e edificação da Igreja de Corinto. Na carta aos Romanos, por assim dizer, nunca se trata da Igreja, ao menos expressamente, a não ser nas recomendações práticas dos últimos capítulos. A grande instrução coríntia sobre a Eucaristia (1Co 11,17-34) não tem equivalente algum na Epístola aos Romanos. Se, nas epístolas aos Coríntios, o Rúkha é fonte dos carismas comunitários e dos ministérios instituídos, em Rm 8, ele está na origem da liberdade e da oração pessoais. Entretanto, as epístolas aos Coríntios não deixam de ter o seu eco na Epístola aos Romanos: em ambas encontra-se a imagem da Igreja-corpo de Christós (1Co 12,12-27; Rm 12,4-6) e o tema do Christós-segundo Adão (1Co 15; Rm 5).

Se não se pode considerar a Epístola aos Romanos como síntese do pensamento teológico do apóstolo, pode-se menos ainda considera-lo o equivalente de uma dogmática cristã no sentido moderno da palavra; talvez seja possível caracteriza-la como exposição do que o próprio Paulo chama duas vezes, na epístola, de “o seu evangelho” (2,16; 16,25), o que ele considera o núcleo da boa nova que ele enuncia às nações.



b) Um escrito circunstancial. O caráter intemporal e geral da Epístola aos Romanos não impede que ela seja “situada historicamente” e que responda aos problemas mais graves que se punham então à Igreja. Para alguns, o tema da Igreja, a despeito da ausência deste termo, constitui mesmo o horizonte para o qual convergem as linhas essenciais do pensamento exposto na epístola. Paulo tem consciência do perigo que ameaça a Igreja nesse momento da sua história: ela corre o risco de se dividir em duas comunidades, uma judeu-cristã, herdeira da Sinagoga, e outra, a dos pagãos convertidos dos quais ele se sabe o apóstolo, separado da primeira, sem vínculo visível com o passado. As crises muito recentes que abalaram as Igrejas da Galácia e de Corinto só contribuíram para convence-lo da gravidade da situação. Ao redigir a sua carta, Paulo está inseguro quanto ao acolhimento que terá em Jerusalém. Compreende-se pois que tenha querido, em uma epístola destinada a um amplo círculo de leitores, sublinhar a unidade da Revelação no Antigo Testamento e no Evangelho, as promessas infalíveis a Israel e seu papel na história da salvação. A Epístola aos Romanos seria de certo modo o paralelo - no plano doutrinal – do esforço de Paulo – no plano prático – para organizar uma coleta destinada a prestar socorro às necessidades da comunidade judeu-cristã e a ressaltar a solidariedade dos crentes de origem pagã com os da Palestina.

De resto, será verdade, como geralmente se afirma, que os destinatários imediatos da epístola não lhe condicionaram nem o fundo , nem a forma? A Epístola aos Romanos constituiria neste caso uma exceção na obra literária de Paulo, pois todas as suas outras cartas são escritos circunstanciais, suscitados pelas necessidades concretas da Igreja à qual se dirige. Assim sendo, não seria lógico perguntar se a Epístola aos Romanos não se explica também pela situação da Igreja de Roma nos anos 57-58? Muitos autores fizeram pesquisas neste sentido. Entretanto, a situação exata da Igreja de Roma no momento em que Paulo lhe escreve, a sua estrutura, as suas tendências nos são por demais desconhecidas para que as explicações propostas possam ser mais do que uma hipótese de pesquisa. A própria epístola não nos dá nenhuma indicação explícita. Paulo só menciona como motivo de sua ida o desejo vivo de “fortalecer” a fé dos cristãos de Roma. Não recearia ele que os judaizantes propagassem as próprias idéias em Roma, como tinham feito na Galácia e em Corinto? Não estaria querendo pôr os romanos de sobreaviso contra as maquinações deles? Tudo isso não é impossível; entretanto nada na carta nos autoriza a lhe atribuir este objetivo (ver contudo 16,17-26, mas o tom severo desse trecho contrasta com o tom moderado do resto da carta).

De todas as hipóteses consideradas, uma entretanto merece nossa atenção. Desde o começo do século XIX, vários comentadores se têm perguntado se a Carta aos Romanos não teria tido essencialmente uma finalidade conciliatória. Sabe-se, com efeito, que a colônia judaica de Roma era muito importante, chegando até a provocar um edito de expulsão do imperador Cláudio em 41, talvez em conseqüência de perturbações suscitadas pela pregação do Evangelho de Yaohushua Christós. Sabe-se igualmente que também os cristãos de origem judaica foram atingidos por essa medida, em conseqüência da qual Áquila e Prisca, por exemplo, emigraram para Corinto (At 18,2). O edito, no entanto, foi ab-rogado sem demora, e numerosos judeus voltaram para Roma. Quando Paulo se pôs a escrever a sua carta. Áquila e Prisca lá se achavam de novo (16,3). Pode-se perguntar se os cristãos de origem pagã não tinham tomado uma atitude de certo menosprezo e superioridade para com os seus irmãos de origem judaica, por ocasião da volta destes últimos (cf. 11,17-25; 14,3.10; 15,25-27). Não teria a Igreja de Roma ficado, em conseqüência disso, profundamente dividida, cindida em dois partidos, um formado de convertidos do paganismo, o outro de convertidos do judaísmo? Diante de tal situação, Paulo se proporia a fazer com que uns e outros se aceitassem mutuamente, tomando consciência de sua unidade fundamental. O ponto alto da carta seria, assim, Rm 15,7: “Acolhei-vos, pois uns aos outros, como o Christós – O UNGIDO – Yaohushua – vos acolheu, para a glória de Yaohu”. Todos os desenvolvimentos anteriores teriam como objetivo final esta conclusão prática.

Diversos indícios conferem a esta hipótese certa verossimilhança. Pôde-se assinalar que o apóstolo tem constantemente “um olho voltado para os judeu-cristãos, o outro para os convertidos do paganismo” (Pfleiderer). Com efeito, a carta usa freqüentemente termos “judeu-grego” e seus paralelos (1,14-16; 2,9.10.25-27; 3,9-29; 4,9-12; 9,23; 10,12; 11,13-25; 15,8ss.) A estranha ausência do endereço à “Igreja de [‘Elo(rr)Hím(i)] – Yaohu”, que figura como destinatária em todas as epístolas de Paulo, explica-se facilmente se o apóstolo julga não estar diante de uma comunidade unida. Enfim, o longo desenvolvimento dos capítulos 9 – 11 sobre o povo de Yaohu e o destino de Israel se legitima plenamente nesta perspectiva. Recentemente, esta hipótese foi reassumida e apoiada com novos argumentos. Sendo assim, a Epístola aos Romanos denotaria um caráter eminentemente “ecumênico” por antecipação. Por mais sedutora que ela seja, esta interpretação não passa, entretanto, de simples hipótese. De fato, a ausência de qualquer alusão precisa da parte de Paulo à situação da Igreja de Roma impede sua confirmação. Mas nem por isso ele deixa de iluminar fortemente esta carta difícil e enigmática e de conferir-lhe um interesse novo.





Plano da epístola. Nenhum outro texto de Paulo dá a impressão de ser tão fortemente estruturado e de apresentar um plano tão rigoroso quanto a Epístola aos Romanos. Entretanto, embora todos os comentadores reconheçam nesta cara, como aliás na maioria das outras, duas partes bem distintas, uma doutrinal (1 – 11), a outra exortativa ou parenética (12 – 16), a unanimidade desaparece, quando se trata de lhe determinar o plano de maneira mais precisa. Por isso, alguns exegetas chegaram a opinar que ela não apresentava outra estrutura que a de um diálogo. A Epístola aos Romanos, foi dito, não seria mais que uma missiva oriunda de um constante dialogus cum Judaeis (diálogo com os judeus).

No entanto, a maioria dos comentadores pensa que ela apresenta um plano firme e bem-pensado, à condição todavia de reconhecer que ela não é totalmente unificada, nem do ponto de vista do estilo, nem do ponto de vista da seqüência das idéias. Paulo não é um Cícero nem um Bossuet, e o fluxo retórico do seu ditado não se deixa enquadrar em parágrafos. Segundo esses comentadores, o apóstolo teria querido tratar do pecado (1,18 – 3,20), em seguida, da justificação (3,21 – 4,25) e finalmente da santificação (5 – 8). Nesta hipótese, porém, o fim da epístola seria uma sucessão de apêndices mais ou menos independentes da parte doutrinal.

Por isso, novos estudos propuseram outras estruturas, ao que parece mais próximo da intenção central do apóstolo, e mais conformes à maneira dos profetas do Antigo Testamento, que procediam menos por desenvolvimento lógico do que por repetições concêntricas. Eis, a título de exemplo, o resumo de um desses planos recentemente propostos. Em quatro fases sucessivas, a epístola descreveria a tribulação da humanidade e a vitória do Evangelho sobre esta tribulação: 1. Tribulação dos pagãos e dos judeus sob a condenação divina (1,18 – 3,20) e justificação, pela graça de Yaohushua Christós, de todos os que nele crêem (3,21 – 4,25). 2. Tribulação da humanidade solidária com o primeiro Adão (5,1-14) e salvação da humanidade pela solidariedade com Yaohushua Christós (5,15 – 6,23; em Rm 5, ambos os temas da tribulação e da salvação estão intimamente mesclados). 3. Tribulação da humanidade escrava da lei (7,1-25) e libertação da humanidade pelo Rúkha (8,1-39). 4. Tribulação de Israel em sua rejeição de Christós (9,1 - 10,21) e acesso final à salvação do novo Israel composto de judeus e pagãos (11,1-36). Este plano, evidentemente hipotético, oferece uma dupla vantagem: põe em evidência o fato de que as quatro descrições da tribulação e da salvação se exprimem em quatro terminologias de natureza e origem diferentes: jurídica para a primeira, sacramental para a segunda, espiritual para a terceira e histórica para a última. Mostra, além disso, como Rm 9 – 11 se liga organicamente à argumentação de 1 – 8. Este plano, no entanto, não satisfaz em dois pontos: embora mostre como Rm 9 – 11 se integra naturalmente na argumentação da epístola, ele não ressalta que esses capítulos constituem, apesar de tudo, uma parte relativamente independente do resto e formam até um conjunto por tal modo unificado que é licito perguntar-se se não foram redigidos à parte e inseridos ulteriormente neste lugar da epístola. Com efeito, eles não se apresentam como seqüência necessária de Rm 1 – 8, cujo tema fundamental, enunciado em 1,16-17, é a justiça nova trazida aos homens por Christós. Por outro lado, este plano não põe de manifesto o papel de dobradiça exercido pelo cap. 5. Numerosos comentadores frisaram, de fato, que, a parte do cap. 5, começa a aparecer um ponto de vista parcialmente novo. Aí a justificação apresenta-se como doravante pertencente ao passado, e já realizada: os verbos que designam a justificação estão todos no aoristo (perfeito simples); a fé, ainda mencionada em 5,2, cede lugar à esperança; o tema da kaukhesis (orgulho, altivez. Glorificação) sofre igualmente uma transformação e toma doravante uma significação positiva, pois este “orgulho” não exprime mais do que apoiar-se unicamente em Yaohu. Enfim, o tema fundamental de 5,11 – 8,39 não é mais o da justificação, mas o da vida; o batismo inaugura a nossa vida com Christós (cap. 6); o dom e a presença dinâmica e vivificante do Rúkha hol – RODSHUA são o sinal da nossa comunhão com Mashiach glorificado e com a sua vida divina do Ressuscitado (cap. 8).

A organização de Rm 1 – 8 revela, pois, um desenvolvimento progressivo. Se este não se patenteia mais claramente, é porque o apóstolo, ao ditar um texto difícil, seguiu muitas vezes várias linhas de argumentos e pensamentos que se entrecruzam. Seja como for, o interesse da apresentação em quatro grandes conjuntos consiste em mostrar como Paulo se empenha em anunciar o Evangelho dirigindo-se alternativamente aos cristãos de origem judaica e aos de origem pagã, exortando-os por fim, no grande parênese conclusiva (12,1 – 16,27), a viver do amor no concreto cotidiano: que, renunciando a toda pretensão, esses cristãos procurem o bem dos outros e busquem evitar tudo o que possa ameaçar a solidariedade entre eles e com todos os homens. É assim que, nos dias deste mundo, eles anunciarão e esboçarão a consumação da história (13,11-14). A quinta parte da carta, nesta perspectiva, articula-se organicamente com as quatro primeiras.





Teologia da epístola. Como já foi dito, embora a Epístola aos Romanos não trate de todos os temas da teologia paulina, os que ela aborda têm uma profundidade, uma clareza e uma força impares. Em nenhuma outra parte, o apóstolo fala tão soberanamente do poder da graça, da maldição do pecado, da justificação pela fé, da morte e da vida com o Mashiach ressuscitado, da ação do Rúkha... Não há como relatar aqui de forma sintética a riqueza de um pensamento cujo rigor em nada se enfraquece ao matizar-se e cuja sutileza não lhe diminui o vigor. As notas, particularmente abundantes para esta epístola, farão com que o leitor se depare com todos os grandes temas do apóstolo no próprio lugar onde estes surgem no texto: é uma espécie de léxico do vocabulário Paulino que se encontrará no rodapé das páginas da nossa edição, sempre relacionado com o andamento do pensamento apostólico.

Digamos que foi particularmente precioso para nós Remanescentes (grifo meu), descobrir passo a passo às riquezas da mensagem apostólica. Encontramo-nos unidos numa mesma paixão por compreender e numa mesma vontade de receber, para dela viver hoje, uma das linhas mestras da mensagem originária que, graças ao apóstolo, conquistou a totalidade da bacia mediterrânea. Escutando com gratidão a voz dos grandes intérpretes da epístola ao longo dos séculos e recolhendo as riquezas das nossas respectivas tradições, saboreamos como graça à bênção o privilégio de poder traduzir e anotar em comum, em profunda unidade de espírito, este texto, que, no passado, foi ocasião de tantas controvérsias. A equipe ecumênica responsável por esta nova versão, que foi o teste da possibilidade de levar a bom termo a Bíblia – Tradução Ecumênica, e todos os que a estimularam e apoiaram em seu esforço, desejam que os leitores – notadamente os grupos ecumênicos – participem da alegria e do proveito que ela desfrutou em seu trabalho. São os meus votos também... Anselmo Estevan..







Ok. Consegui o que tanto queria. Todos já sabem que o termo cristão é errado pois, quer dizer: Seguidor de Cristo. Mas, como essa palavra foi transliterada erroneamente para a língua portuguesa (pois o correto é Christós – O UNGIDO), então consegui uma tradução correta do termo cristão. De agora em diante quando aparecer este termo, vou troca-lo pela tradução correta.:



Tal-mid (fem, tal-mi-dah; pl. tam-mi-dim). Discípulo, aluno. O relacionamento entre o talmid e o rabino era muito próximo; o talmid não aprendia com o rabino apenas fatos, processos de raciocínio e como realizar práticas religiosas; deveria considera-lo exemplo a ser imitado na conduta e no caráter (v. Mt 10,24.25; Lc 6,40; Jo 13,13-15; 1Co 11,1). O reino, por sua vez, era considerado responsável pelos talmidim (Mt 12,2; Lc 19,39; Yn 17,12) (Mt 5,1+). Veja que como não temos a letra “J”, “Jo” fica como “Yn”. Legal né. Agora vamos ao texto de Atos 1,26 da Bíblia Judaica Completa, para ver como fica esse versículo na língua original:



Atos 11,26 e, quando o encontrou, levou-o a Antioquia. Eles se reuniram com a congregação local durante um ano e ensinaram a um número considerável de pessoas. Foi também em Antioquia que os talmidim foram chamados “messiânicos” PELA PRIMEIRA VEZ.



Então quando aparecer o termo cristão, vai ser trocado pelo termo correto – messiânicos – Que quer dizer – “seguidores de Christós – (Messias) – Mashiach”.





Ma-shi-ach (Messias, Christós). Literalmente, “O UNGIDO”. Em português, é transliterado em “Messias”. Equivalente ao termo grego Christós, que também significa “ungido”. No Tanakh, reis e Kahamim eram ordenados ao serem ungidos com azeite (Sh’mot [Êx] 30,30; Sh’mu’el Alef [1Sm] 15,1; Tehillim [Sl] 133). O Novo Testamento Judaico usa Mashiach para verter as ocorrências da transliteração grega messias, que aparecem apenas duas vezes em todo o texto no NT (Yn 1,41; 4,25), e em quatro passagens dramáticas para verter christós (Mt 16,16; Mc 8,29; 14,61; Lc 9,20). Anselmo Estevan. (P.S. Yn – Yochanan = João – na transliteração para o português!).



A B’rit Hadashah e Yeshua. Na continuação dessa crônica, os livros da Nova Aliança proclamam que o Messias de Yisra’el, profetizado no Tanakh, é Yeshua, uma pessoa histórica e real que, como outras, nasceu, viveu e morreu. Entretanto, diferentemente das demais, ele não teve pai humano e nasceu de uma virgem chamada Miryan (Maria). Também, de modo diverso das outras pessoas, ele não morreu porque sua vida simplesmente chegou ao fim ou por causa de pecados pessoais (ele nunca pecou), mas com o objetivo de salvar-nos de nossos pecados. Além disso, ele ressuscitou dos mortos, encontra-se vivo agora “à direita de Yaohu”, e virá pela segunda vez para governar como o Rei de Yisra’el e trazer paz ao mundo todo. Ao explicar a característica exclusiva de sua qualificação para ser o sacrifício final pelos pecados, a B’rit Hadashah o denomina Filho do Homem e Filho de Yaohu. A primeira expressão, retirada do Tanakh, significa que ele é o homem ideal e perfeito, sem pecado, “um cordeiro sem culpa”. Pelo fato de não ter a obrigação de entregar a própria vida por causa de seus pecados, ele é “O cordeiro de Yaohu. Aquele que tira o pecado do mundo!” A segunda expressão, aludida no Tanakh, significa que “nele habita, corporalmente, a plenitude do que Yaohu é”, de forma que somente ele é capaz de expressar o amor divino pela humanidade. [Então: “E virá com o Nome simples de ‘Jesus’ – ‘Yeshua’? Nunca!” Pois se Ele é tudo isso que foi relacionado acima, e Ele é {‘Elo(rr)Hím(i}] – então seu nome é: YAOHUSHUA!]. {Simplesmente (Yeshua), foi a “versão” que foi copiada de outras versões com este nome...!!}.Grifo meu.

B’reshit [Gn] 1,26 – 2,25.

B’reshit [Gn] 3,1-19.

M’lakhim Alef [1Rs] 8,46; Kohelet [Ec]7,20; Romanos 3,23.

B’reshit [Gn] 2,17; 5,5; Romanos 6,23.

B’reshit [Gn] 3,22-24; Yesha’yahu [Is] 59,1.2.

B’reshit [Gn] 12,1-3; Yesha’yahu [Is] 49,6.

Tehillim [Sl] 110,1; Atos 7,56 e por toda a carta endereçada aos judeus messiânicos [Hb].

Dani’el [Dn] 7,13.



A palavra Tanakh é um acrônimo composto das iniciais das três principais divisões da Bíblia hebraica: Torah (a “Lei”, Pentateuco), Nevi’im (Profetas) e K’tuvim (Escritos).



B’rit. Aliança, contrato. As alianças bíblicas mais significativas foram às estabelecidas por Yaohu com Noach (B’reshit 9), Avraham (B’reshit [Gn] 17), Mosheh (Sh’mot [Êx] 19 – 24), David (Sh’um’el Bet [2Sm] 7), e Yaohushua (Yirmeyahu [Jr] 31; Mt 26,28+). A primeira foi estabelecida com toda a humanidade; as três seguintes relacionavam-se especificamente ao povo judeu; e a última, apesar de ter sido feita com o povo judeu, conduz toda a humanidade ao relacionamento com todas as alianças.



B’rit Ha – da – shah. Nova aliança, novo testamento. O termo é usado na introdução, mas não no coro do texto do Novo Testamento Judaico. (Entretanto, a nova aliança é mencionada em Mt 26,28; Mc 14,24; Lc 22,20; 1Co 11,25; Gl 4,25; e por todo o texto de Jm 7,22 – 10,31, bem como no tanakh em Yirmeyahu [Jr] 31,30-33{31-34}).

Anselmo Estevan.

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