INTRODUÇÃO ÀS
EPÍSTOLAS
POR QUE TANTAS EPÍSTOLAS?
À primeira vista, pode parecer estranho que a maior parte do Novo Testamento seja constituída de epístolas (cartas). A fé cristã é fundamentada em acontecimentos históricos descritos principalmente nas narrativas do Antigo e do Novo Testamento. Não obstante, como seus correlativos do Antigo Testamento, os Evangelhos e Atos com freqüência não declaram explicitamente todas as implicações de suas narrativas para os leitores cristãos de diferentes épocas e lugares. Por esse motivo, em sua sabedoria, Yaohu ordenou que as epístolas fossem escritas para aplicar a mensagem do evangelho de Christós às necessidades e aos desafios específicos enfrentados por determinadas Igrejas.
As epístolas do Novo Testamento contêm teologia aplicada à vida da Igreja. Não devem ser consideradas cartas pessoais passageiras, pois possuem um caráter oficial em virtude de sua associação como os apóstolos de Christós. No entanto, também não devem ser consideradas tratados teológicos formais. São cartas que visam atender a necessidades específicas.
A fim de compreendermos corretamente as epístolas do Novo Testamento, devemos nos esforçar para entender os problemas dos quais trata cada uma das cartas. Ainda que os nossos problemas não sejam idênticos àqueles enfrentados pelos primeiros leitores, a descoberta de semelhanças entre os cristãos de hoje e o público original nos ajudará a aplicar as epístolas à nossa vida de maneiras responsáveis.
A VIDA DE PAULO E AS EPÍSTOLAS
Saulo de Tarso, chamado posteriormente de Paulo, se tornou um instrumento de Yaohu para revelar o “mistério” do evangelho, especialmente aos gentios (Ef 3,2-6). Uma vez que conhecia bem o pensamento grego e havia sido educado no Judaísmo, se opôs violentamente à fé cristã. Porém, uma revelação extraordinária de Yaohushua Christós resultou na sua conversão e ministério subseqüente (At 9,1-22).
Não sabemos quase nada a respeito do início do ministério de Paulo nas províncias da Cilícia e na Síria (At 9,30; 11,25-26; Gl 1,21; 2,1). Sua obra missionária se intensificou no final da década de 40 d.C. Comissionado pela Igreja de Antioquia, tendo Barnabé como seu colaborador, Paulo levou o evangelho primeiramente à ilha de Chipre e várias cidade da província da Galácia, na região central da Ásia Menor (At 13 – 14, “A primeira viagem missionária de Paulo”, em At 14). De acordo com alguns intérpretes, foi ao voltar para Antioquia que Paulo escreveu a carta aos Gálatas para combater a influência de certos homens chamados então de “os da circuncisão” (Gl 2,12) e que, posteriormente, ficaram conhecidos como judaizantes. Esse grupo desejava impor as aplicações judaicas tradicionais da lei de Moisés aos cristãos gentios. {“Veja que a Lei – foi escrita por Yaohu...! E. dada, dada a Moisés - por Anjos...! Só que aqui, essa mesma Lei é referida: ‘Como a Lei de Moisés!’. Uma vez que a Lei não veio para Salvar, mas sim para mostrar ao homem o que era certo e errado...! E, também, devido a ‘fragilidade da carne’ essa Lei tornou-se obsoleta nas mãos humanas – Porque houve a necessidade de se colocarem 316 ordenanças de regras para cumpri-la corretamente...! E isso o homem nunca conseguiu...! Sendo este o plano de Yaohu para com a humanidade caída, pois assim teria que ser a comunhão entre ambos e Yaohu permitiu que o homem colocasse o que era necessário na Lei... Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Christós, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio. Pois todos vós sois filhos de Yaohu mediante a fé em Christós Yaohushua; porque todos quantos fostes batizados em o Mashiach de o Mashiach vos revestistes! (Gl 3,23-27). Se somos ‘filhos’, já não somos mais ‘servos’ – e, com essa condição temos o dever de saber o seu Nome verdadeiro!”}. Anselmo Estevan.
Depois do concilio dos apóstolos e líderes em Jerusalém (At 15), por volta de 50 – 52 d.C., Paulo partiu em sua segunda viagem, dessa vez, acompanhado de Silas “A segunda viagem missionária de Paulo”, At 17. Os dois visitaram algumas Igrejas fundadas em visitas anteriores, recrutaram Timóteo ao longo do caminho e prosseguiram para evangelizar à Europa. Igrejas foram fundadas em várias cidades importantes como Filipos, Tessalônica (ambas ao norte, na província da Macedônia) e Corinto (At 15,36 – 18,22). Paulo passou um ano e meio em Corinto e, enquanto esteve lá, escreveu as duas cartas aos tessalonicenses que estavam muito necessitados de encorajamento e instrução devido às perseguições severas que estavam sofrendo.
Na terceira viagem (por volta de 53-57 d.C.), Paulo voltou à região da Galácia “A terceira viagem missionária de Paulo”, em At 19. Passou um longo período em Éfeso, uma metrópole importante na costa oeste da Ásia menor (At 19). Durante sua estadia, o apóstolo recebeu notícias preocupantes sobre vários problemas em Corinto. A carta conhecida como 1 Coríntios foi a resposta de Paulo a essa situação. Há quem acredite que Paulo também escreveu a carta aos Gálatas nessa época.
Continuando a sua terceira viagem, Paulo se dirigiu para o norte, passando pela Macedônia onde recebeu de Tito a notícia de que toda a Igreja de Corinto havia se arrependido. Em resposta, Paulo escreveu 2 Coríntios e, depois do envio da carta, foi visitar essa Igreja pessoalmente. Ao chegar a Corinto, Paulo escreveu sua conhecida epístola aos Romanos, na qual articulou detalhadamente o caráter distintivo de sua pregação em vista das várias objeções levantadas ao longo do seu ministério. Passados três meses, o apóstolo voltou para a Judeia pelo mesmo caminho que havia feito até chegar a Corinto (At 20,1 – 21,16).
Uma revolta popular em Jerusalém levou à prisão de Paulo e seu encarceramento subseqüente em Cesareia por dois anos (At 21,27 – 24,27). Depois de solicitar uma audiência como o imperador, o apóstolo foi levado para Roma, onde ficou preso pelo menos mais dois anos esperando que o seu pedido fosse atendido (At 27,1 – 28,31). As assim chamadas “epistolas da prisão” (Efésios, Filipenses, Colossenses e Filêmon) provavelmente foram escritas em Roma, no final da década de 50 d.C., ou início dos anos 60 d.C. Alguns intérpretes datam uma ou mais dessas cartas do período de encarceramento em Cesareia, ou mesmo de antes disso, durante a estadia de Paulo em Éfeso.
Embora o livro de Atos não informe o que aconteceu depois do tempo que Paulo ficou preso em Roma, é provável que o apóstolo tenha sido posto em liberdade e feito uma quarta viagem missionária “A quarta viagem missionária de Paulo”, em At 27. Pode ser que ele tenha viajado para o Ocidente, chegado até a Espanha (Rm 15,24), e depois para o Oriente, até Éfeso e outras regiões do mar Egeu (1Tm 1,3; Tt 1,5; 3,12). É possível que 1 Timóteo, Tito e 2 Timóteo, conhecidas como epístolas pastorais, tenham sido escritas durante esse período. De acordo com a tradição, Paulo voltou à prisão na metade da década de 60 d.C., dessa vez em Roma, de onde escreveu 2 Timóteo pouco antes de sua execução (2Tm 4,6-18).
Durante a sua carreira extraordinária, Paulo não apenas levou as Boas-Novas de Yaohushua a muitos lugares onde o evangelho ainda não havia sido pregado, como também deixou em suas epístolas um legado de ensino Remanescente (grifo meu), cuja profundidade ainda não foi inteiramente perscrutada pela Igreja!
AS EPÍSTOLAS GERAIS
Infelizmente, a magnitude da obra de Paulo muitas vezes leva os cristãos a ignorarem o restante das epístolas do Novo Testamento, mas Yaohu usou outros homens (TIAGO, PEDRO, JOÃO, JUDAS e o desconhecido autor de HEBREUS) para revelar verdades e apresentar perspectivas que não são encontradas nos textos paulinos. Essas cartas costumam ser chamadas coletivamente de “Epístolas Gerais” ou “Epístolas Católicas”, uma vez que foram escritas para públicos mais universais do que as cartas bastante específicas de Paulo. Ao contrário das cartas paulinas, que são chamadas pelo nome dos destinatários, é tradicional designar as Epístolas Gerais pelo nome de seus autores. Isso se deve, em parte, à falta de informação acerca das Igrejas para as quais foram enviadas e, em parte, ao fato de algumas delas terem sido escritas para várias Igrejas.
Alguns intérpretes consideram as Epístolas Gerais “textos para todos os tempos”, pois se referem, em grande parte, a questões que quase todos os cristãos enfrentam. Todos os cristãos são exortados a se regozijar em meio às provações (Tg 1,2; 1Pe 4,13) e a batalha pela fé que nos foi entregue (Jd 3). Aprendemos a responder a essas exortações gerais com fé e obediência a fim de crescer na graça e no conhecimento de nosso YHVH – Yaohu – Yaohushua – Mashiach – O UNGIDO (2Pe 3,18).
Bem, então vamos seguir a seguinte ordem.:
Epístolas Paulinas: Romanos; 1 Coríntios; 2 Coríntios; Gálatas; Efésios; Filipenses; Colossenses; 1 Tessalonicenses; 2 Tessalonicenses.
Epístolas Paulinas (conhecidas como “Epístolas Pastorais”): 1 Timóteo; 2 Timóteo; Tito; Filemom.
Epístolas “Gerais”: Hebreus; Tiago; 1 Pedro; 2 Pedro; 1 João; 2 João, 3 João; Judas; e o APOCALIPSE DE JOÃO – O LIVRO DA “REVELAÇÃO” - QUE, CONSIDERO COMO UMA CARTA A TODOS OS POVOS! “IGREJAS” – À NÓS!
Sendo desta forma, Paulo escreveu 13 Epístolas. (Sendo 04 Epístolas – chamadas de Epístolas Pastorais).
E, temos: 09 Epístolas “Gerais” – para todos os povos! Anselmo Estevan.
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