quinta-feira, 1 de setembro de 2011

M'LAKHIM ALEF; BET (REIS - 1 E 2).

INTRODUÇÃO AO LIVRO DE:






REIS







INTRODUÇÃO







Visão geral

Autor: Desconhecido.

Propósito: Mostrar a justiça do exílio, assegurar a permanência da esperança na dinastia de Davi e chamar ao arrependimento para que Israel pudesse regressar do exílio.

Data: c. 560-550 a.C.

Verdades fundamentais:

Apesar da severidade do exílio de Israel e Judá, a ira de Yaohu era plenamente justificada tendo em vista a apostasia repetida e grave do seu povo.

As promessas de Yaohu à família de Davi continuavam em vigor apesar dos erros de seus filhos.

Yaohu conclamou o seu povo exilado a se arrepender de seus pecados.

A volta do exílio foi oferecida a Israel mediante o arrependimento.





Propósito e características

O livro de Reis trata da história e do final da monarquia em Israel, dos últimos dias de Davi (c. 970 a.C.) até o exílio na Babilônia, quase quatro séculos depois (c.586 a.C.). Os livros de 1 e 2 Reis constituem uma unidade dentro de um grupo maior de livros – Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel – chamada tradicionalmente de Profetas Anteriores e, mais recentemente, de História Deuteronomística (ou Deuteronômica). Uma vez que esses livros apresentam uma seqüência natural, o reconhecimento de uma unidade essencial é justificado.

Os livros de 1 e 2 Reis constituíam, a princípio, um só livro. Conquanto nos manuscritos hebraicos mais antigos 1 e 2 Reis sejam uma única obra literária (como 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Crônicas, na Septuaginta [a tradução grega do AT], na Vulgata {a tradução latina} e na maioria das outras versões, a obra é dividida em dois livros). A divisão é artificial, ocasionada mais pelo números de papiros que cabiam num rolo antigo do que por algum ditame do conteúdo. Os reinados de Acazias (1Rs 22,51-53; 2Rs 1,1-18) e Josafá (1Rs 22,41-50; 2Rs 3,1-27) se sobrepõem nos dois livros. O ministério profético de Elias também aparece nos dois volumes (1Rs 17 – 19; 2Rs 1 – 2).







CRISTO EM 1 e 2 REIS.

O relato histórico de Reis aponta para Cristo de várias maneiras. Pelo menos duas questões aparecem em primeiro plano. Em primeiro lugar, a família de Davi é destacada como elemento central de Israel. Todas as esperanças de vitória e salvação – e até mesmo de regresso do exílio – estavam baseadas na misericórdia de Yaohu demonstrada para com a casa real de Davi e por meio dela. O Novo Testamento ensina que Cristo é o grande Filho de Davi, por meio do qual Yaohu cumpriu todas as promessas que havia feito a Davi e a seus filhos (Mt 1,1-17; At 2,22-36).

Em segundo lugar, a monarquia e o culto no templo também ocupam uma posição central no relato. Na verdade, os reis de Israel e Judá são avaliados quase inteiramente de acordo com sua lealdade ou deslealdade para com o templo em Jerusalém e com a pureza do culto naquele local. Esse tema também se cumpriu em Cristo. O Novo Testamento ensina que ele é o sumo sacerdote eterno do povo de Yaohu (Hb 3,1; 4,14-15, cujo sangue expiou os seus pecados (Hb 2,17; 9,25-28). Ele reúne seu povo num santuário na terra (1Pe 2,4-5.9), e ministra no átrio celestial de Yaohu (Hb 6,19-20; 8,1-2; 9,24). A importância da fidelidade exclusiva ao culto no templo de Salomão corresponde ao chamado de Cristo para seus seguidores confiarem em sua mediação sacerdotal para receberem a salvação (Jo 14,6; At 4,12) durante o seu ministério presente no santuário celestial e, por fim, ao substituir o santuário terreno na nova terra (Ap 21,22).







REIS: Os livros dos Reis cobrem um longo período da história de Israel. Os acontecimentos mais antigos, os últimos dias de Davi (1Rs 1,1 – 2,10), remontam a 972 a.C. aproximadamente, ao passo que a reabilitação do rei Ioiakin (2Rs 25,27-30) data de 561 a.C. Ora, como o indica a lista dos livros bíblicos, os Livros dos Reis fazem parte dos Profetas Anteriores. Isto deve alertar o leitor para o fato de que, conquanto esses livros sejam ricos em dados históricos, não devem ser considerados primordialmente como livros históricos. Por seu conteúdo podem, de referência, ser definidos como uma reflexão teológica sobre um período da história de Israel em que este povo era governado por reis.



Conteúdo dos Livros dos Reis

A. Fim do reinado de Davi e reinado de Salomão (1Rs 1 – 11).

Davi e a shunamita – Pretensões de Adonias à realeza – Reação do partido de Salomão e sua sagração em Guibon: 1Rs 1,1-40.

Fracasso da conspiração de Adonias: 1Rs 1,41-53. Recomendações de Davi a Salomão: 1Rs 2,1-11. Sorte reservada a Adonias, a seus dois principais cúmplices e a Shimeí: 1Rs 2,12-46.

Aparição de YHWH a Salomão – Julgamento de Salomão: 1Rs 3.

Os grandes do reino – Administração de Salomão – Sabedoria de Salomão: 1Rs 4,1-5,14. Aliança com Hirâm, rei de Tiro, e preparativos para a construção do Templo: 1Rs 5,15-32.

Construção do Templo e dos edifícios reais – Fabricação dos objetos de metal destinados ao Templo: 1Rs 6 – 7.

Transferência da arca e dedicação do Templo – Nova aparição de YHWH a Salomão: 1Rs 9,10-28.

Visita da rainha de Shebá – Riquezas de Salomão: 1Rs 10.

Pecado de Salomão – Revolta no exterior – Anúncios do cisma a Jeroboão pelo profeta Ahiá: 1Rs 11.



B. Do cisma ao fim do reino de Israel (1Rs 12 – 2Rs 17).

Cisma político e religioso – Jeroboão, rei de Israel 1Rs 12.

Profecia contra Betel: 1Rs 13.

Abiá anuncia a morte do filho de Jeroboão: 1Rs 14,1-20.

Roboão, Abitâm e Asa, reis de Judá: 1Rs 14, 21-15,24.

Ciclo de Elias – A grande seca: Elias no Darit, depois em Serepta; ressureição do filho da viúva; o sacrifício do Carmelo; Elias no Horeb 1Rs 17-19.

Duas campanhas de Aram contra Israel; cerco de Samaria e campanha de Afeq; intervenção de um profeta: 1Rs 20.

Ciclo de Elias (continuação) – A vinha de Nabot: 1Rs 21.

Campanha de Acab e de Josafat contra Aram; intervenção de Miquéias; morte de Acab: 1Rs 22,1-40. Josafat, rei de Judá: 1Rs 22,41-51.

Acazias, rei de Israel: 1Rs 22,52-54.

Ciclo de Elias (fim) – A morte de Acazias – Ascensão do profeta; Eliseu, o herdeiro do espírito de Elias: 2Rs 1 – 2.

Jorâm, rei de Israel: 2Rs 3,1-3.

Ciclo de Eliseu – Expedição contra Moab – Alguns milagres: o milagre do óleo; ressurreição do filho da shunamita; saneamento da sopa envenenada; multiplicação dos pães; cura do leproso Naaman; o ferro que flutua; um destacamento arameu afetado de cegueira – Segundo cerco de Samaria pelos arameus – Os bens da shunamita – Escolha de Hazael como rei de Aram: 2Rs 3,4 – 8,15. Iorâm e Acazias, reis de Judá: 2Rs 8,16-29.

Ciclo de Elizeu (continuação): unção real sobe Iehu; rei de Israel – A repressão ao baalismo: assassinato de Iorâm, de Acazias e de Izébel; exterminação da família real de Israel e dos irmãos de Acazías; exterminação de todos os servos de Baal: 2Rs 9,14 – 10,36.

Reino de Ataliá em Judá – O sacerdote Ioiadá escolhe Joás para rei de Judá: 2Rs 11

Restauração do Templo – Ameaça dos arameus a Jerusalém: 2Rs 12.

Joacaz e Joás, reis de Israel: 2Rs 13,1-13.

Ciclo de Elizeu (fim): morte do profeta, seguida de dois milagres: 2Rs 13,14-25.

Amasias, rei de Judá: 2Rs 14,1-22.

Jeroboão II, rei de Israel: 2Rs 14,23-29.

Azarias, rei de Judá: 2Rs 15,1-7.

Zacarias, Shalum, Menahêm, Peqahiá e Péqah. Reis de Israel: 2Rs 15,8-31.

Iotâm e Acaz, reis de Judá – Coalizão siro-efraimita; apela à Assíria: 2Rs 16.

Oséias, último rei de Israel – Tomada de Samaria e deportação – Reflexões sobre a causa da ruína do reino de Israel – Deportação de populações estrangeiras para Samaria; sincretismo religioso: 2Rs 17.



C. Do fim do reino de Israel ao fim do reino de Judá (2Rs 18-25).

Ezequias, rei de Judá – Invasão assíria e intervenção de Isaías: 2Rs 18 – 19.

Cura de Ezequias e embaixada babilônica; intervenções de Isaías: 2Rs 20.

Manassés e Amon, reis de Judá: 2Rs 21.

Josias, rei de Judá – Descoberta do livro da Lei – Reforma em Judá: 2Rs 22,1-23,30. Joacaz, Joaquim, Ioiakin, reis de Judá – Primeira deportação: 2Rs 23,31 – 24,17.

Sedecias, último rei de Judá – Ruína de Jerusalém e deportação: 2Rs 24,18 – 25,21.

Godolias, governador de Judá; seu assassinato; parte da população foge para o Egito: 2Rs 25,22-26. Ioiakin é agraciado: 2Rs 25,27-30.





Origem dos Livros dos Reis. Os livros dos Reis, atualmente, nos são apresentados sob a forma de dois livros bem distintos. Na realidade, porém, os manuscritos da Bíblia hebraica constituem uma única obra. A divisão em dois livros deve ser atribuída a escritores gregos do século III a.C. Esta divisão, que paulatinamente acabou por prevalecer, cortou em dois – e de modo pouco hábil – o reino de Acazias (iniciado em 1Rs 22,52-54 e terminado em 2Rs 1), bem como o “ciclo de Elias” (iniciado em 1Rs 17 e terminado em 2Rs 1).

Considerados em si mesmo, os Livros dos Reis não constituem uma unidade fechada, vale dizer, não foram concebidos independentemente de outros livros bíblicos. Já se emitiu a hipótese de que, primeiramente, fizessem parte de um conjunto histórico abrangendo os livros de Josué (talvez até mesmo o Deuteronômio), dos Juízes, de Samuel e dos Reis. Poder-se-ia até identificar um sinal dessa possibilidade no fato de 1Rs 1,1 – 2,11 ser a continuação imediata de 2Sm, que relatava o reino de Davi. Tal unidade é pressuposta para explicar a ulterior separação entre os dois livros (Sm e Rs).

A análise dos Livros dos Reis acima apresentada permite avaliar a diversidade de conteúdo desses livros, bem como as diferenciações entre os elementos que os compõem. O próprio autor menciona a utilização de elementos anteriores e cita algumas fontes às quais recorreu. Tal formação indica que a obra não nasceu de uma só feita, mas foi executado em diversas etapas. De fato, 1Rs 11,41; 14,19.29 etc. Falam respectivamente de um livro dos “Atos de Salomão”, de “Anais dos reis de Israel” e de “Anais dos reis de Judá”, que serviram de ponto de partida para a redação do texto que atualmente possuímos.

Mas os trechos que se referem a esses Atos ou a esses Anais representam tão somente uma parte de nossos livros. O autor, para sua obra, serviu-se ainda de outras fontes: parece, por exemplo, que teve conhecimento de arquivo provenientes do Templo (cf. 1Rs 4,1-6.7-19; 5,7-8). Em que proporções essas outras informações se constituíam em textos já escritos, ou será que provinham de meras tradições orais? A história da rainha de Shebá (1Rs 10,1-13) origina-se de uma tradição à parte. Os relatos concernentes ao rei Acab advêm de duas procedências muito diferentes: de um lado há textos que o condenam com o maior rigor, do outro, há textos que mostram como um rei valoroso (1Rs 22,9.35). O que nos foi relatado sobre o rei Josias (2Rs 22,1 23.30) provém talvez em parte de outra fonte que não os Anais oficiais.

Ao lado dos relatos concernentes aos reis, há outras passagens mais peculiarmente dedicadas aos profetas e que constituem reminiscências conservadas por seus discípulos. Tais relatos foram anexados aos que se referem aos reis, de um lado, porque pertencem à mesma época e, de outro, porque narram as intervenções desses profetas junto aos reis. Assim compreendida, a obra contêm os três grandes “ciclos” ou seqüências de relatos sobre os profetas Elias. Eliseu e Isaías, sem falar de trechos mais abreviados sobre Ahiá, Miquéias, filho de Iimla, ou a respeito de algum profeta que tenha permanecido no anonimato (1R 13; 2Rs 21,10-15).

Como foi possível reunir em um todo esses diferentes elementos? Abordar-se aqui um dos problemas mais difíceis da obra. É evidente que o autor que escreveu 2Rs 25,27-30 não é o mesmo que, falando na condição de contemporâneo dos acontecimentos relatados, descreveu a arca do Templo em 1Rs 8,7, ou narrou os fatos de 1Rs 9,21: deveria ter vivido mais de quatrocentos anos! A quem atribuir, então, a composição de Reis? Aventam-se várias hipóteses; a que aqui se propõe reúne a aprovação de grande número de exegetas.

Com os livros de Josué (alguns sábios incluiriam até mesmo o Deuteronômio), dos Juízes e de Samuel, os Livros dos Reis constituiriam uma só e mesma obra.

Um primeiro redator teria composto os capítulos que abrangem de 1Rs 12 a 2Rs 20. Para essa elaboração, ter-se-ia baseado, de um lado, em uma cronologia dos reis de Judá e de Israel, e de outro lado, em textos de que faziam parte, em todo caso, os Atos de Salomão e os Anais dos Reis de Judá e de Israel. Provavelmente, utilizou também elementos da tradição oral, sem falar do que lhe tenha sido possível descrever como testemunha, pois ele parece ter presenciado a ruína de Jerusalém em 587 a.C. Pensou-se até que esse autor fosse um sacerdote que teria escrito por volta de 580 a.C. na própria Palestina.

Ainda na própria Palestina, uma geração mais tarde, em 550 a.C., aproximadamente, e antes do regresso dos exilados de Babilônia, um segundo redator teria retomado o trabalho de seu antecessor, completando-o com outros relatos e tradições de que dispunha. Assim, as lembranças que encontrara sobre Davi e a história de sua sucessão (as passagens de 2Sm que têm sua seqüência em 1Rs 1,1-2.11) e textos sobre o cerco de Jerusalém (2Rs 18 – 19, paralelos a Is 36 – 39). Em sua obra teria também introduzido o que a tradição narrava sobre a visita da rainha de Shebá. Em vista da importância que os profetas e a Lei de Moisés desempenham em sua obra (que abrange de Js a 2Rs), chegou-se a pensar que esse segundo redator fosse oriundo do âmbito dos profetas e que, talvez, ele pessoalmente fosse um discípulo do profeta Jeremias.

Finalmente, por volta do final do século VI a.C., alguns acréscimos menores teriam sido incorporados ao livro, por escribas provenientes do âmbito dos levitas.





A cronologia dos Livros dos Reis. A cronologia dos Livros dos Reis apresenta problemas intrincados. Só foi possível determina-la, partindo-se de uns raros pontos de referência que estabeleciam um contato seguro entre a História de Israel e a do Oriente Próximo. Alguns textos egípcios, os Anais e os documentos provenientes dos reis da Assiro-Babilônia foram especialmente valiosos para indicar com precisão a data de alguns acontecimentos.

Excetuando-se esses pontos fixos, os dados fornecidos pelos Livros dos Reis são muitas vezes difíceis de interpretar. Em primeiro lugar, as datas dos reinos de Judá são contadas com base nos reinados dos reis de Israel, e vice-versa, o que acarreta sempre certo número de imprecisões. Além disso, alguns erros de copistas (interversões ou confusões de números) introduziram aqui e ali certa desordem cronológica. Mais ainda, se sabemos com precisão que Salomão (1Rs 1) e Iotâm (2Rs 15,5) foram um e outro co-regentes de seus pais, podemos admitir que também tenham existido outros casos de co-regência, provocando assim certas defasagens de difícil avaliação, quando se trata de fixar uma escola cronológica para os diferentes reinos.

Descobriu-se, enfim, que não existe, para os Livros dos Reis, apenas uma ordem cronológica, mas diversos sistemas cronológicos, que se atropelam uns aos outros e cujas origens remontam às próprias fontes desses livros. Obtêm-se, assim, três resultados diferentes, conforme o critério adotado: para determinado período, somar-se ou os dados bíblicos concernentes aos reinos de Judá, ou ao reino de Israel, ou os dados fornecidos pelos sincronismos. Por exemplo, para o período que estende do cisma até o término do reino de Acab (933-853), isto é, 80 anos de cronologia tal como a reconstituímos, o total dos reinos é de 84 anos para Judá, de 78 anos para o reino do Norte e, para os dados conseguidos pelos sincronismos, de 75 anos.

A cronologia aqui utilizada tenta levar em conta as mais recentes descobertas arqueológicas.





Teologia dos Livros dos Reis. Estes livros são, primordialmente, uma reflexão teológica sobre a história do povo e dos reis. A história como tal são às vezes tratadas de maneira muito sucinta: por exemplo, o reino de Omri, um dos grandes reis de Israel, é narrado com extrema superficialidade (1Rs 16,23-26); o cerco de Samaria, que se estendeu por três anos, e o desmoronamento do reino do Norte são resumidos em poucos versículos (2Rs 17,3-6; 18,9-12). Como se viu acima, os Livros dos Reis fazem realmente parte de uma grande obra histórica impregnada pela teologia deuteronomista (e, mediante esta, pela teologia dos profetas), como podem revelar seu vocabulário e a multiplicidade de expressões deuteronomistas (quanto à teologia do Deuteronômio, veja-se a Introdução a esse livro). Apenas alguns temas particulares importantes dos Livros dos Reis são aqui ressaltados.



A) A realeza. A obra contém toda uma teologia da realeza, tal como a concebiam o autor deuteronomista e o profetismo. Um verdadeiro rei é aquele que guarda os preceitos de YHWH... (O ETERNO) anda em seus caminhos, observa suas leis, seus mandamentos, suas normas e exigências, conforme está escrito na Lei de Moisés (1Rs 2,3). A função real consiste em governar o povo com sabedoria e justiça, inclusive em “servi-lo” (1Rs 12,7), pois esse povo é propriedade de Yaohu (cf. 1Rs 3,8-9). A fidelidade ao ETERNO e a dedicação em celebrar-lhe corretamente o culto em Jerusalém constituem exigências imperiosas, e para cada reinado é feito uma rápida avaliação a esse respeito. Ora, raros são os reis que recebem aprovação! Em sua grande maioria são julgados severamente. Trinta e quatro vezes ressoa o refrão: Ele fez o mal aos olhos do ETERNO. E não faltarão exemplos, Múltiplos são, com efeito, as infidelidades ao ETERNO: cultos idólatras, construção de templos e altares dedicados a falsos deuses, consulta a deuses estrangeiros, opressões e violências de toda sorte contra o povo, perseguições aos profetas do ETERNO, guerras empreendidas sem a aprovação de Yaohu, sacrifícios de crianças.

Uma das grandes acusações que o autor lança contra os reis (principalmente contra os do reino do Norte), é a de terem levado Israel a pecar, isto é, de o terem arrastado às celebrações contrárias à Lei. Conquanto alguns reis se tenham arrependido e se tenham considerado perdoados, o quadro é tão sombrio que a ruína dos reinos de Israel e, depois de Judá é vista como a conseqüência justa e necessária dos pecados cometidos pelos reis e dos que eles induziram seus súditos a cometer.



B) Davi e sua dinastia. Acima da série dos reis de Judá paira a figura do fundador da dinastia, Davi, chamado por vezes o “servo” de Yaohu (p. ex. 1Rs 3,6; 8,24; 11,13). Sua fidelidade ao ETERNO, sua piedade – idealizada – vão servir de parâmetro para que se avalie o procedimento de seus sucessores. Assim é que Salomão caminha segundo as prescrições de Davi, seu pai (1Rs 3,3) ou que Asa fez o que é reto aos olhos do ETERNO, como Davi, seu pai (1Rs 15,11). Ou que Josias seguiu exatamente o caminho de seu pai Davi (2Rs 22,2). Em 13,2, dir-se-á explicitamente que é na condição de filho de Davi que esse Josias porá termos à impiedade de Israel. Mas tal certificado de conformidade a Davi é conferido muito parcimoniosamente; o profeta Ahiá, ao contrário, especifica que Jeroboão não foi como Davi (1Rs 14,8).

Para o autor dos Reis, a desobediência dos sucessores de Davi foi à coisa direta tanto do cisma entre os reinos de Israel e de Judá (1Rs 11,9-11), como da ruína deste último (cf. 2Rs 23,26s). Todavia, apesar da ameaça contida em 1Rs 2,4: se teus filhos procederem bem... Jamais algum dos teus descendentes deixará de ocupar o trono de Israel (cf. 2Sm 7,12-16), esse autor vê perpetuar-se a promessa do ETERNO à dinastia davídica. Yaohu conserva “uma lâmpada” (um príncipe da dinastia) em Jerusalém “por causa de Davi” e da promessa que lhe fizera (1Rs 15,11; 2Rs 8,19).

Enfim, os Livros dos Reis terminam com uma mensagem de esperança: o último descendente da dinastia davídica, apesar de deportado para a Caldéia, vê sua situação transformar-se. O rei de Babilônia manda-o “trocar suas vestes de prisioneiro” e concede-lhe a graça de comer todos os dias à mesa real.



C) Jerusalém e o Templo. Profundamente imbuídos do pensamento deuteronomista, os Livros dos Reis atribuem importância considerável a Jerusalém e ao culto celebrado no Templo. Acima de tudo, Jerusalém é a cidade “escolhida” por Yaohu (1Rs 8,12). Em seguida, é a cidade do Templo, e 1Rs 8,15-19 recorda que esse Templo tem como origem o desejo de Davi de construir uma Casa “PARA O NOME DO: ETERNO – YAOHU-UL (cf. 2Sm 7,1-16)”. A importância do santuário é claramente definida na oração de Salomão (1Rs 8,23-53), por ocasião da dedicação do Templo: este é na verdade o lugar do “encontro” (cf. a Tenda do Encontro, Êx 33,7) de Israel com seu Deus Yaohu em todas as circunstâncias da vida nacional. Também o relato da reforma de Josias (2Rs 22 – 23) é dominado pelo Templo: no Templo se encontra o rolo da Lei, é em primeiro lugar o Templo que é purificado, e é o Templo que, doravante, deverá centralizar toda a vida sacrifical de Israel. Essa reforma marcou a tal ponto o autor bíblico que ele mencionará como que se desculpando a antiga prática de oferecer sacrifício fora de Jerusalém (1Rs 3,2; 22,44; 2Rs 12,4; 14,4; 15,4.35), conquanto, historicamente falando, o fato fosse perfeitamente legítimo (cf. Elias no Carmelo, 1Rs 18).

Graças à importância central atribuída ao Templo, os sacerdotes desempenhavam uma função preponderante na celebração do culto. Segundo a reforma de Josias, somente aos sacerdotes, e especificamente os de origem levítica, será reservado o direito de oferecer sacrifícios. 1Rs 8,1-6 já evoca o papel que desempenharam por ocasião da dedicação do Templo de Salomão. Enfim, aos sacerdotes é atribuído à preservação da dinastia davídica no momento em que Ataliá tentava extingui-la (2Rs 11). O autor chega a enfatizar que Joás fez o que é reto aos olhos do ETERNO porque o sacerdote Ioiadá o educara (2Rs 12,3). E já fora um sacerdote que ungira Salomão (1Rs 1,39).

Em face da ordenação rigorosa de um culto centralizado em Jerusalém e dirigido por sacerdotes levitas, o autor dos Livros dos Reis manifesta total desaprovação à iniciativa tomada por Jeroboão de organizar o culto em outros santuários, como em Dan e em Betel. Seria esse o “pecado de Jeroboão” ou o “caminho de Jeroboão” (expressões que se repetem umas vinte vezes) e que ele condena radicalmente, como vinte vezes ainda acusará o mesmo rei de ter “levado Israel a pecar”, e seus sucessores, de o terem imitado. Para o autor, a desobediência à ordem de não oferecer sacrifícios senão em Jerusalém é tão grave que bastaria tão somente essa inobservância para acarretar um julgamento global de condenação para o reinado de um rei, mesmo que este, em outras situações, houvesse testemunhado sua fidelidade ao ETERNO, derrubando os altares de Baal (cf. 2Rs 3,1-3). Tais práticas cismáticas serão deploradas ainda após a ruína de Samaria (2Rs 17,32).

[Imagine o termo: houvesse testemunhado sua fidelidade ao Senhor, derrubando os altares de Baal, ou seja: O “Senhor” – derrubando os altares do “Senhor – Baal” RIDÍCULO!]. ANSELMO ESTEVAN. Por isso, mudei o termo SENHOR = Baal. Para o correto “UL” = ETERNO.



D). O profetismo. Nos Livros dos Reis, lugar de destaque é reservado aos profetas e às suas intervenções, quer em atos, quer em palavras. Não apenas Elias e Eliseu deram origem a tradições muito extensas, mas também outros profetas se vêem revestidos de grande autoridade: Natan, Shemaiá, Ahiá, Miquéias, Isaías, a profetisa Huldá. Ao lado dos milagres que lhes são atribuídos (principalmente a Elias e a Eliseu), a ação política que desenvolveu é considerada essencial. Assim, é Natan quem induz Davi a escolher Salomão como seu sucessor (1Rs 1,11-17), é Elias quem recebe a missão de ungir Hazael como rei de Arâm e Iehu como rei de Israel (1Rs 19,15s.; cf 2Rs 9,1-3; 8,11-13). São os profetas que destroem reis e dinastias, pronunciando sobre os mesmos oráculos mortais: assim procedeu Ahiá com Jeroboão (1Rs 14,10-11). Elias com Acab (1Rs 21,21-24). Em outra passagem, Isaías prediz a vitória do rei da Babilônia (2Rs 20,14-19). Em outras circunstâncias, porém, são eles que anunciam a vitória dos reis de Israel sobre seus inimigos (Eliseu: 2Rs 7,1; 13,17-19; Isaías: 2Rs 19), ou que intervêm por ocasião das operações militares (um profeta anônimo: 1Rs 20,13-14; Miquéias: 1Rs 22,19-28; Eliseu: 2Rs 3,9-19; 6,8 –7,20). No relato da ruptura entre Israel e Judá, aparece um profeta com o objetivo de impedir uma guerra civil (Shemaiá: 1Rs 12,22-24). Enfim, Elias intervém junto a Acab para acusa-lo de ter violado – e de que maneira – o direito ancestral de propriedade (1Rs 21,3-17s.).

Em todas essas situações, os profetas falam em nome do ETERNO, proclamando seus apelos à obediência e suas promessas de proteção. É evidente a intenção que os move: fazer respeitar a Lei e o direito em Israel, como é possível observar ainda no papel que desempenha a profetisa Huldá por ocasião da descoberta do texto legislativo que irá acarretar a reforma de Josias (2Rs 22,14-20). Os profetas também atuam tanto no terreno religioso como no da moral ou da política, pois tudo deve ser submetido ao único “rei” de Israel (Is 6,5; 44,6; Zc 14,16; cf. Introdução aos Salmos: os cânticos do “Reino”).









VAMOS AS PRINCIPAIS PERSONAGENS DE 1 e 2 REIS:



(1Rs).



BATE-SEBA

Pontos fortes e êxitos:

Tornou-se influente no palácio ao lado de seu filho Salomão.

Era a mãe do mais sábio de Israel e ancestral do Messias - o Cristo.





Fraquezas e erros:

Cometeu adultério.





Lições de vida:

Embora possamos nos sentir presos em uma cadeia de eventos, ainda somos responsáveis pelo modo como participamos deles.

Um pecado pode parecer uma semente pequena, mas a colheita de conseqüências será além da medida.

Nas piores situações possíveis, Yaohu ainda é capaz de realizar o bem, quando as pessoas verdadeiramente se voltam para Ele.

Embora devamos viver com as conseqüências naturais de nossos pecados, o perdão de Yaohu é total.





Informações essenciais:

Local: Jerusalém.

Ocupações: Rainha e rainha-mãe.

Familiares: Pai – Eliã; marido – Urias e Davi, filhos – Siméia, Sobabe, Natã e Salomão (1Cr 3,5).

Contemporâneos: Natã, Joabae e Adonias.







Versículos-chave: “Ouvindo, pois, a mulher de Urias que Urias, seu marido, era morto, lamentou a seu Senhor - Davi. E, passando o luto, enviou Davi e a recolheu em sua casa; e lhe foi por mulher e ela lhe deu um filho. Porém essa coisa que Davi fez pareceu mal aos olhos do ETERNO” (2 Sm 11,26.27).







Sua história encontra-se em 2 Samuel 11 – 12 e 1 Reis 1 – 2. O Salmo 51 é uma passagem relacionada à vida de Davi e Bate-Seba.







SALOMÃO

Pontos fortes e êxitos:

Terceiro rei de Israel, herdeiro escolhido de Davi.

O homem mais sábio que já viveu em Israel, com exceção do Messias – o Cristo, o filho de Yaohu.

Autor de Eclesiastes e Cantares, como também de muitos provérbios e alguns salmos.

Construiu o Templo de Deus – Yaohu em Jerusalém.

Diplomata, comerciante, colecionador e patrono das artes.





Fraquezas e erros:

Selou muitos acordos estrangeiros ao casar-se com mulheres pagãs.

Permitiu que suas esposas afetassem sua lealdade a Yaohu.

Tributou excessivamente seu povo e o recrutou para o trabalho e o serviço militar.





Lições de vida:

Uma liderança eficaz pode ser invalidada por uma vida pessoal ineficaz.

Salomão falhou em obedecer a Yaohu, mas não aprendeu a lição do arrependimento até o final de sua vida.

Saber quais ações são exigidas de nós significará pouco, caso não tenhamos vontade de realizá-las.



Informações essenciais:

Local: Jerusalém.

Ocupação: Rei de Israel.

Familiares: Pai – Davi, mãe – Bate-Seba; irmãos – Absalão, Adonias, etc.; irmã – Tamar; filhos – Roboão, etc.







Versículo-chave: “Porventura, não pecou nosso Salomão rei de Israel, não havendo entre muitas nações rei semelhante a ele. E sendo amado de seu Deus Yaohu, e pondo-o Deus – Yaohu, rei sobre todo o Israel? E, contudo, as mulheres estranhas o fizeram pecar” (Ne 13,26).







A história de Salomão encontra-se em 2 Samuel 12,24 até 1 Reis 11,43. Seu nome também é mencionado em 1 Crônicas 28 e 29; 2 Crônicas 1 – 10; Neemias 13,26; Salmos 72; Mateus 6,29 e 12,42.

JEROBOÃO

Pontos fortes e êxitos:

Um eficiente líder e organizador.

Primeiro rei das dez tribos de Israel no reino dividido.

Um líder carismático com muito apoio popular.





Fraquezas e erros:

Erigiu altares em Israel para manter o povo longe do Templo em Jerusalém.

Designou sacerdotes que não eram da tribo de Levi.

Dependeu mais de sua própria habilidade do que das promessas de Yaohu.





Lições de vida:

Grandes oportunidades são freqüentemente destruídas por pequenas decisões.

Os esforços imprudentes para corrigir os erros de outros levam freqüentemente aos mesmos erros.

Os erros sempre acontecem quando tentamos assumir o papel de Deus-Yaohu em qualquer situação.





Informações essenciais:

Local: Reino do Norte.

Ocupação: Encarregado de projeto e rei de Israel.

Familiares: Pai – Nebate; mão – Zerua; filha – Abias e Nadabe.

Contemporâneos: Salomão, Natã; Aías e Roboão.







Versículos-chave: “Depois dessas coisas, Jeroboão não deixou o seu mau caminho, antes, dos mais baixos do povo tornou a fazer sacerdotes dos lugares altos, a quem queria, lhe enchia a mão, e assim era um dos sacerdotes dos lugares altos. E isso foi causa de pecado à casa de Jeroboão, para destruí-la e extingui-la da terra” (1Rs 13,33.34).







A história de Jeroboão encontra-se em 1 Reis 11,26 – 14,20. Ele é também mencionado em 2 Crônicas 10 – 13.



ELIAS

Pontos fortes e êxitos:

Foi o mais famoso e dramático dos profetas de Israel.

Predisse o início e o fim de uma seca de três anos e meio.

Foi usado por Yaohu para ressuscitar uma criança.

Representou Yaohu em uma demonstração contra os sacerdotes de Baal e Asera.

Apareceu com Moisés e o Messias – Cristo no episódio da transfiguração no Novo Testamento.





Fraquezas e erros:

Escolheu trabalhar sozinho e pagou por isso com o isolamento e a solidão.

Fugiu com medo de Jezabel quando esta ameaçou sua vida.





Lições de vida:

Nunca estamos mais próximos da derrota do que nos momentos de maior vitória.

Nunca estamos tão sós quanto podemos pensar ou nos sentir, Yaohu está sempre presente em nossa vida.

Yaohu fala mais freqüentemente com sussurros persistentes do que com gritos.





Informações essenciais:

Local: Gileade.

Ocupação: Profeta.

Contemporâneos: Acabe, Jezabel, Acazias, Obadias, Jeú e Hazael.







Versículos-chave: “Sucedeu, pois, que oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: O ETERNO, Deus-Yaohu de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas. Reponde-me, ETERNO, responde-me, para que este povo conheça que tu, ETERNO, és Deus – Yaohu e que tu fizeste tornar o seu coração para trás. Então, caiu fogo do ETERNO, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego” (1Rs 18,36-38).





A história de Elias encontra-se em 1Reis 17,1 até 2 Reis 2,11. Ele também é mencionado em 2 Crônicas 21,12-15; Malaquias 4,5.6; Mateus 11,14; 16,14; 17,3-13; 27,47-49; Lucas 1,17; 4,25.26; João 1,19-25; Romanos 11,2-4; Tiago 5,17.18.







ACABE

Pontos fortes e êxitos:

Oitavo rei de Israel.

Um líder e estrategista militar de grande capacidade.





Fraquezas e erros:

Foi o rei mais ímpio de Israel.

Casou-se com Jezabel, mulher pagã, e permitiu que esta promovesse a adoração a BAAL.

Remoeu-se por não ter conseguido um pedaço de terra. Então sua esposa mandou matar o proprietário da vinha, Nabote.

Estava acostumada a fazer a própria vontade e ficava deprimido quando isso não acontecia.





Lições de vida:

A escolha de um cônjuge terá um efeito significativo na vida – física, espiritual e emocionalmente.

O egoísmo, se não for reprimido, pode levar a um grande mal.





Informações essenciais:

Local: Reino do Norte de Israel.

Ocupação: Rei.

Familiares; Esposa – Jezabel; pai – Onri; filhos – Acazias, Jorão, etc.

Contemporâneos: Elias, Nabote, Jeú, Bem-Hadade e Josafá.







Versículos-chave: “E fez Acabe, filho de Onri, o que era mal aos olhos do ETERNO, mais do que todos os que foram antes dele. E sucedeu que (como se fora coisa leve andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate), ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e se encurvou diante dele. E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria. Também Acabe fez um bosque, de maneira que Acabe fez muito mais para irritar ao ETERNO, Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele” (1Rs 16,30-33).







A história de Acabe encontra-se em 1 Reis 16,28 – 22,40. Ele também é mencionado em 2 Crônicas 18 – 22 e Miquèias 6,16.







JEZABEL

Fraquezas e erros:

Eliminou sistematicamente os representantes de Deus Yaohu em Israel.

Promoveu e patrocinou a adoração a Baal.

Ameaçou matar Elias.

Acreditava que reis e rainhas podiam legalmente fazer ou ter qualquer coisa que desejassem.

Usou suas fortes convicções para fazer a sua própria vontade.





Lições de vida:

Não é suficiente estar comprometido ou ser sincero. A questão sobre onde reside o nosso comprometimento faz uma grande diferença.

Rejeitar a Yaohu sempre conduz ao desastre.





Informações essenciais:

Locais: Sidon e Samaria.

Ocupação: Rainha de Israel.

Familiares: Marido – Acabe; pai – Etbaal; filhos – Jorão, Acazias, etc.

Contemporâneos: Elias e Jeú.







Versículo-chave: “Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do ETERNO, porque Jezabel, sua mulher, o incitava” (1Rs 21,25).



A história de Jezabel encontra-se em 1 Reis 16,31 a 2 Reis 9,37. Seu nome é usado como um sinônimo para a grande iniqüidade em Apocalipse 2,20.







(2Rs).



ELISEU

Pontos fortes e êxitos:

Foi sucessor de Elias como profeta de Deus Yaohu.

Teve um ministério que durou mais de 50 anos.

Teve um grande impacto sobre quatro nações: Israel, Judá, Moabe e Síria.

Foi um homem integro que não tentou enriquecer-se à custa dos outros.

Fez muitos milagres para ajudar aqueles que estavam sofrendo necessidades.





Lições de vida:

Aos olhos de Deus Yaohu, uma medida de grandeza é a disposição para servir aos pobres como também aos poderosos.

Um substituto eficaz não só aprende com o seu mestre; também constrói sobre as realizações de seu mestre.





Informações essenciais:

Local: Reino do Norte.

Ocupações: Lavrador e profeta.

Familiares: Pai – Safate.

Contemporâneos: Elias, Acabe, Jezabel e Jeú.







Versículo-chave: “Sucedeu, pois, que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pedi-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim” (2Rs 2,9).







A história de Eliseu encontra-se em 1 Reis 19,16 – 2 Reis 13,20. Ele também é mencionado em Lucas 4,27.



JEÚ

Pontos fortes e êxitos:

Tomou o trono da família de Acabe e destruiu sua má influência.

Fundou a mais longa dinastia do Reino do Norte.

Foi ungido por Elias e confirmado por Eliseu.

Destruiu a adoração a Baal.





Fraquezas e erros:

Teve uma perspectiva negligente em relação à vida, e isto o tornou ousado e propenso ao erro.

Adorou os bezerros de ouro de Jeroboão.

Foi dedicado a Yaohu somente até o ponto em que a obediência serviu para seus próprios interesses.





Lições de vida:

O forte comprometimento precisa de controle porque pode resultar em imprudência.

A obediência envolve tanto a ação quanto a direção.





Informações essenciais:

Local: O Reino do Norte de Israel.

Ocupações: Chefe do exército de Jorão, rei de Israel.

Familiares: Avô – Ninsi; pai – Josafá; filho – Jeoacaz.

Contemporâneos: Elias, Eliseu, Acabe, Jezabel, Jorão e Acazias.







Versículo-chave: “Mas Jeú não teve cuidado de andar com todo o seu coração na lei do ETERNO, Deus de Israel, nem se apartou dos pecados de Jeroboão, que fez pecar a Israel” (2Rs 10,31).







A história de Jeú encontra-se em 1 Reis 19,16 – 2 Reis 10,36. Ele também é mencionado em 2 Reis 15,12; 2 Crônicas 22,7-9; Oséias 1,4.5.





EZEQUIAS

Pontos fortes e êxitos:

Foi o rei de Judá que instigou reformas civis e religiosas.

Teve um relacionamento pessoal crescente com Yaohu.

Desenvolveu uma poderosa vida de oração.

Mencionado como o patrono de vários capítulos do livro de Provérbios (Pv 25,1).





Fraquezas e erros:

Mostrou pouco interesse ou sabedoria em relação a planejar para o futuro e a proteger a herança espiritual que desfrutou em beneficio das futuras gerações.

Imprudentemente mostrou toda a sua riqueza aos mensageiros da Babilônia.





Lições de vida:

As reformas de limpeza têm vida curta quando poucas atitudes são tomadas para preserva-las para o futuro.

A obediência a Yaohu no passado não remove a possibilidade de desobediência no presente.

A completa dependência de Yaohu produz resultados surpreendentes.





Informações essenciais:

Local: Jerusalém.

Ocupação: Foi o 13º rei de Judá, o Reino do Sul.

Familiares: Pai – Acaz; mãe – Abia; filho – Manassés.

Contemporâneos: Isaías, Oséias, Miquéias e Senaqueribe.







Versículos-chave: “No ETERNO, Deus de Israel, confiou, de maneira que, depois dele, não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele. Porque se chegou ao ETERNO, não se apartou de após ele e guardou os mandamentos que o ETERNO tinha dado a Moisés” (2Rs 18,5.6).







A história de Ezequias encontra-se em 2 Reis 16,20 – 20,21; 2 Crônicas 28,27 – 32,33; Isaías 36,1 – 39,8. Ele também é mencionado em Provérbios 25,1; Isaías 1,1; Jeremias 15,4; 26,18.19; Oséias 1,1; Miquéias 1,1.







JOSIAS

Pontos fortes e êxitos:

Foi rei de Judá.

Buscou a Yaohu e se mostrou verdadeiramente aberto a Ele.

Foi um reformador como seu bisavô Ezequias.

Limpou totalmente o templo e reavivou a obediência à lei de Yaohu.





Fraquezas e erros:

Envolveu-se em um conflito militar contra o qual fora advertido.





Lições de vida:

Yaohu responde constantemente àqueles que têm corações arrependidos e humildes.

Até mesmo as reformas de limpeza exterior têm pouco valor duradouro se não houver mudança na vida das pessoas.





Informações essenciais:

Local: Jerusalém.

Ocupação: Foi o 16º rei de Judá, o Reino do Sul.

Familiares: Pai – Amom; mãe – Jedida; filho – Jeoacaz,

Contemporâneos: Jeremias, Hulda, Hilquias e Sofonias.







Versículo-chave: “E antes dele não houve rei semelhante, que se convertesse ao ETERNO com todo o seu coração, e com toda a sua alma, e com todas as suas forças, conforme toda a Lei de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou outro tal” (2Rs 23,25).



A história de Josias encontra-se em 2 Reis 21,24 – 23,30; 2 Crônicas 33,25 – 35,27. Ele também é mencionado em Jeremias 1,1-3; 22,11.18.

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