quarta-feira, 12 de outubro de 2011

PORQUE QUEM COMPILOU A BÍBLIA NÃO ENXERGOU SEUS PRÓPRIOS ERROS

MUITAS VEZES, FUI CRITICADO POR FALAR NA UBE QUE A “BÍBLIA É COMPILAÇÃO DE ‘HOMENS...’! BEM, HOJE SE COMEMORA O DIA DE ‘SUA’, NÃO MINHA, MAS ‘SUA’ SENHORA APARECIDA!”. VAMOS SOMENTE À ALGUNS TRECHOS DA BÍBLIA QUE É CONTRA “ÍDOLOS!”. E QUEM A COMPILOU!! E SE ELA NÃO É CONTRA IMAGENS.....!! O QUE TODO MUNDO SABE. VAMOS LÁ:




JEREMIAS 10



1 Ouvi a palavra que o Senhor vos fala a vós, ó casa de Israel.

2 Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho das nações, nem vos espanteis com os sinais do céu; porque deles se espantam as nações,

3 pois os costumes dos povos são vaidade; corta-se do bosque um madeiro e se lavra com machado pelas mãos do artífice.

4 Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova.

5 São como o espantalho num pepinal, e não podem falar; necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer o mal, nem tampouco têm poder de fazer o bem.

6 Ninguém há semelhante a ti, ó Senhor; és grande, e grande é o teu nome em poder.

7 Quem te não temeria a ti, ó Rei das nações? pois a ti se deve o temor; porquanto entre todos os sábios das nações, e em todos os seus reinos ninguém há semelhante a ti.

8 Mas eles todos são embrutecidos e loucos; a instrução dos ídolos é como o madeiro.

9 Trazem de Társis prata em chapas, e ouro de Ufaz, trabalho do artífice, e das mãos do fundidor; seus vestidos são de azul e púrpura; obra de peritos são todos eles.

10 Mas o Senhor é o verdadeiro Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno, ao seu furor estremece a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação.

11 Assim lhes direis: Os deuses que não fizeram os céus e a terra, esses perecerão da terra e de debaixo dos céus.

12 Ele fez a terra pelo seu poder; ele estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus.

13 Quando ele faz soar a sua voz, logo há tumulto de águas nos céus, e ele faz subir das extremidades da terra os vapores; faz os relâmpagos para a chuva, e dos seus tesouros faz sair o vento.

14 Todo homem se embruteceu e não tem conhecimento; da sua imagem esculpida envergonha-se todo fundidor; pois as suas imagens fundidas são falsas, e nelas não há fôlego.

15 Vaidade são, obra de enganos; no tempo da sua visitação virão a perecer.

16 Não é semelhante a estes aquele que é a porção de Jacó; porque ele é o que forma todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança. Senhor dos exércitos é o seu nome.

17 Tira do chão a tua trouxa, ó tu que habitas em lugar sitiado.

18 Pois assim diz o Senhor: Eis que desta vez arrojarei como se fora com uma funda os moradores da terra, e os angustiarei, para que venham a senti-lo.

19 Ai de mim, por causa do meu quebrantamento! a minha chaga me causa grande dor; mas eu havia dito: Certamente isto é minha enfermidade, e eu devo suporta-la.

20 A minha tenda está destruída, e todas as minhas cordas estão rompidas; os meus filhos foram-se de mim, e não existem; ninguém há mais que estire a minha tenda, e que levante as minhas cortinas.

21 Pois os pastores se embruteceram, e não buscaram ao Senhor; por isso não prosperaram, e todos os seus rebanhos se acham dispersos.

22 Eis que vem uma voz de rumor, um grande tumulto da terra do norte, para fazer das cidades de Judá uma assolação, uma morada de chacais.

23 Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem é do homem que caminha o dirigir os seus passos.

24 Corrige-me, ó Senhor, mas com medida justa; não na tua ira, para que não me reduzas a nada.

25 Derrama a tua indignação sobre as nações que não te conhecem, e sobre as famílias que não invocam o teu nome; porque devoraram a Jacó; sim, devoraram-no e consumiram-no, e assolaram a sua morada.



EZEQUIEL 8



1 Sucedeu pois, no sexto ano, no mês sexto, no quinto dia do mês, estando eu assentado na minha casa, e os anciãos de Judá assentados diante de mim, que ali a mão do Senhor Deus caiu sobre mim.

2 Então olhei, e eis uma semelhança como aparência de fogo. Desde a aparência dos seus lombos, e para baixo, era fogo; e dos seus lombos, e para cima, como aspecto de resplendor, como e brilho de âmbar.

3 E estendeu a forma duma mão, e me tomou por uma trança da minha cabeça; e o Espírito me levantou entre a terra e o céu, e nas visões de Deus me trouxe a Jerusalém, até a entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava o assento da imagem do ciúme, que provoca ciúme.

4 E eis que a glória do Deus de Israel estava ali, conforme a semelhança que eu tinha visto no vale.

5 Então me disse: Filho do homem, levanta agora os teus olhos para o caminho do norte. Levantei, pois, os meus olhos para o caminho do norte, e eis que ao norte da porta do altar, estava esta imagem do ciúme na entrada.

6 E ele me disse: Filho do homem, vês tu o que eles estão fazendo? as grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que me afaste do meu santuário; Mas verás ainda outras grandes abominações.

7 E levou-me à porta do átrio; então olhei, e eis que havia um buraco na parede.

8 Então ele me disse: Filho do homem, cava agora na parede. E quando eu tinha cavado na parede, eis que havia uma porta.

9 Disse-me ainda: Entra, e vê as ímpias abominações que eles fazem aqui.

10 Entrei, pois, e olhei: E eis que toda a forma de répteis, e de animais abomináveis, e todos os ídolos da casa de Israel, estavam pintados na parede em todo o redor.

11 E setenta homens dos anciãos da casa de Israel, com Jaazanias, filho de Safã, no meio deles, estavam em pé diante das pinturas, e cada um tinha na mão o seu incensário; e subia o odor de uma nuvem de incenso.

12 Então me disse: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens? Pois dizem: O Senhor não nos vê; o Senhor abandonou a terra.

13 Também me disse: Verás ainda maiores abominações que eles fazem.

14 Depois me levou à entrada da porta da casa do Senhor, que olha para o norte; e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz.

15 Então me disse: Viste, filho do homem? Verás ainda maiores abominações do que estas.

16 E levou-me para o átrio interior da casa do Senhor; e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente; e assim, virados para o oriente, adoravam o sol.

17 Então me disse: Viste, filho do homem? Acaso é isto coisa leviana para a casa de Judá, o fazerem eles as abominações que fazem aqui? pois, havendo enchido a terra de violência, tornam a provocar-me à ira; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz.

18 Pelo que também eu procederei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade. Ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, contudo não os ouvirei.



EZEQUIEL 20



1 Ora aconteceu, no sétimo ano, no mês quinto, aos dez do mês, que vieram alguns dos anciãos de Israel, para consultarem o Senhor; e assentaram-se diante de mim.

2 Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

3 Filho do homem, fala aos anciãos de Israel, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Vós vindes consultar-me, Vivo eu, que não me deixarei ser consultado de vós, diz o Senhor Deus.

4 Acaso os julgarás, faze-lhes saber as abominações de seus pais; e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: No dia em que escolhi a Israel, levantei a minha mão para a descendência da casa de Jacó, e me deu a conhecer a eles na terra do Egito, quando levantei a minha mão para eles, dizendo: Eu sou o Senhor vosso Deus.

6 Naquele dia levantei a minha mão para eles, jurando que os tiraria da terra do Egito para uma terra que lhes tinha espiado, que mana leite e mel, a qual é a glória de todas as terras.

7 Então lhes disse: Lançai de vós, cada um, as coisas abomináveis que encantam os seus olhos, e não vos contamineis com os ídolos do Egito; eu sou o Senhor vosso Deus.

8 Mas rebelaram-se contra mim, e não me quiseram ouvir; não lançaram de si, cada um, as coisas abomináveis que encantavam os seus olhos, nem deixaram os ídolos de Egito; então eu disse que derramaria sobre eles o meu furor, para cumprir a minha ira contra eles no meio da terra do Egito.

9 O que fiz, porém, foi por amor do meu nome, para que não fosse profanado à vista das nações, no meio das quais eles estavam, a cujos olhos eu me dei a conhecer a eles, tirando-os da terra do Egito.

10 Assim os tirei da terra do Egito, e os levei ao deserto.

11 E dei-lhes os meus estatutos, e lhes mostrei as minhas ordenanças, pelas quais o homem viverá, se as cumprir.

12 Demais lhes dei também os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles; a fim de que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica.

13 Mas a casa de Israel se rebelou contra mim no deserto, não andando nos meus estatutos, e rejeitando as minhas ordenanças, pelas quais o homem viverá, se as cumprir; e profanaram grandemente os meus sábados; então eu disse que derramaria sobre eles o meu furor no deserto, para os consumir.

14 O que fiz, porém, foi por amor do meu nome, para que não fosse profanado à vista das nações perante as quais os fiz sair.

15 E, contudo, eu levantei a minha mão para eles no deserto, jurando que não os introduziria na terra que lhes tinha dado, que mana leite e mel, a qual é a glória de todas as terras;

16 porque rejeitaram as minhas ordenanças, e não andaram nos meus estatutos, e profanaram os meus sábados; pois o seu coração andava após os seus ídolos.

17 Não obstante os meus olhos os pouparam e não os destruí nem os consumi de todo no deserto.

18 Mas disse eu a seus filhos no deserto: Não andeis nos estatutos de vossos pais, nem guardeis as suas ordenanças, nem vos contamineis com os seus ídolos.

19 Eu sou o Senhor vosso Deus; andai nos meus estatutos, e guardai as minhas ordenanças, e executai-os

20 E santificai os meus sábados; e eles servirão de sinal entre mim e vós para que saibais que eu sou o Senhor vosso Deus.

21 Mas também os filhos se rebelaram contra mim; não andaram nos meus estatutos nem guardaram as minhas ordenanças para as praticarem, pelas quais o homem viverá, se as cumprir; profanaram eles os meus sábados; por isso eu disse que derramaria sobre eles o meu furor, para cumprir contra eles a minha ira no deserto.

22 Todavia retive a minha mão, e procedi por amor do meu nome, para que não fosse profanado à vista das nações, a cujos olhos os fiz sair.

23 Também levantei a minha mão para eles no deserto, jurando que os espalharia entre as nações, e os dispersaria entre os países;

24 porque não haviam executado as minhas ordenanças, mas rejeitaram os meus estatutos, e profanaram os meus sábados, e os seus olhos se iam após os ídolos de seus pais.

25 Também lhes dei estatutos que não eram bons, e ordenanças pelas quais não poderiam viver;

26 e os deixei contaminar-se em seus próprios dons, nos quais faziam passar pelo fogo todos os que abrem a madre, para os assolar, a fim de que soubessem que eu sou o Senhor.

27 Portanto fala à casa de Israel, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Ainda nisto me blasfemaram vossos pais, que procederam traiçoeiramente para comigo;

28 pois quando eu os havia introduzido na terra a respeito da qual eu levantara a minha mão, jurando que lha daria, então olharam para todo outeiro alto, e para toda árvore frondosa, e ofereceram ali os seus sacrifícios, e apresentaram ali a provocação das suas ofertas; puseram ali os seus cheiros suaves, e ali derramaram as suas libações.

29 E eu lhes disse: Que significa o alto a que vós ides? Assim o seu nome ficou sendo Bamá, até o dia de hoje.

30 Portanto dize à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Acaso vós vos contaminais a vós mesmos, à maneira de vossos pais? e vos prostituís com as suas abominações?

31 E, ao oferecerdes os vossos dons, quando fazeis passar os vossos filhos pelo fogo, vós vos contaminais com todos os vossos ídolos, até hoje. E eu hei de ser consultado por vós, ó casa de Israel? Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não serei consultado de vós.

32 E o que veio ao vosso espírito de maneira alguma sucederá, quando dizeis: Sejamos como as nações, como as tribos dos países, servindo ao madeiro e à pedra.

33 Vivo eu, diz o Senhor Deus, certamente com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada, hei de reinar sobre vós.

34 E vos tirarei dentre os povos, e vos congregarei dos países nos quais fostes espalhados, com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada;

35 e vos levarei ao deserto dos povos; e ali face a face entrarei em juízo convosco;

36 como entrei em juízo com vossos pais, no deserto da terra do Egito, assim entrarei em juízo convosco, diz o Senhor Deus.

37 Também vos farei passar debaixo da vara, e vos farei entrar no vínculo do pacto;

38 e separarei dentre vós os rebeldes, e os que transgridem contra mim; da terra das suas peregrinações os tirarei, mas à terra de Israel não voltarão; e sabereis que eu sou o Senhor.

39 Quanto a vós, ó casa de Israel, assim diz o Senhor Deus: Ide, sirva cada um os seus ídolos; contudo mais tarde me ouvireis e não profanareis mais o meu santo nome com as vossas dádivas e com os vossos ídolos.

40 Pois no meu santo monte, no monte alto de Israel, diz o Senhor Deus, ali me servirá toda a casa de Israel, toda ela, na terra; ali vos aceitarei, e ali requererei as vossas ofertas, e as primícias das vossas oblações, com todas as vossas coisas santas.

41 Como cheiro suave vos aceitarei, quando eu vos tirar dentre os povos e vos congregar dos países em que fostes espalhados; e serei santificado em vós à vista das nações.

42 E sabereis que eu sou o Senhor, quando eu vos introduzir na terra de Israel, no país a respeito do qual levantei a minha mão, jurando que o daria a vossos pais.

43 Ali vos lembrareis de vossos caminhos, e de todos os vossos atos com que vos tendes contaminado; e tereis nojo de vós mesmos, por causa de todas as vossas maldades que tendes cometido.

44 E sabereis que eu sou o Senhor, quando eu proceder para convosco por amor do meu nome, não conforme os vossos maus caminhos, nem conforme os vossos atos corruptos, ó casa de Israel, diz o senhor Deus.

45 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

46 Filho do homem, dirige o teu rosto para o caminho do sul, e derrama as tuas palavras contra o sul, e profetiza contra o bosque do campo do sul.

47 E dize ao bosque do sul: Ouve a palavra do Senhor: Assim diz o Senhor Deus: Eis que acenderei em ti um fogo que em ti consumirá toda árvore verde e toda árvore seca; não se apagará a chama flamejante, antes com ela se queimarão todos os rostos, desde o sul até o norte.

48 E verá toda a carne que eu, o Senhor, o acendi; não se apagará.

49 Então disse eu: Ah Senhor Deus! eles dizem de mim: Não é este um fazedor de alegorias?



Quando o profeta de Deus, Moisés, começou a escrever a Bíblia há mais de 3.500 anos, apenas uma nação pequena podia lê-la. (Deuteronômio 7:7) Era assim porque as Escrituras estavam disponíveis apenas na língua original, hebraica, daquela nação. No entanto, isso ia mudar com o tempo.



A divulgação da mensagem da Bíblia e sua influência positiva no decorrer dos séculos se devem em grande parte à sua primeira tradução — a Septuaginta. Por que foi ela produzida? E pode-se mesmo dizer que esta é uma Bíblia que mudou o mundo?



Uma tradução inspirada?



Depois do seu exílio em Babilônia, durante o sétimo e o sexto século AEC, muitos judeus continuaram fora da terra dos antigos Israel e Judá. Para os judeus nascidos no exílio, o hebraico tornou-se uma língua secundária. Por volta do terceiro século AEC, havia uma comunidade judaica em Alexandria, no Egito — um grande centro cultural do Império Grego. Esses judeus achavam que era valioso traduzir as Escrituras Sagradas para o grego, que então era a sua língua materna.



Até aquele tempo, a mensagem inspirada da Bíblia tinha sido registrada em hebraico, com pequenas partes no aramaico, que era bem parecido. Será que expressar a Palavra de Deus numa língua diferente diminuiria o efeito poderoso da inspiração divina, talvez resultando em interpretações erradas? Será que os judeus, a quem se confiou a Palavra inspirada, podiam arriscar-se a deturpar esta mensagem por meio duma tradução? — Salmo 147:19, 20; Romanos 3:1, 2.



Estas questões delicadas causaram apreensões. No entanto, a preocupação de que os judeus não mais entenderiam a Palavra de Deus finalmente sobrepôs-se a todas as outras considerações. Tomou-se a decisão de preparar uma tradução grega da Tora — os primeiros cinco livros da Bíblia, escritos por Moisés. O próprio processo de tradução ficou obscurecido por lendas. Segundo a Carta de Aristeu, o governante egípcio, Ptolomeu II (285-246 AEC), queria uma cópia do Pentateuco (ou: Tora) traduzida para o grego, para a sua biblioteca real. Ele comissionou 72 eruditos judeus, que vieram de Israel para o Egito e terminaram a tradução em 72 dias. Esta tradução foi então lida para a comunidade judaica, que declarou que ela era tanto bela como exata. Posteriores embelezamentos desta história afirmaram que cada tradutor foi colocado numa sala separada, e ainda assim suas traduções eram idênticas, letra por letra. Em vista da tradição a respeito dos 72 tradutores, esta tradução grega da Bíblia passou a ser conhecida como a Septuaginta, baseado numa palavra latina que significa “Setenta”.



A maioria dos atuais eruditos concorda que a Carta de Aristeu é um escrito apócrifo. Eles acreditam também que a iniciativa de se fazer a tradução não partiu de Ptolomeu II, mas dos líderes da comunidade judaica de Alexandria. Mas os escritos do filósofo judeu, alexandrino, Filo, e do historiador judeu Josefo, bem como o Talmude, mostram todos a crença geral entre os judeus do primeiro século, de que a Septuaginta foi inspirada no mesmo grau que as Escrituras originais. Essas tradições, sem dúvida, deviam-se a um esforço para tornar a Septuaginta aceitável para a comunidade judaica em todo o mundo.



Embora a tradução inicial envolvesse apenas os cinco livros de Moisés, o nome Septuaginta passou a ser aplicado às inteiras Escrituras Hebraicas traduzidas para o grego. Os livros restantes foram traduzidos aproximadamente nos cem anos que se seguiram. Em vez de ser um esforço coordenado, a produção da Septuaginta inteira foi uma realização fragmentada. Os tradutores diferiam nas suas habilidades e no seu conhecimento do hebraico. A maioria dos livros foi traduzida literalmente, às vezes de forma extrema, ao passo que outras traduções eram bastante liberais. Uns poucos deles existem tanto em versões longas como curtas. Por volta do fim do segundo século AEC, todos os livros das Escrituras Hebraicas podiam ser lidos em grego. Embora não houvesse uniformidade de resultados, o efeito da tradução das Escrituras Hebraicas para o grego foi muito além daquilo que os tradutores podiam esperar.

Jafé nas tendas de Sem?



Considerando a Septuaginta, o Talmude cita Gênesis 9:27: “Jafé . . . habite nas tendas de Sem.” (Megillah 9b, O Talmude Babilônio) O Talmude dá a entender figurativamente que, pela beleza da língua grega da Septuaginta, Jafé (pai de Javã, de quem descendiam os gregos) morava nas tendas de Sem (o antepassado da nação de Israel). No entanto, também se poderia dizer que, por meio da Septuaginta, Sem habitava nas tendas de Jafé. Como?



Depois das conquistas de Alexandre, o Grande, na última parte do quarto século AEC, fez-se um esforço intenso para difundir a língua e a cultura gregas em todos os países conquistados. Esta política foi chamada de helenização. Os judeus sofriam um constante ataque cultural. Se a cultura e a filosofia gregas prevalecessem, a própria religião dos judeus ficaria minada.



O que poderia impedir o aumento deste ataque?



Referente a um possível motivo de os judeus fazerem a tradução da Septuaginta, o tradutor bíblico judeu Max Margolis comenta: “Se pudermos mesmo atribuir o projeto à comunidade judaica, terá havido outro motivo para ele, a saber, abrir a Lei judaica para a inspeção pela população gentia e para convencer o mundo de que os judeus tinham uma cultura que rivalizava com a sabedoria da Hélade [Grécia].” Portanto, a colocação das Escrituras Hebraicas à disposição do mundo de língua grega pode ter sido tanto uma forma de autodefesa como de contra-ataque.



A política de helenização, de Alexandre, fez do grego a língua internacional do mundo. Mesmo quando seu domínio foi tomado pelos romanos, o grego comum (ou: coiné) continuou a ser a língua do comércio e da comunicação entre as nações. Quer isso tenha resultado dum esforço deliberado, quer tenha sido um desenvolvimento natural, a versão Septuaginta das Escrituras Hebraicas começou logo a penetrar nas casas e nos corações de muitos não-judeus, que antes desconheciam a Deus e a Lei dos judeus. O resultado foi espantoso.



Prosélitos e tementes a Deus: No primeiro século EC, Filo podia escrever que “a beleza e a dignidade da legislação de Moisés não são honradas apenas pelos judeus, mas também por todas as outras nações”. Referente aos judeus que no primeiro século moravam fora da Palestina, o historiador judeu Joseph Klausner diz: “É difícil de acreditar que todos esses milhões de judeus se tenham ajuntado por emigrarem só da pequena Palestina. É necessário dizer que este grande aumento resultou também da aceitação de grande número de prosélitos do sexo masculino e feminino.”



No entanto, esses pontos impressionantes não contam toda a história. O autor Shaye J. D. Cohen, professor de história judaica, declara: “Muitos gentios, tanto homens como mulheres, converteram-se ao judaísmo nos últimos séculos AEC e nos primeiros dois séculos EC. Ainda mais numerosos, porém, foram os gentios que aceitaram certos aspectos do judaísmo, mas não se converteram a ele.” Tanto Klausner como Cohen chamam esses não-convertidos de tementes a Deus, uma expressão que ocorre frequentemente na literatura grega daquele período.



Qual é a diferença entre um prosélito e um temente a Deus? Prosélitos eram os que se converteram plenamente, sendo considerados judeus em todos os sentidos, porque aceitaram o Deus de Israel (rejeitando todos os outros deuses), submeteram-se à circuncisão e juntaram-se à nação de Israel. Em contraste, Cohen diz a respeito dos tementes a Deus: “Embora esses gentios observassem muitas práticas judaicas e venerassem de uma ou de outra forma o Deus dos judeus, eles não se consideravam judeus e não eram encarados pelos outros como judeus.” Klausner descreve-os como “ocupando uma posição intermediária”, pois aceitavam o judaísmo e “observavam parte dos seus costumes, mas . . . não se tornaram judeus completos”.



Alguns talvez se interessassem em Deus por causa de conversas com judeus empenhados em atividades missionárias ou por observarem como eles diferiam em conduta, costumes e comportamento. No entanto, a Septuaginta foi o instrumento principal que ajudou esses tementes a Deus a aprender algo sobre Deus. Embora não haja modo de se saber o número exato dos tementes a Deus do primeiro século, a Septuaginta, sem dúvida, divulgou algum conhecimento sobre Deus por todo o Império Romano. Por meio da Septuaginta lançou-se também uma base importante.



A Septuaginta ajudou a preparar o caminho: A Septuaginta se destacou muito na divulgação da mensagem do cristianismo. Muitos judeus de língua grega estavam entre os presentes na fundação da congregação cristã no Pentecostes de 33 EC. Havia também prosélitos entre os que se tornaram discípulos de Cristo naquela fase inicial. (Atos 2:5-11; 6:1-6; 8:26-38) Visto que os escritos inspirados dos apóstolos e de outros dos primeiros discípulos de Jesus se destinavam à mais ampla assistência possível, eles foram registrados em grego. Por isso, muitas citações das Escrituras Hebraicas (AT) que aparecem nas Escrituras Gregas Cristãs (NT) se baseiam na Septuaginta.



Outros, além dos judeus naturais e dos prosélitos, estavam dispostos a aceitar a mensagem do Reino Messiânico. O gentio Cornélio era “homem devoto e que temia a Deus, junto com toda a sua família, e ele fazia muitas dádivas de misericórdia ao povo e fazia continuamente súplica a Deus”. Em 36 EC, Cornélio, sua família, e outros que se haviam reunido na casa dele, foram os primeiros gentios batizados como seguidores de Cristo. (Atos 10:1, 2, 24, 44-48; note Lucas 7:2-10.) Quando o apóstolo Paulo viajou pela Ásia Menor e pela Grécia, ele pregou a muitos gentios que já temiam a Deus, bem como a “gregos que adoravam a Deus”. (Atos 13:16, 26; 17:4) Por que estavam Cornélio e esses outros gregos dispostos a aceitar as boas novas? A Septuaginta havia ajudado a preparar o caminho para isso. Um erudito presume que a Septuaginta “é um livro de tanta importância, que sem ela tanto a cristandade como a cultura ocidental não seriam concebíveis”.



A Septuaginta perde a sua suposta inspiração: O uso extenso da Septuaginta, por fim, provocou uma reação entre os judeus. Em conversas com cristãos, por exemplo, os judeus afirmavam que a Septuaginta era uma tradução errada. Por volta do segundo século EC, a comunidade judaica havia virado completamente as costas para a tradução que antes havia louvado como inspirada. Os rabinos rejeitaram a lenda dos 72 tradutores, declarando: “Aconteceu certa vez que cinco anciãos escreveram a Tora em grego para o Rei Ptolomeu, e esse dia foi tão sinistro para Israel como o dia em que se fez o bezerro de ouro, visto que a Tora não podia ser traduzida com exatidão.” Para garantir um acordo mais estrito com os conceitos rabínicos, os rabinos autorizaram uma nova tradução grega. Esta foi feita no segundo século EC por um prosélito judeu de nome Áquila, discípulo do rabino Akiba.



A Septuaginta deixou de ser usada pelos judeus, mas tornou-se o “Antigo Testamento” padrão da emergente Igreja Católica, até ser substituída pela Vulgata latina de Jerônimo. Embora uma tradução nunca possa tomar o lugar do original, a Septuaginta desempenhou um papel importante na divulgação do conhecimento sobre Yehowah e seu Reino por Jesus Cristo. Deveras, a Septuaginta é uma tradução da Bíblia que mudou o mundo.

Vulgata é a forma latina abreviada de vulgata editio ou vulgata versio ou vulgata lectio, respectivamente "edição, tradução ou leitura de divulgação popular" - a versão mais difundida (ou mais aceita como autêntica) de um texto.

No sentido corrente, Vulgata é a tradução para o latim da Bíblia, escrita entre fins do século IV início do século V, por São Jerónimo, a pedido do Papa Dâmaso I, que foi usada pela Igreja Católica e ainda é muito respeitada.

Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. Foi nesta língua que foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos Romanos, de São Paulo, bem como muitos escritos cristãos de séculos seguintes.

No século IV, a situação já havia mudado, e é então que o importante biblista São Jerónimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para o latim e revê a Vetus Latina.

A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta. [carece de fontes?] No Novo Testamento, São Jerônimo selecionou e revisou textos. Ele inicialmente não considerou canônicos os sete livros, chamados por católicos e ortodoxos de deuterocanônicos. Porém, seus trabalhos posteriores mostram sua mudança de conceito, pelo menos a respeito dos livros de Judite, Sabedoria de Salomão e o Eclesiástico (ou Sabedoria de Sirac), conforme atestamos em suas últimas cartas a Rufino. Chama-se, pois, Vulgata a esta versão latina da Bíblia que foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e ainda hoje é fonte para diversas traduções.

O nome vem da expressão vulgata versio, isto é "versão de divulgação para o povo", e foi escrita em um latim cotidiano, usado na distinção consciente ao latim elegante de Cícero, do qual Jerônimo era um mestre.

A denominação Vulgata consolidou-se na primeira metade do século XVI, sobretudo a partir da edição da Bíblia de 1532, tendo sido definitivamente consagrada pelo Concílio de Trento, em 1546. O Concílio estabeleceu um texto único para a Vulgata a partir de vários manuscritos existentes, o qual foi oficializado como a Bíblia oficial da Igreja e ficou conhecido como Vulgata Clementina.

Após o Concílio Vaticano II, por determinação de Paulo VI, foi realizada uma revisão da Vulgata, sobretudo para uso litúrgico. Esta revisão, terminada em 1975, e promulgada pelo Papa João Paulo II, em 25 de abril de 1979, é denominada Nova Vulgata e ficou estabelecida como a nova Bíblia oficial da Igreja Católica .

[editar] Prólogos da Vulgata

Além do texto bíblico da Vulgata, ela contém prólogos dos quais a maioria foi escrita por Jerônimo. Esses prólogos são escritos críticos e não eram destinados ao público em geral.

O tema recorrente dos prólogos se refere à primazia do texto hebraico sobre os textos da Septuaginta (LXX), em grego koiné.

Entre os mais notáveis prólogos se destaca o Prologus Galeatus, no qual Jerônimo descreve um Cânon bíblico judaico composto de 22 livros. Independentemente disto, Jerônimo traduziu e incluiu no Antigo Testamento da Vulgata os livros Deuterocanônicos.

O prólogo Primum Quaeritur, de autoria desconhecida, defende a autoria paulina para a carta aos Hebreus.

Prólogos

· Pentateuco

· Josué

· Reis - Prologus Galeatus

· Crônicas

· Esdras

· Tobias

· Judite

· Ester

· Jó

· Salmos (LXX)

· Livros de Salomão

· Isaías

· Jeremias

· Ezequiel

· Daniel

· 12 Profetas (menores)

· Os evangelhos

· Epístolas Paulinas - Primum Quaeritur

Notas

· Salmos (Hebreus)

· Adições de Ester

BEM, TENHO QUE TERMINAR POR AQUI, POIS O TEXTO FICARIA MUITO EXTENSO.....MAS DESSAS DUAS VERSÕES E CÓPIAS VEIO TODAS AS CÓPIAS QUE TEMOS HOJE EM DIA DA: “BÍBLIA”! MAS, QUE AINDA ASSIM FUNCIONA MUITO BEM (1 CORÍNTIOS 1,28-29: “E ‘ULHÍM ESCOLHEU AS COISAS HUMILDES DO MUNDO, E AS DESPREZADAS, E AQUELAS QUE NÃO SÃO, PARA REDUZIR A NADA AO QUE SÃO! A FIM DE QUE NINGUÉM SE VANGLORIE NA PRESENÇA DE ‘ULHÍM – YAHU!”). POR ISSO MESMO, NINGUÉM PODE DIZER: EU ACHEI A VERDADE NA BÍBLIA........!!!! E SE VANGLORIAR NA SUA FRENTE! POIS A SALVAÇÃO É PELA: “FÉ” QUE VEM DELE, E O BUSCAR A VERDADE EM SEU RÚKHA (ESPÍRITO) E SE LIBERTAR DA ESCRAVIDÃO DA MENTIRA....!!!!! 1Co 10,12-13! 1Co 14,20! 1Co 15,26! 2Co 2,14-17! (Gl 1,10-11)! 2Co 4,1-6! 2Co 11,1-6! (Zc 4,6)!



MATERIAL TIRADO DA INTERNET COM DIREITOS AUTORAIS: BIBLIOTECA BÍBLICA! E, WIKIPÉDIA! COM GRIFOS DE: ANSELMO ESTEVAN.

A Vulgata de São Jerônimo – A Bíblia Latina da Igreja Católica.

Devido às dificuldades reinantes no século III d.C., grandes divergências dogmáticas agitaram o mundo cristão e provocaram sanguinolentas perturbações, até que o imperador Teodósio conferiu a supremacia ao papado, impondo a opinião do bispo de Roma à cristandade.



A fim de por termo a essas divergências de opinião, no momento em que vários concílios discutiam acerca da natureza de Jesus, uns admitindo e outros rejeitando sua divindade, o Papa Damásio confia a São Jerônimo, no ano 384, a missão de redigir uma tradução latina do Antigo e do Novo Testamento. Essa tradução passaria a ser a única reputada ortodoxa e aceita pela Igreja!



Veja um resumo da resposta de São Jerônimo ao Papa Damásio:

“Da velha obra me obrigais a fazer obra nova?” Quereis que, de alguma sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estão dispersos por todo o mundo (...). É um perigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo já envelhecido.

“Qual de fato, o sábio e mesmo o ignorante que, desde que tiver nas mãos um exemplar novo, depois de o haver percorrido apenas uma vez, vendo que se acha em desacordo com o que está habituado a ler (...). Não se ponha imediatamente a clamar que eu sou um sacrilégio, um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir, corrigir alguma coisa nos antigos livros?”.



Material tirado: (http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Educacao/M_BibliaTraducoes.htm) 15/09/2010.

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