segunda-feira, 31 de outubro de 2011

GNOSIS - ONDE O CONHECIMENTO HUMANO NÃO CONHECE O AMOR...:

GNOSIS:



           “DE: (1108)”: (Gnosis) conhecer (o ato de), i.e., (por implicação) conhecimento: conhecimento, ciência.



           (I) O poder do conhecimento, inteligência, a compreensão (Rm 8,35; 1Co 12,31; 13,2; Ef 3,19).

           (II) De maneira subjetiva, referindo-se àquilo que conhecemos: conhecimento (Lc 1,77; Rm 11,33; Fp 3,8; LXX : Sl 73,11; 139.6; Os 4,6); ao conhecimento do Cristianismo em geral (Rm 15,14; 1Co 1,5; 8,1; 2Pe 3,18); a um conhecimento cristão melhor e mais aprofundado (1Co 8,7.10.11; 2Co 11,6). Referindo-se ao conhecimento prático, discrição, prudência (2Co 6,6; 1Pe 3,7; 2Pe 1,5.6; LXX: Pv 13,16).

           (III) De forma objetiva, referindo-se àquilo que é conhecido o objeto do conhecimento, ao conhecimento de forma geral, à doutrina, à ciência (2Co 2,14; 4,6; Cl 2,3: LXX: Dn 1,4; Ml 2,7); ao conhecimento religioso, i.e., à doutrina, à ciência exposta pelos mestres judeus (Lc 11,52; Rm 2,20; 1Tm 6,20); a um conhecimento cristão mais profundo, à doutrina cristã (1Co 12,8; 1Co 13,2.8; 14,6; 2Co 8,7). Por isso, em 1 Coríntios 10,5 “contra a verdadeira doutrina do ‘Ulhím” (tradução do autor), i.e., contrário à religião cristã. A palavra “Gnosticismo” é derivada de gnosis, e diz respeito a uma seita que remonta aos séculos pré-cristãos e do início da era cristã, e que se distinguia pela convicção de que a matéria era má e de que a libertação do ser humano viria por intermédio da gnosis, conhecimento.

           Deriv.: agnosia, destituído de conhecimento, sem conhecimento.



           (Ginosko) forma estendida de um verbo primário; “conhecer” (absoluto), em uma ampla variedade de aplicações e com muitas implicações (como será visto a seguir, com outras não claramente expressas). Permitir, estar ciente (de), sentir, conhecer (ter conhecimento de), perceber, estar resolvido, poder falar, estar seguro, compreender.

           Conhecer, em um sentido inicial ou completo:

           (I) Conhecer em um sentido inicial: ou seja, vir a conhecer, ganhar ou receber o conhecimento de:

           (A) De modo geral (Mt 12,7; Mc 6,38; Lc 12,47; Jo 7,26; 8,32.52; At 1,7; Rm 1,21; 1Co 4,19; 13,9; 2Co 2,9; Tg 2,20; 1Jo 3,16; 19,24; 4,13). Na voz passiva: ser conhecido ou distinto (1Co 14,7).

           (B) Em sentido jurídico: conhecer por tentativa, investigar ou examinar a razão ou a causa (Jo 7,51; At 23,28).

           (C) No sentido de conhecer a partir de outros, aprender, descobrir. Na voz passiva: ser feito conhecido, ser revelado (Mt 10,26; Mc 5,43; At 9,24; 21,34; Cl 4,8; Mt 9,30; Lc 9,11; LXX: 1Sm 21,2).

           (D) No sentido de perceber, observar, estar ciente de (Mt 16,8; 22,18; 26,10; Mc 5,29; At 23,6; LXX: Rt 3,4).

           (E) No sentido de entender ou compreender (Mt 13,11; Mc 4,13; Lc 18,34; Jo 3,10; 7,49; 1Co 2,8.14; Jo 10,6; 12,16; 13,12; At 8,30; Rm 11,34; LXX: 1Sm 20,39; Pv 1,2).

           (F) Via Eufemismo: dormir com uma pessoa do sexo oposto, referindo-se a um homem ou homens (Mt 1,25; LXX: Gn 4,1.17; 24,16); a uma mulher ou mulheres (Lc 1,34; LXX: Gn 19,8; Nm 31,17.35).

           (II) Conhecer em um sentido completo, ou seja, deter o conhecimento de:

           (A) De modo geral (Mt 6,3; 24,43; Lc 2,43; 7,39; 16,15; Jo 2,25; At 19,35; Rm 2,18; 10,19; 2Co 5,21; Ef 5,5; 1Jo 3,20). Como pessoas conhecer de vista ou pessoalmente (Jo 1,48; 2Co 5,16); conhecer o caráter de alguém (Jo 1,10; 2,24; 14,7.9; 16,3; At 19,15; LXX: Dt 34,10; Sl 87,4; 139,1).

           (B) No sentido de conhecer, de ser o que somos ou professamos ser, reconhecer (Mt 7,23). Na voz passiva (1Co 8,3; Gl 4,9; LXX: Is 33,13; 61,9; 63,16).

           (C) Com a ideia de volição ou boa-vontade: conhecer e aprovar ou amar, cuidar de, referindo-se a pessoa (Jo 10,14.15.27; 1Tm 2,18; LXX: Sl 144,3; Am 3,2; Na 1,7); referindo-se a pessoas (Rm 7,15; LXX: Sl 1,6).

           Deriv.: anaginosko (314), ler; gnome (1106), cognição; GNOSIS (1108), CONHECIMENTO, gnosis (1108), conhecimento; gnostes (1110), bem conhecido, familiaridade; diaginosko (1231), conhecer por completo; epiginosko (1921), observar, perceber de forma total, observar com atenção, discernir; kardiognostes (2589), conhecedor do coração, kataginosko (2607), culpar, condenar; proginosko (4267), conhecer de antemão.

           Sin.: epistamai (1987), conhecer ou adquirir conhecimento; synoida (4894), conhecer conjuntamente; theoreo (2334), ser um expectador e, dessa forma, compreender ou perceber; aisthanomai (143), perceber por meio dos sentidos, apesar de ginosko significado “perceber com a mente”; noeo (3539), perceber com a mente; katanoeo (2657), compreender de forma mais completa; katalambano (2638), apanhar, aprender, perceber, blepo (991), ver e perceber; syniemi (4920), fazer um agrupamento mental das coisas; pynthanomai (4441), investigar com o propósito de conhecer; parakoloutheo (3877), seguir, observar, entender; gnoridzo (1107), vir a conhecer; diagnoridzo (1232), tornar amplamente conhecido; GNOSTOS (1110), conhecido; agnostos (97), desconhecido; agnosia (56), ignorância; kardiognostes (2589), aquele que conhece o coração; anagnoridzo (319), reconhecer, fazer-se conhecido; diagnoridzo (1332), fazer conhecido; diaginosko (1231), determinar por meio de um exame detalhado; gnoridzo (1107), fazer conhecido, compreender.



           VIRAM! O QUE É O CONHECIMENTO? TUDO SE DEFINE DO: GREGO – DA LÍNGUA GREGA!!!! MAS, POR ISSO MESMO O ETERNO FALA: QUE NOS AMOU PRIMEIRO! MESMO ANTES DE NOS CONHECER...!!! POIS, SEM AMOR NADA SOMOS! APENAS UM CONHECIMENTO VAZIO COMO O GNOSTICISMO, QUE VAMOS OBSERVAR LOGO A SEGUIR! (O AMOR JAMAIS ACABA; MAS, HAVENDO PROFECIAS, DESAPARECERÃO; HAVENDO LÍNGUAS, CESSARÃO; HAVENDO CIÊNCIA, PASSARÁ; PORQUE, EM PARTE, CONHECEMOS E, EM PARTE, PROFETIZAMOS. QUANDO, PORÉM, VIER O QUE É PERFEITO, ENTÃO, O QUE É EM PARTE SERÁ ANIQUILADO. QUANDO EU ERA MENINO, FALAVA COMO MENINO, SENTIA COMO MENINO, PENSAVA COMO MENINO; QUANDO CHEGUEI A SER HOMEM, DESISTI DAS COISAS PRÓPRIAS DE MENINO. PORQUE, AGORA, VEMOS COMO EM ESPELHO, OBSCURAMENTE; ENTÃO, VEREMOS FACE A FACE. AGORA, CONHEÇO EM PARTE; ENTÃO, CONHECEREI COMO TAMBÉM SOU CONHECIDO. AGORA, POIS, PERMANECEM A FÉ, A ESPERANÇA E O AMOR, ESTES TRÊS; PORÉM O MAIOR DESTAS É O AMOR!” 1Co 13,8-13).

           (“NISTO CONSISTE O AMOR: NÃO EM QUE NÓS TENHAMOS AMADO AO ‘ULHÍM, MAS EM QUE ELE NOS AMOU E ENVIOU O SEU FILHO COMO PROPICIAÇÃO PELOS NOSSOS PECADOS! NÓS AMAMOS PORQUE NOS AMOU PRIMEIRO!”  1Jo 4,10.19).

           AGORA, SIM, VEJA O QUE O “CONHECIMENTO SEM O AMOR SIGNIFICA REALMENTE”:



           LIVRO DE: 2Co:





           Os adversários do apóstolo. Difícil é saber com precisão quais são os adversários do apóstolo. Seriam eles membros da Igreja e deveriam incluir-se entre os destinatários, ou os coríntios teriam sido somente mais ou menos influenciados por eles? Formariam eles um grupo homogêneo? Ou constituiriam vários grupos, cujo único ponto em comum era opor-se a Paulo? Seriam eles os mesmos a que visam às respostas que o apóstolo dá em 1Co?

           A todas essas perguntas, o conjunto de 2Co fornece algumas respostas:

           Um dos membros da comunidade de Corinto cometera uma grave injúria contra o apóstolo. Esta afronta (2Co 2,5) foi sentida não só por Paulo, mas ainda pela maioria, talvez mesmo pelo conjunto da comunidade. Esse ato poderia ter sido cometido por um dos “gnósticos” de Corinto. Para tal homem, a salvação consiste sobretudo no conhecimento e não compromete a totalidade da existência humana. Será ele o mesmo que, em 1Co 5,1-13, é responsável por relações sexuais incestuosas? É possível. Paulo o incluí certamente entre os “que pecaram anteriormente e não se converteram de sua impureza, de seu desregramento e de sua devassidão” (2Co 12,21). Nós deparamos novamente aqui as tendências gnósticas já combatidas em 1Co. Esses gnósticos pregam a si mesmos (4,5) e se julgam desde já possuidores da salvação futura (5,10-13). {Irmãos e Irmãs: “Devemos tomar todo o cuidado, pois esse GNOSTICISMO – IMPERA E OPERA DESDE O TEMPO DE MOISÉS! Como? Na interferência que foi colocada na Lei de Yahu – sendo denominada Lei de Moisés...; os Escribas – que ao temerem a pronunciar o Nome de ‘Elo(rr)hím(i) – Yahu errado... conforme falava a Lei de maldições – e essa interpretação errada, e por medo, e, não por AMOR – assim acharam melhor, na colocação de vogais – sendo os sinais masoréticos. Que por vontade humana, tornou mas fácil a adulteração do nome de ‘Elo(rr)hím(i) e todo o mais....! Isto pode estar sendo operado hoje em dia nas Denominações que temos...!! Por isso todo cuidado é pouco: Jo 5,39; 2Co 13,5; 1Jo 4,1; 1Ts 5,16-23; etc. Porque Yahushua é Yahu – ‘Elo(rr)hím(i): Jo 6,7ss; 1,15-34; 1,18; 1,.30 [Eu e o Pai somos Um!], Jo 17,21-23; 14,28 (...O Pai é maior que [do que]Eu – subordinação – como ENCARNAÇÃO! Somos UM = Não uma só PESSOA – Mas a mesma essência ou NATUREZA! 1Tm 3,16; Is 40,3ss; Mt 3,3; Jo 1,1-14; Hb 1,3; 2Tm 4,1; 1,17; Jo 1,1-3.10.11; 20,28; Mq 5,2; Mt 2,6; Jo 2,24-25; 6,64; Hb 13,8; Mt 18,20; Jo 3,13; Mt 28,18; Fp 2,6; Cl 1,15; Jo 12,45. Pois se são um e se o Filho viesse com outro nome seria um falso deus. Pois entendo se são da mesma essência e mesma natureza também têm o mesmo Nome que Salva, Perdoa Pecados, o Nome de Amor, a sua criação e não vários nomes pois somos salvos por um único Nome de SALVAÇÃO...!!”}. .Anselmo Estevan.

           A leitura de 2Co 10 – 13 põe de manifesto outro grupo de adversários, caracterizado por sua inspiração judaica. Ela não permite definir se os membros desse grupo são servos do Christós, judeu-messiânicos, ou se permaneceram inteiramente judeus (aqui, o termo trás: “cristãos” – dando o entender de uma crença errônea misturada aos “católicos” – que idolatram imagens...!! Mas como não uso mais o termo cristão que é invenção dos próprios povos daquela época... Nesse caso, tive que fazer a “idéia” – do escritor ser entendida....). Grifo meu. Anselmo. Em 11,21-23, o apóstolo se coloca no mesmo plano que eles, e os seus adversários parecem pertencer à Igreja: “Hebreus... da descendência da Abraão... ministros do Christós”. Entretanto não passam de FALSÁRIOS, falsos apóstolos camuflados de apóstolos do Christós (11,13), manifestam uma confiança excessiva em si mesmos. Será que eles consideram insuficiente o decreto emitido pela assembléia de Jerusalém (At 15, Gl 2), fixando para os pagãos um mínimo de observâncias? Será que eles querem impor a totalidade das práticas judaicas aos que são de outra origem? É verossímil. Apóstrofes tão violentas não se dirigem a enviados de Pedro, que Paulo sempre respeitou, tampouco o emissário de Tiago, vindos de Jerusalém, mas antes a judeus da tendência dos zelotes (cf. At 21,20-36) que adotaram a fé (aqui novamente ocorre o erro da separação de crenças com um título inventado para separar os judeus [que por natureza ser o povo de Christós – são por natureza “messiânicos”], ao contrário de os “gentios” – se tornarem povo de Yahu com os sacrifícios do Messias... levam o título errôneo inventado de cristãos; aqui o fato se repete): repetindo o parágrafo acima: que adotaram a fé cristã, o que não contradiz a sua pertença a esse partido. {Obs. O descrito entre parêntese é grifo meu, só para entendermos  a linha de raciocínio do autor...!}. Paulo lhes demonstra a superioridade definitiva da nova aliança sobre a antiga (2Co 3,1-18). [Aqui, está literalmente a necessidade da Nova Aliança – o Novo Testamento. Pois ninguém pode se tornar superior a outrem e, usando o Nome do Criador para ser melhor... É Yaohu que julga! Ele é o juiz Supremo...! E esse acontecimento não podia continuar.. É por isso caros leitores que temos que tomar cuidado com o Gnosticismo “O poder da Mente humana sobre a Razão dos fatos – sendo insensíveis ao que está ao nosso redor e somente enxergando única e exclusivamente o que a nossa mente quer ver”. E, assim, desprezar o mais importante – o coração – o Amor ao próximo – que resume toda a Tanakh: {A palavra Tanakh é um acrônimo composto das iniciais das três principais divisões da Bíblia hebraica: Torah (a “Lei”, o Pentateuco), Nevi’im (Profetas) e K’tuvim (Escritos)}. Então não sendo apenas calculistas frios e agindo conforme a situação o pede a seu bel prazer....Pois, Yaohu é justo e imparcial. ELe é: Luz: 1Jo 1,5. Amor: 1Jo 4,16. Rúkha (Espírito): Jo 4,24. Fogo consumidor: Hb 12,29]. Anselmo Estevan.

           INTRODUÇÃO AS: EPÍSTOLAS PASTORAIS:



Conteúdo.

           As pastorais e o paulinismo. Em geral, a homogeneidade das Epístolas pastorais não é discutida. Outra é a questão da relação entre a teologia das Pastorais e o paulinismo. Ao fazer a comparação entre uma e o outro, descobrem-se há um tempo semelhanças impressionantes e sensíveis diferenças, e é a interpretação que se deve dar a este fato que suscita opiniões diametralmente opostas.



           Semelhanças. Pôde-se afirmar que “em nenhuma parte da literatura extrapaulina a doutrina paulina manifesta-se tão claramente quanto nas Pastorais”. E é um fato que, nas Pastorais, se encontra boa quantidade de grandes afirmações paulinas: a misericórdia divina manifestou-se em Yahushua Maschiyah, que veio para salvar os pecadores (1Tm 1,12-17); o homem salva-se pela graça (Tt 3,7) e por meio da fé (1Tm 1,16; 2Tm 3,15); a justificação pelas obras está excluída (Tt 3,5; 2Tm 1,9); há uma relação estreita entre o batismo e a salvação (Tt 3,5); a salvação dos homens efetua-se de conformidade com o plano eterno de Yahu (o “mistério” agora revelado: 1Tm 3,16). A tudo isso devem-se ainda acrescentar as exortações dirigidas aos escravos (1Tm 6,1-2) e as referentes à atitude a ser observada para com as autoridades (1Tm 2,1; Tt 3,1); o acento posto na utilidade dos sofrimentos do apóstolo em vista do bem dos fiéis (2Tm 2,10); a recordação dos sentimentos do apóstolo (tais como a humildade, 1Tm 1,12-14; ou seu afeto para com Timóteo, 1Tm 1,2.18; 5,23; 2Tm 1,2; 1,4; 4,9.21; etc.); a delicadeza que se deve demonstrar para com os que se desencaminham (2Tm 2,25). A lista dessas semelhanças é suficiente longa para obrigar-nos a admitir (no mínimo) que as Pastorais foram redigidas num ambiente paulino.



           Diferenças. Todavia, as diferenças entre a teologia das Pastorais e a grande corrente paulina são tão reais quanto as semelhanças. Se se encontram nas Epístolas pastorais as grandes afirmações paulinas referentes à salvação, estas, não raro, vêm expressas através de outro vocabulário. Em vez de ser considerada sobremodo como vínculo que prende o crente a Maschiyah, a fé é concebida, de preferência, como adesão e fidelidade à doutrina estabelecida (1Tm 4,1; 6,21), à “santa doutrina” (1Tm 1,10; 2Tm 4,3) ou ao “depósito” transmitido a homens como Timóteo (1Tm 6,20; cf. 2Tm 2,2). Fez-se notar também a insistência na prática das “boas obras” (1Tm 2,10; 5,10.25; etc.) e um conceito da moral que foi qualificada de “burguês”, por oposição às exigências mais radicais das grandes epístolas paulinas; “o lugar primordial da fé parece agora ter sido tomado pela ‘piedade’, termo que ocorre a cada passo nas Pastorais, sendo totalmente estranho ao vocabulário paulino”. O amor tende a tornar-se uma virtude equiparando às outras, em vez de ser a que comanda todas as demais (1Tm 4,12). As referências ao Rúkha hol RODSHUA são acessórias e verifica-se que a graça é considerada numa perspectiva assaz limitada (Tt 2,11-12). Finalmente, sublinha-se um enfraquecimento da expectativa escatológica, com uma acentuação na necessidade de viver piedosamente no tempo presente (Tt 2,11-14). Todos esses traços atestam ter-se chegado a uma época mais tardia, na qual não se pensa mais em assentar os fundamentos da fé, e sim em consolidar a Igreja e organizá-la em face das heresias que a ameaçam.



           Organização da Igreja. Num momento em que a maioria dos apóstolos já desapareceu, acentua-se a responsabilidade dos dirigentes das Igrejas, bispos e anciãos (ou presbíteros). Sob este ponto de vista, a situação que as Pastorais refletem é a do fim do século I; aqui, não se trata, como em tempos vindouros, da constituição de um episcopado monárquico, pois tanto os bispos como os presbíteros têm praticamente a seu cargo as mesmas funções (cf. 1Tm 3,1 nota). A ambos cabe a responsabilidade de velar pela fiel transmissão do ensino que receberam, unindo á sua pregação o exemplo de uma vida santa (1Tm 3,1-7. Tt 1,5-9). Devem confirmar na fé os fiéis, para enfrentarem as investidas dos falsos doutores. Quanto aos diáconos, que também devem levar uma vida exemplar (1Tm 3,8-13), então encarregados de serviços mais particulares em prol dos doentes e dos pobres. Chama bastante atenção verificar que os ministérios proféticos ou carismáticos são deixados em segundo plano, talvez devido a desordens semelhantes às que haviam sucedido na comunidade de Corinto. No seu conjunto, os ministérios ainda não estão claramente delimitados; trata-se do início de um movimento de organização que, no decurso dos tempos, a tradição definirá.



           As heresias. As heresias, contra que as Pastorais reagem sem cessar, e que tornam necessário o apelo à firmeza doutrinal, são definidas de forma demasiado geral para poderem ser assimiladas ao gnosticismo característico do século II. Os falsos doutores, que parecem atuar no âmago mesmo da Igreja, são influenciados mormente pelas doutrinas judaizantes: são sobretudo judeus (Tt 1,10), que se arvoram em doutores da lei (1Tm 1,7), que suscitam controvérsias a respeito da lei (Tt 3,9), e recorrem a mitos judeus (Tt 1,14), a lendas e genealogias (1Tm 1,4). Mas não é possível descobrir também no seu ensinamento o germe do dualismo gnóstico, como a interdição do casamento e certos tabus alimentares (1Tm 4,3), embora esses tabus possam ter provindo de ambientes judeus. A afirmação de que a ressurreição já se efetuou (2Tm 2,18) também pode ter uma origem gnóstica. Essas heresias andavam de par com o relaxamento moral (cf. os numerosos catálogos de vícios das Epístolas pastorais. Todavia, é preciso notar que tais catálogos eram muito conhecidos aos círculos estóicos: passaram para as nossas epístolas por intermédio dos ambientes da diáspora relacionados com a filosofia estóica. Sob este aspecto, esta influência estóica faz-se sentir particularmente nas Pastorais).

 Também houve quem pretendesse encontrar um argumento contra a autenticidade na luta que as epístolas travam contra o “GNOSTICISMO” (heresia que implicaria uma data de composição bem tardia). Mas heresias a que aludem caracterizam-se por numerosos traços judaicos e não apresentam de modo preciso as características do gnosticismo do século II. [HERESIA: Opinião doutrinária contrária à VERDADE RELIGIOSA (2Pe 2,1, RA]). {DOUTRINA: Conjunto de ensinamentos religiosos (Is 42,4;Mc 1,22). Um desses ensinamentos (1Co 14,26; 2Jo 10)}. “MAS SE ESSES ENSINAMENTOS – FOREM LEVADOS FORA OU MESMO ATÉ COLOCADOS AO LADO DO QUE JÁ ESTÁ DITO PELA PALAVRA DE YAHU [COLOCAR UM NOVO ALICERCE...], AÍ, SIM ENTRAMOS NO SÉRIO RISCO DE DISTORCER A PALAVRA DE YAHU! POIS NELA NADA DEVEMOS ACRESCENTAR OU TIRAR PARA QUE NÃO SEJAMOS ACHADOS MENTIROSOS...COMO A PRÓPRIA PALAVRA O DIZ!”. [Anselmo Estevan.].

TIMÓTEO







           INTRODUÇÃO





           Visão geral

           Autor: O apóstolo Paulo.

           Propósito: Orientar Timóteo em sua oposição aos falsos mestres em Éfeso.

           Data: 62-64 d.C.

           Verdades fundamentais:

           Devemos resistir à falsa doutrina na Igreja.

           As doutrinas legalistas afastam as pessoas do verdadeiro evangelho.

           O culto e a autoridade da Igreja devem ser cuidadosamente ordenados.

           Diversos grupos dentro da Igreja têm necessidades especiais.

           O amor pelo dinheiro não tem lugar no ministério do evangelho.





           Propósito e características

           Paulo havia deixado Timóteo em Éfeso para cuidar da Igreja como seu representante especial (1,3), e escreveu essa carta para ajuda-lo a tratar de uma série de questões doutrinárias que foram levantadas por falsos mestres naquele lugar. Paulo havia estabelecido a Igreja de Éfeso anteriormente, em sua terceira viagem missionária, quando passou cerca de três anos ali (At 19; 20,31). No final dessa viagem ele havia alertado os presbíteros efésios que falsos mestres, alguns oriundos da própria liderança, trariam problemas à Igreja (At 20,29-30). Essa epístola indica que a predição tornou-se realidade (1,6.19; 4,1-2; 6,3-5.10.21).

           Paulo descreveu a falsa doutrina em Éfeso como tendo se originado dentro da própria Igreja (1,6.19; 4,1; 6,10.21; 2Tm 2,18; 4,4). Ela se caracterizava por uma preocupação com fábulas (1,4; 4,7. 2Tm 4,4), genealogias (1,4), contendas sobre palavras (6,4; 2Tm 2,14.23), controvérsias (1,4; 6,4), conhecimento (6,20), loquacidade frívola (1,6) e falatórios inúteis e profanos (6,20; 2Tm 2,16). As falsas doutrinas incluíam proibições contra o casamento e certos alimentos (4,3), bem como a crença de que a ressurreição já havia acontecido (2Tm 2,18). Os falsos mestres interpretavam de modo incorreto a lei judaica (1,7) e, desse modo, colocavam restrições à oração (2,1-7). [Bem, o texto é um pouco grande. Quem quiser se aprofundar melhor é só ler o livro mesmo, isto é só um resumo do mesmo. MAS, NO MEU VER TUDO REFLETE EXATAMENTE A DATA EM QUE ESTAMOS VIVENDO HOJE E VIVENCIANDO TUDO ISTO – 24/04/2011. Anselmo Estevan.]. Mas, isto não pode ficar de fora:

           Líderes específicos do movimento incluíam Himeneu (1,20; 2Tm 2,17). Alexandre (1,20) e Fileto (2Tm 2,17). Aqueles que buscavam posição de liderança no movimento aparentemente o faziam para obter lucro financeiro (6,5.10). Os falsos mestres provocavam divisões (6,4-5) e parecem que eram especialmente eficientes em enganar as mulheres (2,14; 2Tm 3,6-7).

           Um bom número dessas características – o ensino doutrinário específico, o interesse por fábulas e genealogias e a preocupação com o “CONHECIMENTO” (a palavra grega é GNOSIS) – sugerem que a falsa doutrina em Éfeso pode ter sido uma forma incipiente de gnosticismo, movimento herético que se tornou forte concorrente da Igreja ortodoxa em desenvolvimento nos séculos 2 e 3.



{Veja o quê este termo significa: Gnosticismo – Termo derivado do grego gnosis, conhecimento, e que designa um tipo de filosofia religiosa do segundo século da era cristã. No NT já há sinais de certos desvios doutrinários dos gnósticos. O gnosticismo era uma mistura de elementos judaicos, cristãos e pagãos com vistas a responder a duas perguntas: a) Como reconciliar a presença do mal num mundo criado por um (Deus) – Yaohu perfeito e bom? b) Como se prendeu o espírito à matéria, que é má, e como libertá-lo? A primeira questão era resolvida assim: Yaohu criou uma série de seres que foram se tornando imperfeitos (DEMIURGOS), e um deles criou o mundo com seus males. A segunda questão era resolvida ou por uma vida ASCÉTICA (Cl 2,21-23; 1Tm 4,3) ou por uma vida de LIBERTINAGEM (2Tm 3,2-7; Tt 1,16; 2Pe 2,12-22; Jd 4,8). Para os gnósticos o corpo de Yaohushua não era real: era um fantasma (1Jo 2,23; 4,2-3). E a salvação não era pela fé, mas pelo conhecimento (1Co 13,2; 1Tm 6,20). Sem dúvida alguma esse ensinamento não entrou e nem está nas Bíblias ou na Escritura Sagrada. Somente afetaram os nomes de pessoas, lugares etc. Como o Nome do próprio Criador. [Porque Christós enviou-me não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Christós se não faça vã. (1Co 1,17). As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o RÚKHA hol – RODSHUA ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais! (1Co 2,13). Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com simplicidade e sinceridade de Yahu, não com sabedoria carnal, mas na graça de Yahu, temos vivido no mundo e maiormente convosco. (2Co 1,12). Por isso, insisto: Seja você um Remanescente – que procura se libertar do conhecimento carnal e somente adquirir o “conhecimento espiritual o que vem do RÚKHA hol – RODSHUA”.]}. Anselmo Estevan.



EPÍSTOLAS PAULINAS: (2ª).



           A comunidade de Corinto. Paulo passou pelo menos dezoito meses em Corinto para aí anunciar o Evangelho (At 18,1-8), de 50 a 52. Segundo alguns cálculos, sempre discutíveis, Corinto contava na época mais de meio milhão de habitantes, dois terços dos quais eram escravos. Destruída em 146 a.C., reconstruída com anos mais tarde por César, era uma cidade nova que devia a sua prosperidade extraordinária à situação geográfica e aos dois portos: Cencréia, no mar Egeu (golfo Sarônico), o outro, Lequéia, no Adriático (golfo de Corinto).

           Ela possuía as características que distinguem em todas as épocas a vida dos grandes portos: população muito heterogênea na qual todas as raças, todas as religiões convivem lado a lado; numerosas atividades comerciais e industriais: vida fácil de uns e pobreza dos outros; multidão de escravos há labuta. Mas essa cidade cosmopolita era também um centro intelectual onde todas as correntes de idéias estavam representadas. No século II, um retórico podia felicitar Corinto pelo número de suas escolas, dos seus filósofos e dos seus letrados, com que se podia topar em cada esquina. Era igualmente um centro religioso onde os cultos do Oriente exerciam indiscutível sedução. Sempre no século II, encontravam-se ali santuários de Ísis, Serápis e Cibele, ao lado de templos consagrados a Júpiter e às divindades tradicionais. [É nesse ponto que a minha apostila bate: “Em todo ídolo ter um nome próprio – e, ser reverenciado como tal...” E o Nosso “Deus” – somente conhecido por este título... e quando lhe deram um suposto “nome” – foi um substantivo – sendo “SENHOR” – adquirido como Nome próprio! NUNCA, MAS NUNCA MESMO! POR ISSO ESTOU REVELANDO O SEU NOME PRÓPRIO – YAHU!] Anselmo Estevan. Quanto ao relaxamento dos costumes em Corinto, sem dúvida não era pior que o de todas as grandes cidades do mundo greco-romano.

           Por sua composição, a comunidade messiânica reunida pela pregação de Paulo era o reflexo fiel da cidade. Havia ricos e havia pobres (11,21-22), mas os primeiros eram uma fraca minoria (1,26); o conjunto era composto de gente simples, de escravos (7,21), em resumo, de gente desprezada (1,28).

           Esses messiânicos formavam uma comunidade animada e fervorosa, mas que ficava muito exposta aos perigos da corrupção da vida ambiente: moral sexual dissoluta (6,12-20), pendências, disputas e lutas intestinas (1,11-12; 6,1-11), sedução da sabedoria filosófica de origem pagã, que se introduzia na Igreja revestida de um verniz messiânico superficial (1,19 – 2,10), e que pervertia as certezas fundamentais da nova fé (1Co 15); atração também dos cultos secretos e das correntes de pensamento que se difundiriam no século II sob o nome genérico de “GNOSTICISMO”, cujas manifestações desordenadas ameaçavam reproduzir-se nas assembléias messiânicas (12,1-2 e 14,26-38). A planta messiânica era sadia e vigorosa, mas suas raízes mergulhavam numa terra que não lhe era homogênea. Situação anormal à qual o Rúkha acudia distribuindo com abundância os seus dons excepcionais (12 – 14) e que Paulo, em suas cartas, procurava modificar, fornecendo ao novo rebento o húmus messiânico que lhe faltava.



COLOSSENSES







Propósito e características

           A epístola aos Colossenses foi dirigida aos messiânicos que estavam sob a influência de um falso ensino que misturava elementos da filosofia grega com o judaísmo. Em parte, esse movimento ensinava que os messiânicos de Colossos estavam sujeitos a uma diversidade de forças espirituais que precisavam ser apaziguadas por meio da veneração, do asceticismo e da observância de dias santos especiais.

           Paulo escreveu para ajudar os membros da Igreja em Colossos a permanecerem firmes na verdade de que Yahu já os havia aceitado em virtude da união deles com Maschiyah. Conquanto a perfeição, ou a maturidade, permanecesse diante deles como um objetivo a ser buscado (1,22-23.28), eles já estavam “aperfeiçoados” (2,10), por meio de Maschiyah, o Perfeito.

           É difícil reconstruir precisamente os elementos do falso ensino ao qual Paulo reagiu porque a epístola é mais uma positiva afirmação da suficiência da pessoa e da obra de Maschiyah do que um combate ao erro. No entanto, certos aspectos desse falso ensino vêm à tona.

           Em primeiro lugar, esse movimento alegava ser uma “filosofia” (2,8). Como foi freqüentemente o caso no período helenístico, a palavra filosofia não se referia a uma nacional, mas a especulações a respeito do oculto e a práticas baseadas num corpo de “tradição” (2,8).

           Segundo, aparentemente esse falso ensino era muito dependente do judaísmo. Ele dava grande valor às ordenanças legais derivadas do Antigo Testamento, tais como as regras alimentares, o sábado e a observação da lua nova, bem como a outras prescrições do calendário judaico (2,16). [Então, por tudo isso; é que o Nome de ‘Elo(rr)hím(i) nunca foi dito, pronunciado, mas, sim: BLASFEMADO ENTRE OS GENTIOS PELO SEU PRÓPRIO POVO DEVIDO A REGRAS HUMANAS... QUE NA MAIORIA DAS VEZES SE TORNAM INÚTEIS COMO A ALGUNS CASOS JÁ CITADOS...; COMO DESCREVE ESSE TEXTO...!]. Anselmo Estevan. A menção da circuncisão (2,11) também aponta para a natureza judaica do falso ensino, mas isso não sugere que o ritual do Antigo Testamento fosse um tema central em Colossos, como era na Galácia.





SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO







           INTRODUÇÃO







           Visão geral

           Autor: O apóstolo Pedro.

           Propósito: Encorajar os messiânicos perseguidos e confusos a permanecerem unidos em sua fé.

           Data: 65-67 d.C.

           Verdades fundamentais:

           Os messiânicos devem crescer espiritualmente em virtude das grandes bênçãos em O Mashiach.

           A certeza do retorno do Mashiach vem do testemunho de pessoas que viram O Mashiach pessoalmente e das Escrituras. (Não, a “Bíblia”)!

           Yahu irá julgar com rigor os FALSOS MESTRES que negam a volta de Maschiyah – O MASHIACH!

           Yahushúa ainda não voltou porque Yahu é paciente com seu povo.

           Os messiânicos devem ser pacientes; contudo, devem procurar acelerar o dia do retorno do Mashiach pela oração, pela obediência e pelo evangelismo.





           Propósito e características

           (Lembrando que os “GNÓSTICOS”, SÃO FALADOS NOS LIVROS DE: 1Jo; 2Jo; 3Jo; 2Jo 9). Grifo meu.

           2 Pedro foi escrita para messiânicos que estavam sendo ameaçados por falso ENSINO (2,1). Em resposta a esse falso ensino, Pedro enfatizou a verdade e as implicações morais do evangelho.

           Esse falso ensino parece ter sido um precursor do GNOSTICISMO, um termo que designa uma variedade de movimentos heréticos nos primeiros séculos messiânicos (ESPECIALMENTE NO SÉCULO 2) que combinavam as idéias da FILOSOFIA GREGA, do misticismo oriental e do CRISTIANISMO. O protognosticismo com que Pedro deparou ensinava que a salvação se dava por meio do conhecimento intuitivo e esotérico, e não por meio da fé no Mashiach.

           Como eles prezavam muito mais a mente do que o corpo, os GNÓSTICOS DO SÉCULO 2 MUITAS VEZES CAÍAM EM FRAGRANTE IMORALIDADE OU RIGOROSO ASCETISMO. O ascetismo não foi tratado em 2 Pedro, mas a imoralidade é claramente repreendida (2,13-19). Os FALSOS MESTRES aparentemente usavam a liberdade messiânica como uma licença para pecar, especialmente para cometer imoralidade sexual (2,14). Além do mais, eles eram culpados de negar a Yahu (2,1), desprezar as autoridades e os seres celestiais (2,10) e zombar da segunda vinda do Maschiyah O Mashiach (3,3-4).



Adversários e destinatários. O autor denuncia “ímpios” que se infiltraram na Igreja (2,1). Quem são eles? Convertidos à fé messiânica, eles a renegaram e ameaçam por então perverter a comunidade, prometendo-lhe uma falsa liberdade (2,19). A heresia deles é simultaneamente teológica – estes falsos doutores renegam o YHVH que os remiu e desprezam os anjos (2,10-11) – e moral: eles levam uma vida devassa e são insaciáveis no pecado (2,14).

           Para os identificar, tem-se falado de “GNÓSTICOS”; estes, julgando-se dotados de um conhecimento superior e de uma total liberdade, professam o desprezo pela carne, mas nem por isso deixam de levar uma vida dissoluta; assim se poderiam explicar os aspectos moral e teológico de seus erros e a insistência do autor sobre o “conhecimento” messiânico, que ele opõe à falsa ciência dos hereges (1,2.3.5.8.12.16; 2,20.21; 3,17-18). Com relação ao seu desprezo pelas “Glórias” (2,10) difícil é captar exatamente a alusão: cometem, eles, a juízo do autor, o pecado de nomear os anjos? De fato, encontra-se no judaísmo – e em particular entre os essênios – a menção a semelhante proibição, motivada pelo respeito aos anjos e pelo temor de recorrer a seu nome para fins mágicos. Ou, pelo contrário, negam-lhes eles toda realidade ou toda superioridade, ultrapassando nisto o pensamento de Paulo, que se contentava em sublinhar a inferioridade dos anjos com relação ao Mashiach (Ef 12,1; Cl 2,15)? É difícil precisa-lo bem, pois, na longa série de invectivas do cap. 2 o autor se vale de expressões convencionais, traçando, como foi dito, uma espécie de “retrato-robô” do ímpio.



Canonicidade. Justamente com o Apocalipse, este foi o livro do NT que teve mais dificuldades para ser reconhecido como canônico. Foi através da Igreja de Alexandria que esta carta penetrou lentamente no universo das Igrejas. Ausente do cânon de Muratori (pouco antes do ano 200), ela é citada pela primeira vez por Orígenes (nascido em 185/6 e falecido em 254), que a aponta como contestada. Eusébio (falecido em 340) ainda a relaciona entre os escritos controversos. Foi só no século V que a epístola foi reconhecida pela maioria das Igrejas e no século VI, na Síria. No entanto, por volta de 200, ela consta de uma versão egípcia do Novo Testamento e, lá pelos fins do século III, no papiro 72.



PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO







Pano de fundo literário e doutrinal. À primeira vista, influência do AT sobre as cartas reduz-se a pouca coisa, pois nelas João faz uma única alusão direta a um texto da Lei (cf. 1Jo 3,12). Entretanto, não faltam as expressões bíblicas: “fiel e justo” (1Jo 1,9), “conhecer a ‘Elo(rr)hím(i) – Yahu” (2,3.4.14; etc.), “vitima de expiação” (3,2; 4,10), “um pecado que conduz à morte” (5,16) etc. Mas a presença do AT na carta maior deve ser procurada sobretudo no tema central que desenvolve, o da comunhão com Yahu e do “conhecimento” de Yahu: segundo mais de uma passagem, “conhecer a Yahu” parece identificar-se com o conhecimento de Yahu que Jeremias apresentava como sinal distintivo da nova Aliança (cf. as notas sobre 1Jo 2,3.13.20.27; 3,9; 5,20.21).

           Todavia, no plano do vocabulário, é com o judaísmo palestinense, especialmente com a corrente representada pelos escritos de Qumran, que o autor tem mais afinidade. Vocábulos ou expressões com “andar na verdade” (1Jo 1,6), “o espírito da verdade” (4,6), “a iniqüidade” (3,4), como também o contraste tão fortemente acentuado entre Yahu e o mundo (4,4-6), a luz e as trevas (1,6-7; 2,9-11), a verdade e a mentira (2,21.27), se encontram igualmente na Regra de Qumran. O dualismo joanino não é metafísico e cósmico, como no GNOSTICISMO, e sim moral e escatológico: pois reside no coração do homem, por certo fraco e pecador, mas capaz de conversão e, portanto, de união com Yahu. Pela importância acentuada atribuída ao conhecimento, as cartas, situam-se na corrente do judaísmo apocalíptico e sapiencial, que se interessava particularmente pela revelação dos mistérios. Mas essas fórmulas, vindas do judaísmo, são sempre reinterpretadas pelo autor de modo pessoal, em função da christólogia.



EPÍSTOLA DE JUDAS



O leitor moderno corre o risco de ficar desconcertado com a Epístola de Judas, cuja mentalidade lhe parecerá estranha: é que muitas alusões podem escapar-lhe.

           Esta epístola previne o leitor contra falsos doutores, difíceis de identificar. O retrato dos adversários inclui traços convencionais, clichês da literatura polêmica do judaísmo contemporâneo da era messiânica: esses homens são glutões, devassos, gananciosos, interesseiros... São acusados de introduzir divisões na Igreja, de insultar ao anjos, de renegar o YHVH Yahushúa O Mashiach (Maschiyah). Tratar-se-ia de gnósticos, de pessoas com pretensão a ser os detentores do único verdadeiro conhecimento (gnose) que salva e em nome do qual desprezam a carne, entregam-se a vícios contra a natureza e põem em dúvida a Encarnação? Isto explicaria por que o autor os chama, ironicamente, de “psíquicos” (v. 19): eles, que se gabam de possuir uma essência superior, são na realidade movidos por seus próprios instintos e não pelo Rúkha Qadôsh (Espírito Santo). Não obstante, é difícil delimitar as suas doutrinas. Só tentaremos caracterizar o ambiente do autor.

           Este ambiente se manifesta em estreita conexão com os círculos que, a partir do século II a.C., viram a elaboração da literatura apocalíptica e transmitiram obras como o livro de Henoc, a Assunção de Moisés, os Testamentos dos Doze Patriarcas. O autor cita até textualmente uma passagem do livro de Henoc (vv. 14-15) e utiliza tanto a própria Assunção de Moisés, como um documento parecido (v. 9).

           Esse mesmo ambiente dá ainda grande importância à veneração de certas categorias angélicas (v. 8); caracteriza-se pelo horror à contaminação e pela separação dos ímpios, quando considerados incuráveis: “Execrando-se até a túnica contaminada pela carne” deles (v. 23). Estas concepções – opostas às concepções propriamente paulinas – encontram-se na literatura qumrânico-essênia, na qual circulavam igualmente as obras apocalípticas acima mencionadas. Há aí um elemento interessante para tentar definir os círculos judeu-messiânicos em que foi elaborada a Epístola de Judas. Todavia, a veneração do autor pelos anjos não prejudica a sua christólogia, já que ele confessa, contra os adversários, o “YHVH YahuShúa Maschiyah” (v. 4); Yahushúa é aquele em quem é necessário pôr a própria expectativa para a vida eterna (v. 21).

           É também numa linha apocalíptica que se situa a pregação da epístola a respeito do julgamento dos ímpios. O castigo virá inexoravelmente; já está prefigurado na condenação dos anjos culpados, na punição de Sodoma e Gomorra, no extermínio das gerações incrédulas no deserto. Repare-se na mentalidade tipológica que subjaz a estes exemplos. Os ímpios aparecem já castigados pelas grandes condenações de outrora; o autor chega até a dizer que eles pereceram na revolta de Core (v. 11). O presente já está anunciado e contido no passado. Esta atualização da Escritura prolonga concepções judaicas: ela é marcada por uma época; mas é um jeito de afirmar que as maneiras de agir de ‘Elo(rr)hím(i) Yahu permanecem idênticas, e que a Escritura continua como norma sempre válida para o tempo presente. (Observe que não é a “Bíblia” mas sim a: “ESCRITURA SAGRADA QUE É COLOCADA EM PAUTA...!”) grifo meu.

           O autor da epístola apresenta-se como senso Judas, irmão de Tiago. De fato, o Novo Testamento fala de Tiago e Judas, irmãos do YHVH, irmãos também de Joset (ou José) e de Simão (Mc 6,3; Mt 13,55). Tratar-se-ia pois de Judas, distinto de Judas Tadeu, um dos Doze, citado em Lc 6,16; At 1,13 (cf. Mc 3,18; Mt 10,3). Mas terá sido mesmo ele o autor desta epístola? Com efeito, algumas indicações da epístola revelam-se pós-apostólicas (no v. 3 fala-se da fé transmitida aos santos e, sobretudo, no v. 17, do ensinamento dos apóstolos, que parecem pertencer em bloco ao passado): o autor deve, portanto, basear-se em ensinamentos de Judas, irmão do YHVH. Nas esferas em que ele vivia, veneravam-se os irmãos de Yahushúa, Tiago e Judas, e se divulgavam os seus ditos. Por outro lado, não se poderia atrasar demais a data de uma epístola que deita tais raízes num ambiente judaico antigo. Pode-se pois considerar como data os anos entre 80-90.

           Apesar de seu caráter particular, a Epístola de Judas foi reaproveitada pela segunda epístola de Pedro (cf. a introdução a 2Pe). Devia, portanto, gozar de certa notoriedade e não se poderia minimizar a força da corrente judeu-messiânica que a subtende e da qual ela nos fornece aspectos desconhecidos. Sua admissão no cânon apresentou dificuldades, principalmente nas igrejas da Síria. No século IV, Eusébio observa que alguns a contestam. Mas, por outro lado, ela é citada como Escritura pelo cânon de Muratori (pouco antes do ano 200) e por Tertuliano (por volta do ano 200); é comentada por Clemente Alexandrino (inícios do século III) e citada por Orígenes (nascido em 185/6, falecido em 254). Foi, portanto, aceito muito cedo em Roma. Alexandria e Cartago. Segundo Jerônimo (nascido cerca de 345 e falecido por volta de 420), as reticências que envolvem a epístola deviam-se aos empréstimos feitos por ela a escritos não reconhecidos pelas Igrejas.



           Consegue ver a influência do termo gnose gnosticismo na palavra do ETERNO! Por isso, mesmo, devemos mais amor a sua Palavra! E menos sabedoria humana! Mas, sempre procurar pela sabedoria divina a que vem do ETERNO SOMENTE! AMOR: “A PALAVRA CHAVE”!



           BÍBLIA DE ESTUDO: PALAVRAS-CHAVE: HEBRAICO – GREGO DA EDITORA CPAD; BÍBLIA DE ESTUDO TRADUÇÃO ECUMÊNICA TEB; FORAM UTILIZADAS NESTA PESQUISA! TAMBÉM O DICIONÁRIO DA BÍBLIA DE ALMEIDA FOI UTILIZADO NESTA PESQUISA – FEITA POR: ANSELMO ESTEVAN. E, CONTÉM GRIFOS MEUS NOS ESTUDO! ANSELMO ESTEVAN.

Nenhum comentário:

Postar um comentário