quinta-feira, 1 de setembro de 2011

YA'AKOV (TIAGO).

2ª CARTA GERAL/CATÓLICA




EPÍSTOLA DE TIAGO







INTRODUÇÃO





Visão geral

Autor: Tiago, o irmão de YahuShúa.

Propósito: Ensinar a sabedora de Yahu para perseverar em meio às dificuldades até o retorno do Messias! [Observe: que não os ensinamentos de homens. Mas, de Yahu - Ul]. Anselmo.

Data: 44-62 d.C.

Verdades fundamentais:

Os messiânicos devem receber sabedoria de Yahu para permanecerem fiéis em meio aos sofrimentos e conflitos.

O fato de ouvir a Palavra de Yahu deve levar a praticar a Palavra de Yahu.

A fé salvadora revela-se na boa obra de cuidar das pessoas necessitadas.

A sabedoria divina ensina os messiânicos a amarem-se e a servirem-se mutuamente. (Isso é ser um verdadeiro EVANGÉLICO...! Não o contrário....!!!). Anselmo.

A harmonia na comunidade messiânica é de grande importância. [Ta vendo!! É isso que digo e repito: Esse deve ser o verdadeiro evangelho e a verdadeira pregação...sendo que, temos que procurar o “ser” interior dos “crentes”..depois, o resto virá..., pois a Palavra diz: PROCURE PRIMEIRO O REINO DOS CÉUS. O RESTANTE, LHES SERÁ ACRESCENTADO...!!!]. Anselmo.





Propósito e características

Tiago escreveu para os messiânicos – (cristãos). Só que não uso esse termo por ter sido inventado pelo povo helenista dá época....conforme explicado nesta apostila...!! E, se somos um só povo para Yaohu com o sacrifício de seu único Filho amado!! Não deve haver diferença entre messiânico (que representa o povo judeu) e a invenção do nome “cristão” = seguidor de “Cristo” – já, uma vez, que esse nome quando veio para a transliteração a língua portuguesa – a transliteração foi erroneamente colocada como: Cristo – que não representa o nome correto - MESSIAS, O UNGIDO, (CHRISTÓS!! FORMA GREGA). (DO HEBRAICO – MASHIACH). E, PELO SEU SACRIFÍCIO ÚNICO NA “CRUZ”. TORNOU DOS DOIS POVOS UM POVO...ENTÃO NÃO ADMITO TAL DIFERENÇA CITO: Rm. (Rm 8; 15ss; e, demais capítulos...). Por isso uso o termo MESSIÂNICO – SEGUIDOR DO MESSIAS! Ao invés do termo “Cristão”! Anselmo. Voltando ao texto: que haviam sofrido perseguições. Ele os encorajou a buscarem sabedoria, fortalecerem a fé e mostrarem essa fé por meio da obediência a Yahu, especialmente no relacionamento com outras pessoas.

O livro de Tiago tem sido considerado variavelmente uma epístola, um sermão (para ser lido em voz alta nas Igrejas), uma forma de literatura da sabedoria, uma diatribe (expressando as idéias de uma pessoa como uma conversa interior) e uma parênese (um texto que junta admoestações e exortações de natureza ética). Essas categorias não são mutuamente excludentes, e há elementos de cada uma delas em Tiago.

O livro possui traços marcantes do judaísmo e contém várias referências ao Antigo Testamento (Antiga Aliança). O paralelismo como o que é encontrado na poesia bíblica (1,9-10) está presente, juntamente com provérbios, imagens vívidas tiradas da natureza e agrupamentos de ditos que revelam uma marcante semelhança com o estio de Yahushúa.

Tiago chamou a atenção para a necessidade da sabedoria divina, especialmente nos tempos de provação e dificuldades. Ele estimulou seus leitores a orar pedindo sabedoria e para atentarem para seus sinais distintos na própria vida. A sabedoria de Yahu resulta numa vida de acordo com a Palavra de Yahu e é caracterizada pelo serviço humilde a Yahu e aos outros!







À primeira vista, a Epístola de Tiago nada apresenta de misterioso. Começa com uma fórmula epistolar comum, na qual o autor é nomeado, depois designado como messiânico de certa importância. O excelente grego em que está redigida, a presença, nos caps. 2 e 3, de pequenos desenvolvimentos escritos no estilo vivo da “diatribe”, tão freqüente na filosofia popular, o uso constante que o autor parece fazer, não do texto hebraico, mas da versão grega da Septuaginta, quando cita o Antigo Testamento, são outros tantos indícios de uma origem helenística. A viva polêmica de 2,14-26 contra uma interpretação abusiva da doutrina paulina da salvação pela fé sem as obras permite situar, com certeza, a composição da epístola algum tempo após a metade do século I, época dos grandes êxitos missionários do apóstolo Paulo, ao passo que a ausência de toda alusão política e de qualquer menção ao Templo de Jerusalém parece excluir o período da revolta de 66-70 e a década seguinte. Enfim, a Epístola de Tiago não contém nenhuma exposição doutrinal comparável às que constituem o atrativo – e também a dificuldade – das epístolas de Paulo ou de João. Apenas oferece um ensinamento moral, às vezes banal, e que, em todo caso, faz consideráveis empréstimos à moral helenística do tempo.

Alguns problemas. Sob essa aparente limpidez, no entanto, dissimulam-se árduos problemas. Percebeu-o muito bem a tradição posterior que, freqüentemente, hesitou em atribuir à Epistola de Tiago a mesma autoridade que às de Paulo. Enquanto, desde o século II, a primeira epístola de Pedro e a primeira de João eram admitidas por todos como Escritura, a Epístola de Tiago, só muito aos poucos, a partir dos começos do século III, tomou lugar no Novo Testamento. Somente pelos fins do século IV, após longos debates, a ela foi conferida, no Ocidente, a autoridade canônica que o Oriente já lhe reconhecia da maneira quase unânime. Sabe-se que Lutero voltou a suscitar a discussão em torno desta epístola, cuja doutrina lhe parecia muito pouco “apostólica”, a ponto de chegar, às vezes, a sustentar que se tratava de um escrito judaico a excluir do cânon. Embora não tenha tido seguidores, a dificuldade que teve a Epístola de Tiago para se impor, no decorrer dos séculos, é significativa: a obra situa-se fora das grandes correntes da teologia messiânica do século I.

Também a atribuição tradicional da epístola a Tiago, irmão do Ungido, levanta um problema. Mesmo se renunciarmos a identifica-lo com Tiago, filho de Alfeu e membro do grupo dos Doze (cf. Mc 3,18 e par.), este personagem tão importante, da Igreja de Jerusalém (cf. Gl 1,19; 2,9.12; At 12,17; 15,13-21; 21,18-25) parece ter sido um puro palestinense, ao qual era bastante estranha a cultura grega (cf. particularmente Eusébio, História eclesiástica, II, 23,4-18). Como imaginar tenha ele escrito uma obra tão visivelmente grega? Tomada ao pé da letra, tal atribuição não é pois, verossímil. No entanto, é demasiado antiga e difundida para ser descartada sem mais. Ela obriga a dar-se conta de que nem tudo é totalmente grego na Epístola de Tiago: seu vocabulário e sua sintaxe comportam alguns semitismos que, sem dúvida, não poderiam ser atribuídos somente à influência da versão da Septuaginta, a justaposição de sentenças breves ligadas entre si por simples palavras-colchete, a que se reduzem, quanto ao essencial, os caps. 1 e 4-5, é muito pouco conforme aos cânones literários helenísticos; certo parentesco com o Sirácida sugere a existência de contatos com os livros sapienciais judaicos; a importância dada aos motivos escatológicos, em particular ao tema do juízo (2,12-13; 4,12; 5,9-12), faz pensar no judaísmo palestinense e no ensinamento de Yahushúa. Não é, pois, impossível imaginar que Tiago, irmão do YHVH, tenha deixado sua marca na epístola. Alguns admitem que ele tenha encarregado um secretário de língua grega de redigi-la em seu nome segundo suas instruções. Outros, com mais verossimilhança, acreditam que havia uma tradição das palavras de Tiago comparável, guardadas as devidas proporções, à tradição sinótica, e que ela foi utilizada por um escritor que, de acordo com os hábitos literários daquele tempo, queria submeter o seu escrito a um patrocínio famoso. [SIRÁCIDA – VER: ECLESIÁSTICO:Livro APÓCRIFO, classificado como LITERATURA DE SABEDORIA. É conhecido também pelos nomes de “Sirácida” e “Sabedoria de Jesus, filho de Siraque”. Mais tarde, aí por 132 a.C., foi traduzido para o grego pelo seu neto. O autor defende os valores religiosos e o modo de vida dos judeus, tentados a abraçarem a filosofia e os costumes gregos]. Nesse caso, dever-se-ia datar a epístola dos anos 80-90,

Os exegetas modernos puseram o dedo em outro problema delicado que surge a respeito da Epístola de Tiago: endereçada “às doze tribos da Dispersão”, isto é, a judeus, tomando-se aquela expressão ao pé da letra, a epístola só menciona o nome de Yahushúa – o Mashiach duas vezes (1,1 e 2,1) e de maneira tão fugaz que alguns críticos viram nisso adições posteriores destinadas a messianizar um escrito puramente judeu. Afastada essa hipótese aventurosa que o debate pós-paulino de 2,14-26 torna indefensável, permanece a verdadeira questão: a quem pôde um autor messiânico destinar uma obra em que a pessoa de Mashiach desempenha papel tão secundário? Sem dúvida, a messiânicos de cultura grega que conservaram alguma relação com as sinagogas às quais haviam outrora pertencido; mas também, muito provavelmente, a judeus helenizados, talvez de tendência essênia, que ele esperava conquistar, acentuando pontos que os messiânicos tinham em comum com eles: o zelo pela lei moral, o ideal de pobreza, a intensidade da espera escatológica, a fé no Yahu único revelado no Antigo Testamento.





Situação da epístola. Mais que qualquer outro elemento, o que aproximava uns dos outros esses messiânicos e judeus era a ética que praticavam. Daí a importância predominante concedida na epístola às questões morais, bem como à mistura íntima dos motivos judaicos e gregos pela qual a parênese de Tiago se aparenta com a do judaísmo helenístico. Mas a ética ensinada pelo autor não se reduz à repetição de banalidades aceitáveis por todos. Comporta aspectos originais que permitem situar melhor a epístola. São eles, em primeiro lugar, os três desenvolvimentos de 2,1 – 3,13 que concernem à maneira de celebrar o culto: atribuição dos lugares (2,1-13), ordem do serviço (3,1-13), consequências práticas da fraternidade cultural (2,14-26). Essas três passagens assestam uma polêmica bastante viva contra os maus hábitos contraídos, talvez, em algumas Igrejas paulinas que também eram as que haviam rompido mais completamente com o judaísmo. Outra originalidade da moral de Tiago é a extrema severidade de seus ataques contra os ricos (1,9-11; 2,5-7; 4,13-17; 5,1-6), demasiado precisos e vigorosos para não passarem de literatura. Duas ou três características dessas passagens levam a pensar que essas violentas críticas são destinadas, pelo menos em parte, a judeus notáveis (2,6-7; 5,6).

O autor da Epístola de Tiago parece, pois, travar um combate em duas frentes, contra igrejas muito servilmente apegadas à memória de Paulo, de uma parte, e, de outra, contra os judeus ricos. Assim, ele espera unir os outros messiânicos e os judeus de condição modesta que, a seus olhos, constituem juntos “as doze tribos da Dispersão”. Concebível por volta de 60-65, tal empresa situa-se, mais provavelmente, depois de 80, antes da adesão definitiva das sinagogas da Dispersão à concepção farisaica do judaísmo. Ela interessava a toda a diáspora de língua GREGA, podendo a epístola, no entanto, ter sido redigida em uma cidade helenófona da Palestina, como Cesaréia ou Tiberíades.

Um leitor do século XX, habituado a distinguir claramente entre judaísmo e (cristianismo), (TERMO INVENTADO PELO POVO HELENISTA... CONFORME CITADO ANTERIORMENTE E CONFORME AS ESCRITURAS SAGRADAS DOS DOIS POVOS UM, UM ÚNICO POVO FOI FEITO ENTÃO NÃO CONCORDO COM ESSA SEPARAÇÃO [GREGO, JUDEU, E O TERMO INVENTADO CRISTÃO – QUE ERRONEAMENTE SEGUE O TERMO {CRISTO} EM VEZ DO TERMO CORRETO – MASHIACH – O UNGIDO! REFERINDO-SE AO TERMO CORRETO “MESSIAS” SEGUIDOR DO MESSIAS! CITO Rm 2,12-16; Rm 11; 9; 8; “Gálatas 3,28”. EXATAMENTE POR ISSO NÃO FAÇO SEPARAÇÃO DO TERMO É E TEM QUE SER “MESSIÂNICO!”]. Anselmo Estevan.), terá certa dificuldade em compreender a mentalidade que possibilitou essa tentativa de aproximação. Contudo, na hora do diálogo ecumênico e da liquidação do contencioso judeu-messiânico (representando os dois povos num único povo), na época da economia de abundância e dos povos reduzidos à miséria, não há dúvida de que a Epístola de Tiago tem um ensinamento a dar. É, pois, uma felicidade que, do lado protestante, se haja renunciado a trata-la desdenhosamente de “epístola de palha” (Lutero) e a censurar-lhe as insuficiências da cristologia (eu chamo: messiologia) e da soteriologia e que, do lado católico, se haja compreendido que ela poderia ser utilizada para fins bem mais proveitosos do que simplesmente justificar o sacramento dos enfermos (cf. 5,14-15) ou, pior ainda, criar polêmica contra a concepção protestante da SALVAÇÃO pela fé (cf. 2,14-26).

SOTERIOLOGIA: ESTUDO DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO!





Divisões da epístola. Inútil procurar na epístola um plano preciso, além do que é sugerido pelas mudanças de estilo constatadas em 2,1 e 3,13. A seção central, que se estende entre esses dois pontos, compreende três desenvolvimentos bastante coerentes, unidos entre si pelo objeto comum de suas críticas – o culto celebrado em algumas Igrejas de tradição paulina – e pelo recurso a procedimentos retóricos freqüentes na “diatribe”, perguntas e apelos feitos aos leitores, discussão com um interlocutor fictício etc. Mas o cap. 1 não passa de um longo encadeamento de sentenças breves sem ordem aparente, exceto que, freqüentemente, uma palavra-colchete liga o fim de uma frase ao começo da frase seguinte: “constância na adversidade” nos vv. 3-4; “defeito” ou “falta” nos vv. 4-5, “provação” e “tentado” (o mesmo radical em grego) nos vv. 12-13; “religião” nos vv. 26-27 etc. Quanto à terceira parte da epístola, à parte de 3,14, verifica-se que é ainda mais desordenada e mistura, ao acaso, desenvolvimentos relativamente densos (4,1-10.13-17; 5,1-6.7-11) e sentenças isoladas. Essa desordem é habitual na parênese e não impede o autor de manipular, com arte consumada, diversos procedimentos estilísticos: aliteração e rima, membros de frase rimadas etc. Não é impossível, aliás, que essa desordem reflita o caráter da tradição a que o autor se conforma, ao menos para algumas partes da epístola. Quer se trate das palavras de Yahushúa – vistos os mui numerosos paralelos existentes entre o Sermão da Montanha e a Epístola de Tiago – ou de uma compilação de palavras de Tiago, essa tradição, sem dúvida, carecia de muita estrutura literária e o nosso autor não sentiu necessidade de lhe impor uma. Deve ter pensado que, para um escrito desse gênero, no qual contam somente a impressão de conjunto e a qualidade dos detalhes, era supérfluo um plano mais elaborado. De resto, a desordem que manteve não deixa de ser força e encanto.

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