quinta-feira, 1 de setembro de 2011

ESTUDO DOS EVANGELHOS SINÓTICOS.

EVANGELHOS SINÓTICOS




INTRODUÇÃO



O Evangelho e os evangelhos. Antes de mais nada, o Evangelho é, de acordo como sentido grego da palavra, a Boa Nova da Salvação (cf. Mc 1,1), a pregação desta Boa Nova. Assim o entende o apóstolo Paulo ao falar do seu evangelho: trata-se do anúncio da salvação na pessoa de Yaohushua, O UNGIDO. De sorte que, na origem, o Evangelho não foi um (livro), obra literária ou histórica; e se o título evangelho foi dado aos quatro livros atribuídos a Mateus, Marcos, Lucas e João, é porque cada um desses autores proclama esta Boa Nova no relato que faz das palavras e obras de Yaohushua, bem como na narrativa que traz de sua morte e Ressurreição.

O leitor moderno, cioso de exatidão e sempre à cata de fatos estabelecidos e verificados, fica desconcertado à vista dessa literatura, que lhe parece desconexa, cujo plano carece de continuidade, cujas contradições parecem insuperáveis e que não logra responder a todas as perguntas que se lhe fazem. Tal reação será vantajosa para o leitor, se o levar a suscitar os verdadeiros problemas, primeiramente o do gênero literário dos evangelhos. Os seus redatores não são literatos que, instalados numa escrivaninha, a manusear documentos devidamente classificados, se teriam abalançado a escrever uma vida de Yaohushua de Nazaré desde o nascimento até a morte. Totalmente diversa é a maneira como se deve encarar a composição dos evangelhos. Yaohushua falou, anunciou a Boa Nova do Reino, convocou discípulos, curou doentes, realizou atos significativos. Após sua morte e à luz da fé pascal, os discípulos e, depois deles, os pregadores anunciaram a sua Ressurreição, repetiram suas palavras e referiram seus atos de acordo com as necessidades da vida das Igrejas. Durante cerca de quarenta anos, formaram-se tradições orais, que conservaram e transmitiram, por meio da pregação, da língua e da catequese, todos os materiais com que deparamos nos evangelhos. Aliás, é verossímil que, no decorrer da história, alguns desses materiais já tivessem recebido uma forma escrita: por exemplo, certas formulações litúrgicas como as profissões de fé, coletâneas de palavras de Yaohushua ou o relato da Paixão de Yaohushua que, sem dúvida, bem cedo constituiu um ciclo de narrações claramente estruturado.

Os evangelistas trabalharam a partir desses dados tradicionais que, na vida movediça das primeiras comunidades, já tinham adquirido formas diversas, à medida que a Boa Nova, antes de passar a texto estabelecido, era uma palavra viva, que, simultaneamente, nutria a fé dos remanescentes, ensinava os fiéis, adaptava-se aos diversos ambientes, respondia às necessidades das Igrejas, animava sua liturgia, exprimia uma reflexão sobre a Escritura, corrigia os erros e, ocasionalmente, replicava aos argumentos dos adversários.

Destarte, os evangelistas recolheram e puseram por escrito, cada um segundo sua perspectiva, o que lhes era fornecido pelas tradições orais. Mas não se contentaram com isto. Tinham também consciência de estarem anunciando a Boa Nova para os homens de seu tempo, com a preocupação de ensinar e responder aos problemas das comunidades para as quais (escreviam). Mais adiante se verá qual foi à perspectiva peculiar de cada evangelista. Ressaltemos, por enquanto, um fato capital, que agora quase não é mais contestado, depois das pesquisas das últimas gerações sobre a história da tradição e da formação dos evangelhos: os evangelhos nos remetem, por numerosos pormenores característicos, à fé e à vida das primeiras comunidades remanescentes. Dentre muitas ilustrações possíveis, os textos que nos contam a última ceia de Yaohushua são um exemplo disso. Deles, possuímos quatro versões (Mt, Mc, Lc, 1Co), que na realidade reduzem a dois tipos: por um lado, um testemunho por Mateus e Marcos, por outro, o que nos é fornecido por Lucas e Paulo. Ora, esses dois tipos, que diferem em vários (pontos), apresentam-se ambos como textos que reproduzem fórmulas tradicionais já fixadas pelo uso litúrgico. Paulo transmite o que recebeu. Ao invés de narrar a última ceia de Yaohushua em todos os seus pormenores, os evangelistas centram sua narrativa nos gestos e palavras do Mestre, que se repetem na celebração eucarística. Assim, a fórmula tendo abençoado, que é a de Mateus e Marcos, denota provavelmente um uso palestino (conforme à bênção judaica), ao passo que o uso por Lucas e Paulo do termo dar graças (em grego eukharistéô) evoca de preferência um ambiente helênico. Outros exemplos de duas versões diferentes de uma mesma tradição, como o pai-nosso (Mt 6,9-15; Lc 11,2-4), ou as bem-aventuranças (Mt 5,3-12; Lc 6,20-26), nos permitem acercar-nos tanto da natureza das tradições recolhidas como do pensamento particular de cada evangelista.

A passagem pela tradição oral também explica por que numerosas perícopes se apresentam como pequenas unidades literárias centradas numa palavra ou num ato de Yaohushua, sem enquadramento cronológico ou geográfico preciso; indicam-no as fórmulas introdutórias, vagas por si sós: naqueles dias (Mt 3,1; Mc 8,1), naquele tempo (Mt 11,25), depois disso (Lc 10,1), ora (Lc 8,22; 9,18.27.51; 11,27). Cada uma dessas narrativas teve de início uma existência independente das outras, e sua acomodação é muitas vezes obra dos evangelistas. No emprego que as primeiras gerações fizeram dessas traduções, as recordações narradas foram vazadas em certas formas literárias de relativa fixidez; é o que sucedem em relatos, episódios que enquadram e situam um dito de Yaohushua, cenas de controvérsia, de cura ou de milagre. Uma estrutura peculiar a cada um destes gêneros é muitas vezes fácil de descobrir.

Então, como se devem considerar essas tradições, se estão a tal ponto marcadas pelo uso que se fez delas antes de serem fixadas nos evangelhos? Qual o crédito que se lhes pode conceder? Qual a sua relação com a realidade da história de Yaohushua? A essas perguntas pode-se responder que, sendo os nossos documentos testemunhos da fé em Yaohushua, O UNGIDO, é este O UNGIDO reconhecido pela fé que eles nos querem fazer encontrar. Contudo, afirmar que os evangelhos são uma pregação, que seus autores – mesmo Lucas, cioso da (história) – pretenderam antes de mais nada ser testemunhas da Boa Nova, não significa serem eles indiferentes à realidade (histórica) dos fatos que referem; mas o seu interesse maior é fazer sobressair o seu sentido, mais do que reproduzir exatamente o teor literal das palavras de Yaohushua (cf. as diferentes formas das bem-aventuranças, do pai-nosso, da fórmula eucarística) ou as circunstâncias e pormenores dos seus atos. Apresentam uma tradição que já é uma interpretação. É pelo estudo minucioso dos textos que tais (palavras) ou tais (relatos) hão de surgir como sólidos pontos de referência para a história do ministério de Yaohushua; não poucos métodos acham-se ao alcance dos historiadores para tentar estabelecê-los.

Aqui, dois pontos há que devem ser especificados:

- É certo que, através da tradição, e apesar de não se poder verificar historicamente todo o conteúdo do evangelho, numerosos indícios – que, aliás, esclarecem os demais textos – nos permitem saber que a fé em O UNGIDO ressuscitado se enraíza na vida e nas ações de Yaohushua.

- Só temos acesso às palavras e ações de Yaohushua através das “traduções” que delas nos fornecem as tradições antigas e redações dos evangelistas. A transcrição em grego daquilo que primordialmente foi vivenciado em aramaico é apenas o aspecto mais aparente desse fenômeno de transmissão. Pode-se tentar reconstituir o que Yaohushua falou em língua materna, bem como se pode tentar reconstituir as circunstâncias exatas em que pronunciou tal parábola ou operou tal cura. Todavia, essas tentativas ficam afetadas em seus pormenores por uma probabilidade maior ou menor. Essas limitações da verificação histórica decorrem da própria natureza dos evangelhos. A fé em O UNGIDO vivo iluminava as recordações referentes a Yaohushua e se exprimia por um testemunho vivo, com tudo o que este comporta de relatos fragmentários, repetições, ajustes, intervenções da testemunha ou do narrador. A função e a virtude própria desses textos são, todavia, atrair o leitor à fé.

O estudo crítico dos evangelhos permite assim ultrapassar uma leitura ingênua e inserir-se na perspectiva própria do Novo Testamento. Por mais longe que se possa remontar na pesquisa, a pergunta fica de pé: quem é Yaohushua? Ao invés de se sentir desprovido e incerto, o leitor que se dispuser a ler os evangelhos nesta perspectiva, notadamente, fazendo um estudo comparado dos (textos), sempre encontrará mais do que de início suspeitava. Pois, com seus múltiplos elementos de resposta e seu modo de compreender os dados da tradição, cada um dos evangelhos fornecer-lhe-á o meio de verificar e enriquecer seu conhecimento de Yaohushua, fazendo-o participar do movimento que, sem cessar, vai do passado de Yaohushua à fé atual da comunidade remanescente e da convicção das testemunhas, àquele que é sua fonte.





Os evangelhos e suas relações mútuas. O evangelho chegou até nós sob a forma de quatro livretes. À primeira leitura, percebe-se que o quarto evangelho possui características que o situam à parte, embora não deixe de ter ligações com os três primeiros (cf. Introdução ao Evangelho de João). Estes três são testemunhos cuja redação é anterior à do evangelho de João. O evangelho segundo Marcos, cuja origem é, com toda a verossimilhança, romana, pode ser datado dos anos 65-70. Os evangelhos segundo Mateus e Lucas, redigidos quinze a vinte anos mais tarde, não refletem os mesmos ambientes e têm destinatários bem diferentes. Contudo, suas características são tão semelhantes que puderam ser denominados “sinóticos”, nome proveniente de uma obra publicada no fim do século XVIII com o título de Sinopsis (ou seja: visão simultânea), que trazia os textos de Mateus, Marcos, Lucas em três colunas paralelas, de forma a facilitar a comparação entre eles. Esse fato cria um problema particular.

a) O fato sinótico. As semelhanças e diferenças entre os sinóticos referem-se: ao material empregado, à disposição em que se apresenta e à sua formulação.

- Quanto ao material, eis um levantamento aproximativo do número de versículos comuns a dois ou três evangelhos:



Mt Mc Lc

Comuns aos três 330 330 330

Comuns a Mt-Mc 178 178

Comuns a Mc-Lc 100 100

Comuns a Mt- Lc 230 230

Peculiares a cada um 330 53 500



Ao lado das partes comuns, existem fontes próprias para cada evangelho.

- Quanto à disposição, as perícopes agrupam-se em quatro grandes partes:

A. A preparação do ministério de Yaohushua.

B. O ministério da Galiléia.

C. A subida para Jerusalém.

D. Ministério em Jerusalém. Paixão Ressurreição.

Dentro dessas quatro partes, Mateus distribui as suas perícopes numa ordem que lhe é peculiar até o cap. 14; a partir daí, apresenta perícopes comuns a ele e a Marcos, na mesma ordem que este. Lucas intercala as perícopes que lhe são próprias no meio de um quadro geral que é idêntico ao de Marcos (assim, Lc 6,20 – 8,3 ou 9,51 – 18,14). Deve-se, contudo, notar que, no interior desta concordância de conjunto, há discrepâncias, por vezes, no próprio seio de passagens comuns (assim, em Lucas, o chamamento dos discípulos ou a visita a Nazaré).

- Quanto à formulação, verifica-se igualmente um estreito parentesco entre os textos: assim, um mesmo termo raro (afientai) encontra-se em Mt 9,6 = Mc 2,10 = Lc 5,24; ou ainda, somente duas palavras diferem, entre 63, em Mt 3,7b-10 = Lc 3,7b-9. Por outro lado, uma discordância surge bruscamente em passagens que no conjunto são parecidas: numa estrutura fixa, as palavras são diferentes, ou então com palavras idênticas, a estrutura é diferente.

b) Interpretação do fato sinótico. O problema criado pelo fato sinótico estará resolvido quando se tiverem explicado juntamente as semelhanças e as divergências.

Reina um acordo entre os críticos a respeito de certos pontos. Primeiro, quanto à origem dos evangelhos. Dois fatores determinaram o estado atual dos textos: a função da comunidade que criou a tradição, quer oral quer escrita, e a função do escritor que manejou as diversas tradições. As variações nas hipóteses dependem essencialmente da importância relativa atribuída pelos críticos a estes dois fatores: poderiam as discordâncias explicarem-se todas pela atividade redatorial do escritor ou exigiriam o recurso a contatos havidos em nível pré-sinótico?

Quanto ao método a seguir, reina certo acordo. As omissões ou acréscimos de matérias e as modificações na formulação podem ser explicadas mais ou menos adequadamente pelas “intenções” dos diversos redatores; mas por causa da arbitrariedade que ameaça as interpretações que se podem dar das mesmas, a solução do problema não pode ser fornecida no nível dos materiais ou da formulação. Só o exame da disposição autoriza uma resposta firme. Para explicar as concordâncias entre longas seqüências de texto, impõe-se a hipótese de uma dependência literária (e não somente oral), quer imediata (interdependência), quer mediata (dependência de uma fonte comum). Para explicar as discordâncias, uns acentuam a influência da comunidade durante a fase pré-sinótica, outros, a dos redatores. Mais exatamente, os críticos concordam geralmente em afirmar dois princípios. Marcos depende de Mateus e de Lucas, Mateus e Lucas são entre si independentes; com efeito, estes últimos entram em desacordo quando um deles deixa de concordar com a ordem de Marcos, e ambos têm passagem comum com Marcos que o outro não repetiu (Mt: 178 vv.; Lc: 100 vv.).

O desacordo entre os críticos subsiste quanto à interpretação da relação de Marcos com os outros dois sinóticos. Teria havido contatos, entre Mateus e Marcos e entre Lucas e Marcos, sob a forma de dependência imediata do evangelho de Marcos ou sob a forma de dependência relativamente a um texto pré-sinótico comum? Eis, em resumo, as duas modalidades de hipóteses que hoje são sustentadas:

1. Certos críticos, mais sensíveis às diferenças do que às concordâncias, preferem renunciar à interdependência imediata dos sinóticos.

a) Uns evocam uma documentação múltipla: os evangelistas teriam utilizado coleções mais ou menos extensas, agrupando desde o início (provavelmente com visitas à pregação missionária da Igreja) pequenas compilações de fatos e sentenças (agrupamentos de milagres, reunião de sentenças...); assim se explicariam as concordâncias menores entre Mateus e Lucas contra Marcos, que contradizem a dependência deste; assim se justificariam também as variantes que dificilmente podem ser atribuídas ao trabalho redatorial ou a perspectivas teológicas diferentes.

b) Outros críticos, embora se mantenham fiéis à flexibilidade da hipótese precedente, estimam descobrir na origem da tradição sinótica dois documentos principais, além das tradições singulares. Impõe-se uma constatação: a disposição difere, conforme se trate da parte central (pregação na Galiléia: Mt 4,13 – 13,58 par.) ou das duas seções que a enquadram (Mt 3,1 – 4,12 par.; Mt 14,1 – 24,51 par.). A estreita concordância que domina essas duas seções envolventes sugere a existência de um documento da base idêntico para os três evangelhos; pelo contrário, a discordância que caracteriza a parte central (ministério na Galiléia) revela um estado menos adiantado da organização das tradições. Destarte, na origem dos três sinóticos, haveria, além das tradições singulares, dois documentos principais: um já fortemente estruturado, outro em estado ainda fluido, no momento em que foram empregados pelos evangelistas, embora seu estado de fusão estivesse então mais ou menos adiantado.

2. Todavia, a maioria dos críticos aderem à hipótese das Duas Fontes. Conforme esta, Mateus e Lucas dependem imediatamente de Marcos, bem como de uma fonte comum independente desta (muitas vezes chamada Q. do alemão Quelle). Marcos e esta documentação seriam as duas fontes principais de Mateus e Lucas. O esquema seguinte resume esta hipótese:



Mc Doc. Comum

. .

. .

Mt próprio = Mt = Lc = Lc próprio.



Hoje em dia esta hipótese é apresentada com muito mais nuanças do que inicialmente. Ela tem a grande vantagem de facilitar o estudo do trabalho redacional de Mateus e Lucas. Assim explicar-se-iam pelo trabalho de redação literária as adições, omissões e transposições verificadas no fato sinótico. Convém observar que, em nossos dias, não se ousa mais resolver categoricamente a questão de saber se o documento comum a Mateus e Lucas é um documento escrito ou uma fonte (oral), nem de saber se o texto de Marcos usado por Mateus e Lucas é o que nós possuímos ou algum outro.

No entanto, seja qual for a hipótese crítica adotada para abordar o problema sinótico, só um trabalho minucioso permite determinar a natureza das perspectivas de cada evangelista. Acrescente-se que o exame das fontes literárias não é nem o único, nem talvez o mais importante para compreender melhor os evangelhos sinóticos. Fontes documentais, tradição oral, influência do ambiente de origem e utilização de material diverso pelos redatores finais são elementos que se devem levar simultaneamente em consideração, ao se querer dar conta do fenômeno original que é a literatura evangélica.

Este rápido apanhado da questão sinótica talvez ajude o leitor a melhor penetrar as perspectivas de cada um dos evangelistas que serão indicadas nas introduções particulares a Mateus, Marcos e Lucas.

(Livro): Foi Justino quem, por volta de 150, usou primeiro esta palavra para designar o evangelho como livro (I Apologia, 663).



(Escreviam): Tentou-se indicar nas notas de tradução as tendências que caracterizam cada evangelista, toda vez que isto foi possível, e sempre com prudência. As indicações que foram encontradas, p. ex., na anotação a parábolas, só intentam assinalar uma tendência de interpretação. Os títulos das perícopes esforçam-se também por salientar o sentido dominante do texto. Assim, p. ex., a parábola tradicionalmente intitulada: O Filho pródigo é aqui intitulada: O Filho reencontrado.



(Pontos): Abençoar/dar graças – meu corpo/meu corpo que é dado a vós – meu sangue da Aliança/a nova Aliança em meu sangue – ausência em Mt e Mc da ordem: “Fazei isto em minha memória”.



(História): Cf. Lc 1,1-4.



(Palavras): Por ex., Mc 1,15: o anúncio da proximidade do Reino não é reflexo da pregação dos cristãos; pois estes, depois da Páscoa, anunciavam, não o Reino, mas a Ressurreição. Cf. também Mc 13,32, a palavra referente ao dia e à hora.



(Relatos): Por ex., Mc 6,8-9: o envio dos Doze sem nenhum recurso material supõe decerto uma missão muito limitada no tempo e no espaço, não as missões longínquas que a primeira geração cristã presenciaria.



(Textos): Os tradutores esforçaram-se, às vezes à custa de certas proezas de estilo, por salientar as semelhanças e diferenças entre os textos paralelos dos evangelhos. Dessa forma, o leitor poderá fazer comparações por si mesmo, embora nenhuma nota lhe chame a atenção a respeito.



(Oral): Para este documento, só 50% do vocabulário é comum a Mt e Lc. De 23 perícopes, apenas 13 se encontram na mesma ordem em Mt e Lc.







O Novo Testamento é constituído por 27 Livros: EVANGELHOS: Mateus; Marcos; Lucas; João; Atos dos Apóstolos. (05).



EPÍSTOLAS DE PAULO: [SENDO, 13 CARTAS]: {Aos Romanos; Aos Corintios – 1 e 2; Aos Gálatas; Aos Efésios; Aos Filipenses; Aos Colossenses; Aos Tessalonicenses – 1 e 2; A Timóteo 1 e 2; A Tito; A Filemom.}.



EPÍSTOLAS GERAIS: [escritas para o “público em geral – 08 cartas”]: Epístola aos Hebreus; Epístola de Tiago; Primeira Epístola de Pedro; Segunda Epístola de Pedro; Primeira Epístola de João; Segunda Epístola de João; Terceira Epístola de João; Epístola de Judas. [Totalizando – 21 cartas: 13 de Paulo + 08 cartas gerais].



E, finalizando, o livro da “Revelação de João” – Apocalipse de João. (01).







Relembrando: O Antigo Testamento: é constituído por 39 Livros:



PENTATEUCO: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio. (05).



LIVROS HISTÓRICOS: Josué, Juízes, Rute, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis, 2Reis, 1Crônicas, 2Crônicas, Esdras, Neemias, Ester. (12).



LIVROS POÉTICOS: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico. (05).



LIVROS PROFÉTICOS: Isaías, Jeremias, Lamentação de Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias. (17).





Bem, como conhecemos, totalizando 66 Livros da nossa Bíblia – Sagradas Escrituras! AMÉM. Anselmo Estevan.

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