quinta-feira, 1 de setembro de 2011

ESTUDO DE INTRODUÇÃO À "BÍBLIA"! QUEM É 'ELOHIM? SEU NOME VERDADEIRO: "YAHU": (Inicio do estudo 66 livros/Bíblia):

A BÍBLIA




PARTE I



INTRODUÇÃO

(DESCUBRA O VERDADEIRO NOME DE “DEUS...”):





Que é a Bíblia? Um simples olhar lançado sobre o índice basta para ver que ela é uma “biblioteca”, uma coleção de livros muito diversos. Quando se consultam as introduções a esses livros, a primeira impressão se confirma: distribuindo-se por mais de dez séculos, os livros provém de dezenas de autores diferentes; uns estão escritos em hebraico (com certas passagens em aramaico), outros em grego; apresentam gêneros literários tão diversos quanto a narrativa histórica, o código de leis, a pregação, a oração, a poesia, a carta, o romance.

O nome desta coleção, “os livros” (em grego, ta bíblia), tornou-se um singular, “a Bíblia” (em grego, hê biblia). “Os livros” chegaram a ser considerados como um único livro e até mesmo o Livro por excelência. Por quê?



De quem provém a Bíblia? Todos estes livros provêm de homens com uma convicção comum: Deus os destinou a formar um povo que toma lugar na história com legislação própria e normas de vida pessoal e coletiva. Foram todos testemunhas daquilo que Deus fez por esse povo e com ele. Relatam os apelos de Deus e as reações dos homens (indagações, queixas, louvor, ações de graça).

Este povo posto a caminho por Deus foi primeiramente Israel, que apareceu na história por volta de 1200 a.C., envolvido – como todos os povos vizinhos – nos movimentos que agitaram o Oriente Próximo até os inícios da nossa era. No entanto, sua religião o tornava um povo à parte. Israel conhecia um único Deus, invisível e transcendente; o Senhor. Exprimia a relação que o unia ao seu Deus com um termo jurídico: a Aliança. Submetia toda a existência à Aliança e à Lei que dela decorria, e seu modo de vida se tornava cada vez mais contrastante com o das outras nações. Toda a parte hebraica da Bíblia se refere à Aliança, tal como foi vivida e pensada por Israel até o século II a.C.

O antigo povo judaico, cuja dispersão se acelerou com a destruição de seu centro religioso, Jerusalém, em 70 e 135 d.C., prolonga-se na comunidade judaica, cuja história movimentada e frequentemente trágica se desenvolve na maior parte de tempo em terra de exílio. As diversas tendências que o animam, todas têm por fundamento a Escritura e notadamente a Lei, venerada como a própria palavra do Senhor. Os judeus a leem e sobre ela fundamentam sua prática ao quadro de tradições que, lançando raízes na vida do antigo Israel, foram redigidas após a ruína da nação e inseridas na literatura rabínica.

Ao mesmo tempo que viu a desaparição da nação judaica, o século I assistiu ao nascimento da comunidade cristã, que se afastou progressivamente. Para os cristãos, a história do povo de Deus tinha encontrado cumprimento em Jesus de Nazaré; foi por ele que Deus reuniu as pessoas de todas as origens para formar um povo regido por uma nova Aliança, um novo Testamento. Era uma Aliança definitiva; em contra partida, fazia da Aliança que regia Israel uma etapa que, embora indispensável, estava destinada a ser superada. Os cristãos denominaram-na de antiga Aliança e deram ao conjunto dos livros bíblicos recebidos de Israel o nome de Antigo Testamento (cf. 2Co 3,14), enquanto os livros que falavam da pessoa e da mensagem de Jesus formaram o Novo Testamento.

Os discípulos de Jesus e seus sucessores imediatos que redigiram o Novo Testamento viam em jesus aquele que concretizaria a esperança de Israel e responderia à expectativa universal tal qual expressa no seio desse próprio povo. Com toda naturalidade, utilizaram a linguagem dos livros santos de Israel com toda a sua densidade histórica e experiência religiosa acumulada no decorrer dos séculos. Consequentemente, a comunidade cristã reconheceu no Antigo Testamento a palavra de Deus. As Escrituras judaicas vieram a ser, então, a primeira Bíblia dos cristãos. Mas, iluminado pela fé em Jesus Cristo, o Antigo Testamento tomou um sentido novo para eles, tornou-se como que um novo livro.

Assim, judeus e cristãos se vinculam à Bíblia, mas não a leem com os mesmos olhos. Não obstante, ela continua a convidar os homens e mulheres de todos os países e de todos os tempos a ingressar no povo dos que buscam a Deus no seguimento dos patriarcas, dos profetas, de Jesus e de seus discípulos. Livro do povo de Deus, a Bíblia é o livro de um povo ainda a caminho.



Ler a Bíblia. Os livros da Bíblia são a obra de autores ou de redatores reconhecidos como portadores da palavra de Deus no meio de seu povo. Muitos dentre eles quedaram no anonimato. De qualquer modo, não estavam isolados: eram conduzidos pelo povo cujas vidas, preocupações, esperanças partilhavam, mesmo quando se erguiam contra ele. Boa parte de sua obra se inspira nas tradições da comunidade. Antes de receber forma definitiva, estes livros circularam durante muito tempo entre o público e apresentam os vestígios das reações suscitadas em seus leitores, sob a forma de retoques, anotações e até de reformulações mais ou menos importantes. Os livros mais recentes são por vezes reinterpretação e atualização de livros mais antigos (como, por exemplo, as Crônicas, com relação a Samuel e Reis).

A Bíblia está profundamente marcada pela cultura de Israel, povo que teve, como todos os outros, um modo próprio de compreender a existência, o mundo que o circundava, a condição humana. Exprime sua concepção do mundo, não numa filosofia sistemática, mas em costumes e instituições, em reações espontâneas dos indivíduos e do povo, através das características originais de sua língua. A cultura hebraica evoluiu no decorrer dos séculos, conservando, porém, determinadas constantes.

A civilização de Israel tem muitos pontos em comum com as civilizações dos outros povos do antigo Oriente. Apesar disso, o antigo Oriente não explica tudo na Bíblia; a linguagem dos livros foi modelada pela história própria de Israel, única em seu gênero. Muitas das palavras da Bíblia – particularmente no Novo Testamento – estão carregadas de uma experiência religiosa milenar. Para detectar toda sua riqueza, é preciso levar em consideração o contexto de toda a Bíblia e da vida das comunidades que prolongam a existência do antigo Israel.

Isto explica por que, muitas vezes, é difícil para o homem de hoje compreender plenamente a Bíblia. Entre ela e ele se interpõe uma distância considerável: o afastamento no tempo, a diferença de cultura e, mais profundamente, a distância que um texto escrito sempre introduz entre a mensagem original e o leitor.

Para reduzir a distância, recorre-se à exegese, isto é, a uma explicação do texto. Cada época teve seus métodos. De dois ou três séculos para cá, o Ocidente viu desenvolver-se uma exegese histórica, à qual a civilização técnica forneceu instrumentos (especialmente a arqueologia científica). Sua intenção é estabelecer com exatidão o texto bíblico, compreender exatamente o sentido das palavras, situar o texto em seu ambiente original. É o resultado deste vasto trabalho que as introduções e as notas de A Bíblia – Tradução Ecumênica resumem.





A Bíblia, Palavra de Deus. O leitor constata que a Bíblia não constitui simplesmente um antigo tesouro literário ou uma mina de documentação sobre a história das ideias morais e religiosas de um povo. A Bíblia não é somente um livro no qual se fala de Deus; ela se apresenta como um livro no qual Deus fala ao homem, como atestam os autores bíblicos.

NÃO se trata de uma palavra sem importância para vós: é uma vida (Dt 32,47). Estes sinais foram escritos neste livro para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome (Jo 20,30-31).

Nenhuma leitura poderá desconhecer essa função do texto bíblico; essa interpelação constante, essa vontade de transmitir uma mensagem vital e de atrair a adesão do leitor. O leitor é livre para resistir e pode apreciar a Bíblia apenas como um literato ou um apreciador da história antiga. Mas se ele aceitar entrar em diálogo com os autores que dão testemunho da própria fé e suscitam a necessidade de uma decisão, a questão fundamental, o sentido da vida, não deixará de ser enfrentada por ele. Pois a Bíblia e a fé – à qual ela convida de modo tão premente -, embora estejam profundamente enraizadas numa história numa história particular e bastante longa, ultrapassam a história. Os autores bíblicos querem ser os porta-vozes de uma Palavra que se dirige a todo homem, em todo tempo e lugar.

Através dos séculos, as comunidades cristãs de todas as línguas e de todas as culturas encontraram alimento neste livro, cuja mensagem meditam e atualizam. Não é sem razão que nos cultos ou ofícios se leem ou se cantam os Salmos, o Antigo Testamento, as Epístolas, com o Evangelho; sua unidade é a unidade da fé. Fundada nesse testemunho da Bíblia, a fé não deixa de encontrar ali vida e força. O leitor (mesmo não crente) sabe que esta fé existe hoje, que ela é – nas comunidades e algumas vezes fora delas – um certo modo de o homem viver a relação com os outros homens e de agir no meio deles, uma modalidade particular de existir que é fermento da história humana.

Assim, a Bíblia sempre remete o leitor à fé vivenciada, como também a vivência da fé sempre remete à Bíblia, na qual a fé lança suas raízes.



ORDEM DOS LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO:



1. As edições protestantes correntes apresentam a seguinte ordem (p. ex., J. F. de Almeida ):

 O Pentateuco, Gn, Êx, Lv, Nm, Dt

 Os Livros históricos: Js, Jz, Rt, 1 e 2Sm, 1 e 2Rs, 1 e 2Cr, Ed, Ne, Et

 Os Livros poéticos: Jó, Sl, Pr, Ec, Ct

 Os Profetas: Is, Jr, Lm, Ez, Dn, os Doze (Oseias; Joel; Amós; Obadias; Jonas; Miqueias; Naum; Habacuque; Sofonias; Ageu; Zacarias; Malaquias).



As edições católicas (p. ex., a Bíblia de Jerusalém) seguem a mesma ordem, mas inserem: Tb e Jt após Ne; 1 e 2Mc depois de Est; Sb e Sr (Sirácida Eclesiástico) depois de Ct; Br depois de Lm.

Esta classificação apareceu no Concílio de Florença (1442), com a diferença de que o Concílio situa 1 e 2Mc no fim do Antigo Testamento.

As edições da Bíblia hebraica agrupam os livros sob três títulos: A “Lei”, os “Profetas”, os “Escritos”. Esse uso é anterior à era cristã.

As listas gregas (grandes manuscritos dos séculos IV e V, fornecidas pelos Padres e Concílios) apresentam grande diversidade. O Pentateuco está sempre no começo; mas os outros livros são classificados conforme variáveis, levando em consideração o gênero literário, o conteúdo, e autor suposto ou os costumes locais.

Esta variedade se explica, aliás, pela forma dos livros na antiguidade. Antes da aparição da forma códex (= páginas encadernadas em sequência como nos livros atuais), os livros eram rolos; sendo necessários uns vinte rolos para escrever todo o Antigo Testamento. Os bibliotecários os ordenavam em cofres, para protegê-los. O caráter iminentemente sagrado do Pentateuco vetava guardar outra coisa no cofre que lhe era reservado, mas quanto à disposição dos outros rolos não havia nenhuma ordem rigorosa.

Um comentário:

  1. Muito bom. Mandou muito bem na postagem.

    Um forte abraço, irmão.

    http://pensadorlivre-bill.blogspot.com/

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