“Ouve tu nos céus, lugar da tua habitação, e faze tudo o que o estrangeiro te pedir, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu NOME, para te temerem como o teu povo de Israel e para saberem que esta casa, que eu edifiquei, é chamada pelo teu NOME”.
(Gn 2,19; 17,5; 32,28; Êx 3,12-14; 6,2-3; 20,24; Dt 12,5).
Obs.: Esta passagem, leva à: 1Sm 17,43 (onde, Davi, vendo um – “gigante filisteu” -, esse filisteu amaldiçoa, Davi, pelos seus deuses. A resposta de Davi [1Sm 17,45] – (...), eu porém venho no NOME de YHVH dos Exércitos....).
VAMOS A ESSE ESTUDO:
1Sm 17,45: Em NOME de YHVH dos Exércitos: Veja a nota sobre 1,3. Davi vinha “em NOME” de Deus, ou seja, “como um instrumento de Deus” e “no poder de tudo o que o seu Nome sugere”. Sobre o significado do Nome de Deus como mais do que um simples rótulo, mas indicando exatamente o seu CARÁTER, veja: Êx 34,5-7.
Vamos a esse estudo:
Êx 34,5. O YHVH descido: Aqui está a revelação prometida em (33,19-23): [Yaohu] passou e proclamou o seu NOME! Moisés recebeu uma resposta impressionante para a sua ORAÇÃO. A Glória de Deus mostrou a sua compaixão e a sua Graça.
Êx 34,6: Deus compassivo, clemente e longânimo – Aqui estão os famosos treze atributos da tradição israelita (Nm 14,18; Ne 9,17; Sl 86,15; 103,8; 145,8, Jl 2,13, Jn 4,2; Na 1,3). A misericórdia de Deus ainda seria proclamada por Israel, a pesar do seu deprimente pecado (Gn 8,21-22; Os 11,8).
GRANDE EM MISERICÓRDIA E FIDELIDADE: O amor de Deus (Yaohu) é revelado em sua devoção ao seu povo (veja nota sobre 15,13). Sua fidelidade revela sua integridade; Ele é fiel ao SEU NOME e às suas promessas de misericórdia, mas também ao seu julgamento contra o pecado (v. 7). Por sua misericórdia e fidelidade, ele não abandonaria o seu povo, mas habitaria entre eles no tabernáculo. João citou esse contexto no seu Evangelho: “E O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU (literalmente, ‘TABERNACULOU’) entre nós, cheio de GRAÇA E DE VERDADE” (Jo 1,14).
AONDE QUERO CHEGAR?
Veja: O “homem” – que se tornou um “Rei”!. Mas não um rei qualquer! E, sim o Rei – mais rico! E, sim o Rei – mais rico e sábio!!! Que recebeu tudo das mãos do ETERNO CRIADOR – Deus (Yaohu).
E qual era sua vontade em ORAÇÃO????? A de que todos os povos – SOUBESSEM QUAL ERA O NOME DE SEU DEUS!!!!!!! [1Rs 8,43]! Mas, infelizmente, por uns poucos, que se achavam inteligentes demais da conta, esconderam seu NOME.....!!!!!!!
Veja, a seguir – num trecho da minha 3ª APOSTILA – O TERMO “GNÓSTICO”, que vem bem a calhar com esse estudo: “INTRODUÇÃO DOS LIVROS DO NT [JOÃO]”.
VEJA, TAMBÉM, QUE O NOME DE DEUS O REVELA: “SEU CARÁTER E SUA PERSONALIDADE” – POR ISSO MESMO NÃO DEVE SER DADO POR VONTADE HUMANA: (At 4,12; 10,43; [Mt 1,21; Lc 6,31]; Jo 14,6; 1Tm 2,5.6; Fp 2,9-11).
Vamos, agora, ao estudo: Catecismo Maior de Westminster – da Bíblia de Estudo de Genebra Ed. Revista e Ampliada. [Editora: Cultura Cristã. SBB]:
Estudo feito por: Anselmo Estevan. (Obs. Todo material – é tirado dessas Bíblias), com grifo meu. Com formação de Bacharel em Teologia – pela Faculdade Ibetel – de Suzano.
SEGUNDA PARTE.
O QUE O HOMEM DEVE CRER SOBRE DEUS:
PERGUNTA 6. O QUE REVELAM AS ESCRITURAS ACERCA DE DEUS?
RESPOSTA: As Escrituras revelam o que Deus é, quantas pessoas há na Divindade, os seus decretos e como Ele os executa.
Referências “bíblicas”:
Mt 3,16.17; Is 46,9.10; At 4,27.28.
PERGUNTA 7. QUEM É DEUS?
RESPOSTA: Deus é Espírito, em si e por si infinito em seu ser, glória, bem-aventurança e perfeição; todo-poderoso, eterno, imutável, insondável, onipresente infinito em poder, sabedoria, santidade, justiça, misericórdia e clemência, longânimo, cheio de bondade e verdade.
Referências “bíblicas”: Jo 4,24; Êx 3,14; Jó 11,7-9; At 7,2; 1Tm 6,15; Mt 5,48; Rm 11,35.36; Sl 90,2; Ml 3,6; Sl 145,3; Sl 139,1.2.7; Ap 4,8; Hb 4,13; Rm 16,27; Is 6,3; Dt 32,4; Êx 34,6.
PERGUNTA 8. HÁ MAIS QUE UM DEUS?
RESPOSTA: Há um só Deus, o Deus vivo e verdadeiro.
Referências “bíblicas”: Dt 6,4; Jr 10,10; 1Co 8,4.
PERGUNTA 9. QUANTAS PESSOAS HÁ NA DIVINDADE?
RESPOSTA: Há três Pessoas na Divindade: O PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO, essas três Pessoas são um só Deus VERDADEIRO e iguais em poder e glória, embora distintas pelas suas propriedades pessoais.
Referências “bíblicas”: Mt 3,16; Mt 28,19; 2Co 13,13; Jo 10,30.
PERGUNTA 10. Quais são as propriedades Pessoais das três Pessoas da Divindade?
RESPOSTA: O Pai gerou o Filho, o Filho foi gerado do Pai, e o Espírito Santo precede do Pai e do Filho, desde a ETERNIDADE.
Referências “bíblicas”: Hb 1,5.6; Jo 1,14; Jo 15,26; Gl 4,6.
PERGUNTA 11. DE ONDE SE INFERE QUE O FILHO E O ESPÍRITO SANTO SÃO DEUS, IGUAIS AO PAI?
RESPOSTA: “AS ESCRITURAS” REVELAM QUE O FILHO E O ESPÍRITO SANTO SÃO DEUS IGUALMENTE COMO PAI, ATRIBUINDO-LHES OS MESMOS NOMES, ATRIBUTOS, OBRAS E CULTO, QUE SÓ A DEUS PERTENCEM!
REFERÊNCIAS “BÍBLICAS”: [Jr 23,6; Is 6,3.5.8; Jo 12,41; At 28,25; 1Jo 5,20; Sl 45,6; At 5,3.4; Jo 1,1; Is 9,6; Jo 2,24.25; 1Co 2,10.11; Cl 1,16; Gn 1,2; Mt 28,19; 2Co 13,13].
Êx 34,6 – Os treze atributos famosos da tradição israelita: {Nm 14,18; Ne 9,17; Sl 86,15; 103,8; 145,8; Jl 2,13; Jn 4,2; Na 1,3}: e, conforme, essa tradição judaica – o “NOME” – representa: Um NOME (que de “título” – virou NOME – por mostrar todas essas qualidades de um Deus vivo! Como pode ser isso?). Se a resposta for: “SIM”! Então me responda.:
- Por que: O “Espírito Santo” – não têm NOME? E por que o nome de “SENHOR” – NÃO É,E, NUNCA LHE FOI CONFERIDO?
- Por que o Nome do Pai – “NÃO PODE SER PROFERIDO?!” Mas, o Filho é o Pai e o Pai é o Filho mas o nome do Filho é “Jesus”???!!! E o Pai??? E o Filho – sendo também “Deus” que recebeu um NOME ACIMA DE TODO NOME!!!! MAS QUAL??? TAMBÉM NÃO PODE SER PROFERIDO??? POR QUE NÃO PODE SER PRONUNCIADO TAMBÉM??
- Por que em Jo 1, nesse capítulo não se fala no nome: “E O SENHOR – SE FEZ CARNE (....)???” FALA-SE, SIM: “E O VERBO SE FEZ CARNE!!!”.
EU TENHO A RESPOSTA: “CONFORME A PERGUNTA DE Nº 11”:
SE, SÃO, UM SÓ DEUS E SÃO A SANTÍSSIMA TRINDADE – INDISCUTIVELMENTE TÊM E COMPARTILHAM DO MESMO NOME DIVINO DE SALVAÇÃO:
DO TETRAGRAMA: YHVH.:
-YAOHU – DEUS PAI. [HU] AQUELE EM CIMA (ELE) QUE SALVA! {YAO – Nome de Deus abreviado}!
- YAOHUSHUA – DEUS FILHO. [SHUA] – SALVAÇÃO! O FILHO COM O NOME DO PAI (Fp 2,9-11; At 4,12): UM SÓ DEUS!
- RÚKHA hol – RODSHUA. [O ESPÍRITO SANTO – DO PAI E DO FILHO – SENDO – “DEUS”] (COM {SHUA} – SALVAÇÃO! [E COM TODOS CONTENDO O TERMO: “HU” – ELE NO HEBRAICO!!!!] {Gn 1,2; Jo 1,1-14; e nas passagens do Filho sendo batizado, etc....}).
Confirmando a Trindade de que as três Pessoas compartilham de um único nome sagrado e santíssimo: Êx 20,1-17: EU SOU – EU SEREI O QUE SEREI!
[Gn 1,2; 3,14-15; Êx 3,14-15; 6,1-3; Jo 1,1-14; Ap 19,13; Zc 14,9; At 4,12; Fp 2,9-11; 1Tm 2,5-6; Jo 14,6; Mt 1,21; Lc 6,31; Cl 2,18-23; Cl 2,13; Ef 4,4; Fp 2,7]. João 5,43; 14,8; 14,26……. Material tirado da Bíblia de Genebra Edição Revista e Ampliada. Fique agora com um trecho da minha 3ª apostila de introdução ao Novo Testamento – Evangelho de João: (Bíblia T. Ecumênica):
MATERIAL TIRADO DA MINHA 3ª APOSTILA: BÍBLIA DE GENEBRA; DICIONÁRIO: DA BÍBLIA DE ALMEIDA; BÍBLIA TRADUÇÃO ECUMÊNICA: ESTUDO DO EVANGELHO DE JOÃO:
Relações com os evangelhos sinóticos. Se João é fiel à concepção de conjunto de um evangelho, ele se distingue dos evangelhos sinóticos sob muitos pontos de vista. O leitor fica logo impressionado pelas diferenças de ordem geográfica e cronológica: enquanto os sinóticos evocavam uma longa estada na Galiléia, seguida de uma caminhada mais ou menos prolongada rumo à Judéia, concluída por uma breve presença em Jerusalém, João, ao contrário, narra freqüentes deslocamentos de uma região à outra e encara uma presença de longa duração na Judéia, e sobretudo em Jerusalém (1,19-51; 2,13 – 3,36; 5,1-47; 7,14 – 20,31). Ele menciona várias celebrações pascais (2,13; 5,1; 6,4; 11,55) e sugere assim um ministério de mais dois anos.
As diferenças manifestam-se igualmente no plano do estilo e dos processos de composição: enquanto os sinóticos oferecem, o mais das vezes, seções breves, coletâneas de sentenças ou de narrações de milagres, contendo breves declarações, João propõe uma seleção limitada de acontecimentos ou sinais que são, em sua maioria, longamente elucidados em colóquios ou discursos. Desta sorte, ele atinge em certos momentos grande intensidade dramática.
João se singulariza outrossim pela escolha e originalidade do material empregado. Ele evoca, sem dúvida, muitos acontecimentos mencionados pelas tradições sinóticas: a atividade do Batismo, o batismo de Yaohushua no Jordão e a vocação dos primeiros discípulos (1,19-51); o episódio dos vendedores expulsos do Templo (2,13-21); a cura do filho de um oficial régio (4,43-54); a cura de um paralítico (5,1-15) e de um cego (9,1-41); a multiplicação dos pães à beira do lago e o caminhar sobre as águas (6,1-21), controvérsias em Jerusalém (7 – 8 e 10); a unção de Betânia e o desenrolar dos acontecimentos da Páscoa (12 – 21). Mas outros elementos da tradição sinótica parecem ausentes, tais como a tentação no deserto, a transfiguração, a narração da instituição da Eucaristia, a agonia no Getsemâni, numerosas narrações de milagres e muitos ensinamentos (desde o sermão da montanha e a maioria das parábolas até o discurso escatológico). [Não é difícil encontrar a transposição destes elementos no conjunto do evangelho: a tentação vem do mundo, a transfiguração acontece em todos os momentos e singularmente na Ressurreição; para a agonia, cf. 12,27; para a Eucaristia, cf 6,51]. Igualmente a linguagem é muito diferente: “Reino de Yaohu” só aparece em uma passagem (3,3-5); João prefere falar de vida e de vida eterna. Ele gosta dos temas: mundo, luz-trevas, verdade-mentira, glória de Yaohu-glória que vem dos homens.
Se faltam no quarto evangelho elementos da tradição sinótica, encontram-se, em compensação, dados novos: o sinal de Caná (2,1-11), a conversa com Nicodemos (3,1-11), o diálogo com a Samaritana (4,5-42), a ressurreição de Lázaro e suas conseqüências (11,1-57), o lava-pés (13,1-19) e diversas indicações na narrativa da Paixão e da Ressurreição. Devemos notar ainda a extensão dos discursos e dos colóquios que esclarecem os acontecimentos narrados; assim as derradeiras palestras após a última ceia (13,31 – 17,26) preparam o tempo da Igreja.
Até que ponto terá João conhecido os evangelhos sinóticos? Vários comentadores pensaram que ele os ignorava; ele só teria conhecido tradições que concerniam ao YHVH , à quais os sinóticos, por sua vez, se teriam referido. Existem, no entanto, alguns contatos literários tão evidentes que é preciso considerar como altamente provável o conhecimento de Mc e sobretudo de Lc; a evidência é menor em se tratando de Mt [Jo 5,8 e Mc 2,11; Jo 6,7 e Mc 6,37; Jo 12,3 e Mc 14,3; Jo 12,3-4 e Lc 7,36-44; Jo 13,2.27 e Lc 22,3; Jo 13,38 e Lc 22,34; Jo 15,20 e Mt 10,24-25; Jo 18,10 e Lc 22,30; Jo 18,11 e Mt 26,52; Jo 20,23 e Mt 18,18.]. Em todo caso, pode-se afirmar que João supõe, em seus destinatários, o conhecimento das grandes tradições sinóticas.
João se aplica a reelaborar essas tradições, fazendo-o com muito mais segurança e liberdade do que os seus antecessores. Para ele, a fidelidade consiste em captar e exprimir em profundidade o alcance dos acontecimentos da salvação que se opera em Yaohushua: Uma fidelidade, por assim dizer, criadora.
Os problemas de composição. Será que essa independência em relação às tradições sinóticas resulta da utilização de outras fontes? Será que apresenta uma real unidade literária, ou deixa transparecer o recurso a documentos diversos?
E, antes de mais, qual foi a língua da primeira redação? Os freqüentes aramaísmos levaram não poucos pesquisadores a sustentar a hipótese de um original aramaico que teria sido traduzido para o grego; outros supõem que a autor grego valeu-se de certos trechos redigidos em aramaico. Exames mais minuciosos levaram, ao que parece, a abandonar essas hipóteses. O evangelho, do ponto de vista literário, tem uma feitura única; ele foi redigido diretamente no grego pobre, mas correto – intensamente evocador, no entanto –, que o caracteriza. Contém notadamente vocábulos e jogos de palavras que não têm equivalente em aramaico e possui um estilo e traços literários que permitem concluir pela unidade de composição. Muitas coisas se explicam, sem dúvida, pela origem semítica deste autor que escreve em grego, ou pela influência que teria exercido sobre ele a versão grega do AT (Septuaginta). [Só que a Septuaginta é uma cópia e não temos o original dessa cópia e as “Escrituras Sagradas” – foram Inspiradas e Reveladas por Yaohu – não sendo de “vontade humana o que foi escrito...”. Sendo este o fator principal de todas as minhas três apostilas! Conhecereis a Verdade. E a Verdade vos libertará!]. {Anselmo Estevan.}. É provável que tenha lançado mão de fontes particulares, notadamente, de uma coletânea de narrativas de milagres, a qual, aliás, tratou com a mesma liberdade com que tratou o material dos sinóticos. Convém lembrar que o autor depende sobretudo do meio “cristão” [ou seja, os “católicos”]. {Anselmo Estevan.} e recorrer ocasionalmente a fórmulas litúrgicas ou fragmentos de homilias: assim, a camada mais arcaica do prólogo parece ser formada de um hino que lembra os hinos das epístolas do cativeiro de Paulo, ou das pastorais; e o discurso sobre o pão da vida é construído segundo as regras da homilia rabínica.
O ambiente cultural. Todo pensamento exprime-se por meio de uma linguagem e relaciona-se com um ambiente cultural; emprega vocábulos e categorias que refletem as preocupações e concepções deste. Se o pensamento é original, opera novas conexões e diz coisas novas por meio de material tomado de empréstimo. A Bíblia não foge a essas regras: Importa, portanto, procurar as raízes da linguagem joanina nas diferentes culturas que coexistiam nas regiões orientais do Império romano, onde o evangelho foi composto.
{Ok. As Bíblias – até podem ser desse mesmo jeito. Mas o “homem” não pode interferir no que foi Revelado e Inspirado por Yaohu! É aí, que começou todos os problemas com os Nomes principalmente do Criador... Por esses motivos citados a cima... As Escrituras Sagradas não contém nenhum erro! Tudo é e foi como YHVH assim o determinou... mostrando aqui, que as minhas três apostilas se referem: A Introdução ao AT e ao NT. Somente sendo o relato de duas-Salvação em duas alianças trazendo assim a perfeição ao homem imperfeito mas tudo pelo seu Amor de YAOHU...!}. Anselmo Estevan.
A diversidade dos pontos de contato coligidos pelos estudiosos é muito grande. Reconheceram primeiro a influência do helenismo, depois sublinharam cada vez mais as relações com o AT e diversos meios judaicos, detectaram mesmo certos vínculos com as correntes gnósticas.
{Veja o quê este termo significa: Gnosticismo – Termo derivado do grego gnosis, conhecimento, e que designa um tipo de filosofia religiosa do segundo século da era cristã. No NT já há sinais de certos desvios doutrinários dos gnósticos. O gnosticismo era uma mistura de elementos judaicos, cristãos e pagãos com vistas a responder a duas perguntas: a) Como reconciliar a presença do mal num mundo criado por um (Deus) – Yaohu perfeito e bom? b) Como se prendeu o espírito à matéria, que é má, e como libertá-lo? A primeira questão era resolvida assim: Yaohu criou uma série de seres que foram se tornando imperfeitos (DEMIURGOS), e um deles criou o mundo com seus males. A segunda questão era resolvida ou por uma vida ASCÉTICA (Cl 2,21-23; 1Tm 4,3) ou por uma vida de LIBERTINAGEM (2Tm 3,2-7; Tt 1,16; 2Pe 2,12-22; Jd 4,8). Para os gnósticos o corpo de Yaohushua não era real: era um fantasma (1Jo 2,23; 4,2-3). E a salvação não era pela fé, mas pelo conhecimento (1Co 13,2; 1Tm 6,20). Sem dúvida alguma esse ensinamento não entrou e nem está nas Bíblias ou na Escritura Sagrada. Somente afetaram os nomes de pessoas, lugares etc. Como o Nome do próprio Criador. [Porque Christós enviou-me não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Christós se não faça vã. (1Co 1,17). As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o RÚKHA hol – RODSHUA ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais! (1Co 2,13). Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com simplicidade e sinceridade de Yaohu, não com sabedoria carnal, mas na graça de Yaohu, temos vivido no mundo e maiormente convosco. (2Co 1,12). Por isso, insisto: Seja você um Remanescente – que procura se libertar do conhecimento carnal e somente adquirir o “conhecimento espiritual o que vem do RÚKHA hol – RODSHUA”.]}. Anselmo Estevan.
a) O helenismo. É certo que João, mais do que os sinóticos, apresenta afinidades com o pensamento helenístico. O interesse marcante por tudo o que concerne ao conhecimento e à verdade, o uso do título Logos, em particular o emprego da alegoria, orientavam as pesquisas neste sentido. Pensava-se mais especialmente em Filon de Alexandria que, no começo do século I, tentara uma vasta obra de helenização da herança religiosa do judaísmo: o lugar de destaque que ocupa nesta obra a noção – bastante confusa – de Logos contribuía para corroborar o fato da influência helenística.
Helenismo. Influência da língua, das idéias e dos costumes gregos que se espalharam pelo Mundo Mediterrâneo, incluindo o Oriente Médio, onde ficava Israel. Isso aconteceu como resultado das conquistas de Alexandre Magno (334-325 a.C.) e durou três séculos e meio.
Logos. Palavra. Transmissão de um pensamento, comunicação, palavra de explicação, elocução, discurso, revelação divina, conversa, declaração, instrução, oráculo, promessa divina, doutrina divina, declaração divina. Yaohushua é o logos vivo (Jo 1,1); a Bíblia é o logos escrito (Hb 4,12); e o RÚKHA hol – RODSHUA emite o logos falado (1Co 2,13).
Assim, a PALAVRA de Yaohu crescia poderosamente e prevalecia (At 19,20). Nunca se esqueças disso! Anselmo Estevan. (Yaohu é seu Nome!).
É verossímil que o pensamento filoniano se haja espalhado por diversos meios judaicos fora da Palestina – a Diáspora –, suscitando um estilo de pesquisas e de vida. João certamente conheceu um ou outro desses círculos. Mas a visão de conjunto é nitidamente diferente: em João não se trata de uma ascensão do conhecimento, partindo das ciências e das reflexões filosóficas em direção à contemplação do Ser; o essencial, para ele, é o conhecimento na fé do Filho encarnado. Mesmo quando se utilizam os mesmos vocábulos, as significações variam: assim, o Logos joanino não aparece como uma criatura intermediária entre Yaohu e o universo, mas como o Filho preexistente, perfeitamente associado à ação do Pai.
No começo deste século, o conhecimento das formas populares e bastante sincretistas da vida filosófica e religiosa do século I permitia que outras semelhanças na expressão fossem percebidas. Alguns concluíram que o quarto evangelho não passava de uma vasta adaptação do cristianismo, expurgado de suas concepções apocalípticas e judaicas e transformado numa mística individualista.
b) Influências judaicas. Mas as raízes veterotestamentárias e judaicas do quarto evangelho não tardariam a ser postas em evidência. Notou-se-lhe no estilo a presença de numerosas expressões semíticas, o que deu origem à hipótese de um original aramaico. Sublinhou-se, por outro lado, a importância das reminiscências do AT. Se João cita raramente o AT de maneira explícita e tem suas preocupações voltadas a separar nitidamente a antiga economia da nova, ele não deixa de usar numerosas fórmulas do AT e, em particular, temas da literatura sapiencial: a água, o alimento celeste e o maná, o pastor, a vinha. O Templo. Tudo se passa como se João tivesse um conhecimento dos temas e de suas diversas variações, mas quisesse emprega-los de modo pessoal e original.
Reconheceram-se, por outro lado, numerosos pontos de contato entre o judaísmo contemporâneo (tipos de raciocínio, processos de composição e elementos de vocabulário em uso nos meios rabínicos). Houve mesmo quem chegasse a detectar alusões ou influências concretas da liturgia judaica. O certo é que João conhece perfeitamente os usos e costumes do judaísmo palestinense do século I. Mas ele também sabe das profundas diferenças que separam este último do “cristianismo”. A ruptura está consumada (cf. 9,22; 12,42), e João, muito afastado do legalismo e do ritualismo judaico, pôr em evidência a novidade e transcendências do mundo da Encarnação.
Os documentos de Qumran, descobertos faz alguns decênios, permitiram conhecer um outro meio judaico que, da mesma sorte, apresentava afinidades com o quarto evangelho. De uma parte e de outra, notou-se um dualismo muito acentuado nos domínios religioso e moral, tais como exprimem as oposições luz-trevas e verdade-mentira. De ambos os lados, os adeptos consideram que a sua comunidade inaugura os últimos tempos e se empenham em decifrar o sentido oculto das indicações do AT. Cá e lá, atribuí-se grande importância a um Mestre de Doutrina e se sublinha o papel do Rúkha de verdade ou do Paráclito.
Mas ao lado desses traços comuns, há, entre as duas comunidades, numerosas diferenças: o clima é outro. João acha-se não distante da mentalidade apocaplitica de certos textos de Qumran quanto do legalismo exacerbado que neles se observa. O papel de Yaohushua difere muito do papel do Mestre de Justiça ou dos dois Messias da seita. Por certo, podem-se apontar correspondências de fórmulas e preocupações, mas a tendência de conjunto é radicalmente diferente.
c) O gnosticismo. Finalmente, há dois séculos que se procura situar o evangelho com relação às correntes gnósticas. Sabe-se que a gnose se apresentava geralmente como um ensinamento esotérico, que conduzia os seus iniciados, após certas purificações, a se abrirem à salvação pelo conhecimento das grandes verdades religiosas ou pelo êxtase. Essas doutrinas inspiravam uma verdadeira aversão às realidades materiais ou carnais, identificadas com o Mal. Nós conhecemos as tendências gnósticas por textos posteriores ao século I, escritos tanto num contexto helenístico, mais ou menos marcado por influências orientais, como no contexto “cristão”. Pode-se pensar que certas tradições gnósticas remontem a épocas um pouco anteriores, não se podendo, por conseguinte, excluir uma interferência no quarto evangelho.
A questão é tanto mais delicada, porquanto as fontes são pouco numerosas e relativamente tardias. Se nos recusarmos a dar largas à imaginação e levar em conta, baseados em escritos muito tardios, um vasto sistema gnóstico que envolveu a maior parte dos meios religiosos do século I, é preciso restringir-nos aos tratados característicos do Corpus hermeticum. Dois deles (I e XIII) propõem um sistema bastante puro: um divino Ánthropos, ou Homem primordial, decaiu e se atolou na matéria: descrevem-se depois as condições e etapas de seu retorno para os céus através de esferas maléficas controladas pelos planetas. Yaohu aparece e como Ser misterioso, fonte de Luz e de Vida, e a verdadeira vida consiste para os homens em alcança-lo num conhecimento imediato e beatificante.
É difícil estabelecer dependência literária entre João e esses tratados (e, no caso de dependência, qual seria a fonte?),{Uma influência de João sobre certas passagens do tratado XIII é muito verossímil}, mas devemos reconhecer preocupações e certas formulações comuns. [Bem, aqui, quero repetir o estudo do “gnosticismo”: Nada contra em o “homem” – obter “conhecimento”! Mas, sim, o de NÃO FAZER ISSO POR SI SOMENTE – SE TORNANDO INDEPENDENTE DE YAOHU(...). É aí que o “erro” prevalece! O que nunca pode acontecer. Pois na sua total “DEPENDÊNCIA” – É QUE SOMOS INSTRUÍDOS!”. Afinal de contas, falando simplesmente, foi pra isso que Ele nos resgatou das “trevas” e nos trouxe para sua maravilhosa LUZ, em seu AMOR – fomos salvos. E o gnosticismo quer descobrir e fazer tudo sem Yaohu – sem Deus. Ou melhor – sendo eles mesmos “deuses!”. Por isso volto a reafirmar: Ter conhecimento sim! Mas sempre em dependência do Criador e buscando primeiro o seu Reino. O resto virá a seu tempo de Yaohu...]. Anselmo Estevan. Formando num meio complexo, em que se encontravam e se enfrentavam muitas tendências, João pode ter sido estimulado e impelido a pôr mais em evidência a relação entre o conhecimento e a vida divina com a qual os homens podem ser gratificados; mas ele reagiu de modo original, pois a sua fé na criação de todas as coisas por Yaohu excluía o pessimismo metafísico, e o fato da Encarnação do Filho eterno dava à carne e à condição humana um sentido muito diferente das especulações GNÓSTICAS.
d) Originalidade de João. Tantos cotejos minuciosos e delicados não permitiram designar, portanto, uma corrente de pensamento cujas opções fundamentais João teria adotado. Ele parece ter vivido na confluência das grandes tendências filosófico-religiosas do seu tempo, sem dúvida em uma das metrópoles onde coexistiam o pensamento grego e o MISTICISMO ORIENTAL e onde o próprio judaísmo se alterava e se abria às influências externas. Mas nem por isso se deve minimizar a profunda originalidade do seu pensamento. Este deriva sobretudo da vida e das palavras das comunidades cristãs às quais ele pertence. Ele se refere antes de tudo aos acontecimentos primordiais e vale-se das numerosas buscas da expressão das primeiras elaborações teológicas cristãs: podemos encontrar vários pontos de contato com Paulo, em particular com as Epístolas do Cativeiro e os documentos que a tradição relaciona com Éfeso. João conhece também vários textos litúrgicos.
Entretanto, esse enraizamento no meio cristão da época não impediu o evangelista de fazer uma obra profundamente original, longamente amadurecida, soberanamente livre com relação às diversas correntes que ele encontrou e avaliou. Tudo é refundido, assimilado, em função de uma visão completa e, todavia, simples, da realidade e do papel de Yaohushua, o Christós (O UNGIDO), o Filho de Yaohu [20,30]. {Sendo, assim, um verdadeiro REMANESCENTE – não se deixando envolver-se com o disse me disse e costumes, tradições, etc. simplesmente – buscando somente o ensinamento que vem do alto – de YAOHU!}. Anselmo Estevan.
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