O EVANGELHO SEGUNDO
MARCOS
INTRODUÇÃO
Visão geral
Autor: João Marcos.
Propósito: Apresentar as boas-novas de Yaohushua a um público essencialmente gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de O UNGIDO.
Data: 62-69 d.C., ou um pouco antes.
Verdades fundamentais:
Yaohushua era o aguardado Messias de Israel.
Yaohushua se revelou de modo especial aos seus doze discípulos.
Yaohushua demonstrou que era o Filho divino de Yaohu.
Yaohushua resistiu ao reconhecimento público para sofrer e morrer em favor do seu povo.
Yaohushua mostrou-se muito interessado em estender a salvação aos gentios.
A expansão das boas-novas acerca de Yaohushua exerce poder sobre o mal.
Propósito e características
O propósito principal de Marcos era fornecer por escrito um testemunho dos doze apóstolos quanto aos fatos da vida, morte e ressurreição de Yaohushua. Marcos considerava isso como a essência do evangelho (1,1). Ele não planejou escrever uma biografia ou um relato completo do ministério público de Yaohushua, mas simplificou o relato histórico a uma estrutura mínima, dividida em três partes: (1) a inauguração do ministério com João Batista, (2) o ministério público de Yaohushua na “Galiléia dos gentios” (Mt 4,15) e regiões circunvizinhas, e (3) a jornada final em direção a judeia dos judeus e a Jerusalém, para o sacrifício definitivo na cruz.
MARCOS. Ordem e temas principais. O segundo evangelho apresenta-se sob a forma de uma seqüência de narrativas geralmente breves e sem conexões muito precisas. Seu quadro mais característico é constituído por indicações geográficas. A atividade de Yaohushua decorre na Galiléia (1,14) e arredores desta região, estendendo-se até as terras pagãs (7,24.31; 8,27). A seguir, passando pela Peréia e Jericó (cap. 10), Yaohushua sobe a Jerusalém (11,1).
Este quadro não revela a disposição interna do livro, dominado antes pelo desenvolvimento de alguns temas fundamentais.
A. O Evangelho. Logo as primeiras palavras, o livro declara o interesse atribuído ao “Evangelho de Yaohushua O UNGIDO, Filho de Yaohu” (1,1), denominado também, pouco adiante, “Evangelho de Yaohu” (1,14), ou “Evangelho” sem mais (1,15). Para Marcos, bem como para Paulo, esta palavra designa a Boa Nova, destinada a todos os homens e cuja aceitação define a fé Remanescente: por meio de Yaohushua, Yaohu realizou suas promessas em favor deles (cf. 1,1, nota). Por isso, o Evangelho deve ser proclamado a todas as nações (13,10; 14,9). Este empreendimento define a atualidade à qual Marcos não receia adaptar certas palavras de Yaohushua: desaparecido este, renunciar a si mesmo e tudo abandonar por ele é faze-lo em prol do Evangelho (8,35 nota; 10,29). Porque a ação de Yaohu que se manifestou pela vida, morte e ressurreição de Yaohushua, prolonga-se neste mundo por meio da palavra confiada aos discípulos. Mais do que uma mensagem provinda de Yaohu e referente a Yaohushua O UNGIDO, o Evangelho é esta ação divina em meio aos homens. Eis o presente, a partir do qual Marcos se volta para o passado, a fim de falar do seu “começo” (1,1) e para caracterizar, a esta luz, a existência Remanescente.
B. Yaohushua O UNGIDO, Filho de Yaohu. As promessas divinas começaram a cumprir-se com a pregação de João Batista, que abriu o caminho para Yaohushua de Nazaré (1,2-8). Este, designado por Yaohu como seu Filho e vitorioso sobe Satanás no deserto, inaugura a pregação do Evangelho na Galiléia (1,14-15). Daí por diante, começa um verdadeiro drama, o da manifestação de O UNGIDO, Filho de Yaohu, em duas fases distintas.
1. O poder do ensinamento e dos atos de Yaohushua contra as forças do mal é reconhecido por um vasto público (1,21-45; 3,7-10...). Mas o ser Yaohushua Filho de Yaohu é um fato que deve manter-se secreto (1,25; 3,12). A oposição dos observantes da lei mosaica, orgulhosos e impertinentes, manifesta-se (2-3,6) e chega a ponto de apresentar Yaohushua como instrumento do príncipe dos demônios (3,22-30). Entretanto, os discípulos distinguem-se nitidamente da multidão (4,10.33-34). E, entre eles, a pergunta dos primeiros que aparecem: “Que é isto?” (1,27), reveza-se com esta outra: “Quem é este?” (4,41). As respostas divergem (6,14-16; 8,27-28). E, não obstante a sua profunda incompreensão da missão de Yaohushua (6,52; 8,14-21), os discípulos chegam a reconhecer, pela boca de Pedro, que ele é O UNGIDO (8,29). Mas recebem ordem de se calar (8,30). [Veja que interessante: “Pelo zelo do Nome próprio de “Deus”, deixando as “consoantes”, mas, não pronunciando as “vogais para não pronunciar o nome verdadeiro e próprio de Deus – um Ser Sagrado e Santíssimo...” Esquecendo da pureza e da verdadeira razão de seu nome em hebraico..., esqueceram-se também, é claro, não podiam ver, enxergar que o Filho – revelou o Pai – pois o Filho e o Pai são UM! Pelo simples motivo de adulterarem as “vogais masoréticas e deixando as consoantes formando uma forma híbrida como um “deus” exclusivamente pagão!” E, isso está registrado agora nos Evangelhos...!”.Anselmo Estevan.].
2. A partir de então, começa um ensinamento novo: o Filho do homem deve passar pelo sofrimento, a morte e a ressurreição. Este ensinamento, repetido três vezes (8,31-33; 9,30-32; 10,32-34), conduz o leitor ao confronto de Yaohushua com seus adversários em Jerusalém (caps. 11-13). Aí, o drama culmina: o segredo de Yaohushua é desvendado no decurso da Paixão (caps. 14 e 15), Sua declaração perante o Sinédrio, que o condena à morte (14,61-62), e a palavra do centurião na hora de sua morte (15,39) condenam-se com as revelações de Yaohushua por ocasião do batismo e da Transfiguração (1,11; 9,7) e justificam o título do livro: Yaohushua é O UNGIDO, o Filho de Yaohu (1,1, notas). Entrementes, as indiscrições malévolas dos demônios (1,24.34; 3,11) e a fé messiânica dos discípulos (8,29) foram reduzidas ao silêncio: de fato, o sentido das mesmas não se poderia manifestar antes da paixão e morte de Yaohushua.
O relato da paixão constitui o ápice do livro. Ele é preparado não só pelos conflitos em Jerusalém, pelo tríplice anúncio que segue a profissão de fé de Pedro, e por uma observação já feita em 3,6; ele responde à pergunta feita desde o primeiro ato público de Yaohushua, segundo Marcos (1,27), e permite compreender a insistência do livro sobre o que se denominou segredo messiânico (cf. 1,34, nota; 1,44, notas; 8,30, nota). Esta insistência corresponde, sem dúvida, ao fato de Yaohushua não ter sido RECONHECIDO, ao tempo de sua vida terrena, como o foi depois da Páscoa. Mas, já que o segredo incide exatamente nos títulos sob os quais se exprime a fé cristã (1,1; 3,11; 8,29), {aí, está a suprema importância de ser um REMANESCENTE. Para poder ver o “certo” do “Errado – o erro cometido pelo “homem, o ser humano” – que por muitas vezes se põe no lugar do “Diabo” sendo um semi-deus!”. Anselmo Estevan}, Marcos parece querer indicar que eles eram prematuros, e permaneceram equívocos para os judeus e para os pagãos, enquanto sua verdade não fosse reconhecida na humilhação do Crucificado. (BÍBLIAS PESQUISADAS - BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA, BÍBLIA TRADUÇÃO ECUMÊNICA, BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL - COM TODOS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS A MESMA. ANSELMO ESTEVAN.).
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