Em primeiro lugar gostaríamos de esclarecer que o motivo que nos leva a disponibilizar, neste material, informações básicas sobre o idioma hebraico, não é a de formar especialistas neste idioma, senão apenas familiarizar o visitante deste site com este idioma, de modo a despertar seu interesse ao aprofundamento no conhecimento da verdade escritural, cujos fundamentos são hebraicos.
O conhecimento de hebraico não é fundamental para a nossa salvação, visto que ninguém é salvo por conhecer hebraico, mas é muito importante, principalmente se levarmos em conta que as traduções que chegaram até nós, seja em português ou em qualquer outro idioma, contêm corrupções graves por tendências religiosas deste ou daquele tradutor, ou entidades religiosas com interesses próprios.
O conhecimento do hebraico, mesmo que básico e superficial, já nos alarga sobremodo nossos horizontes de visão para uma melhor compreensão das escrituras, e abre os nossos olhos para enxergarmos com clareza onde e porque podemos estar sendo enganados por distorções, ou mesmo mentiras inseridas voluntariamente pelos que manuseiam as escrituras com intenções indignas. Embora hajam muitos textos traduzidos erroneamente, com fortes tendências religiosas por parte de seus tradutores, o que mais sofreu com as traduções foram os NOMES próprios, sejam de pessoas ou de lugares. E o mais grave de tudo isso, foram as adulterações causadas aos Nomes mais sagrados: do Criador, de seu Filho, o Messias, e do Consolador, o Espírito da Verdade. Este assunto está largamente explicado no tópico Seu Nome, na página principal.
Prossigamos então para o primeiro contato com o idioma hebraico, lembrando sempre que nossa intenção é fornecer o básico, sem pretensão de formar especialistas, não sendo este o propósito principal deste site.
A primeira informação que os principiantes em hebraico desejam é, sem dúvida, conhecer o alfabeto hebraico ou "alefbets". Os caracteres hebraicos são, realmente, bem diferentes dos caracteres ocidentais, mas com pouco tempo conseguimos nos acostumar com eles, quando então passam a ser lidos sem necessidade de recorrermos a tabelas de consulta.
Você ficará surpreso de só encontrar consoantes no "alefbets", porém mais adiante falaremos sobre isso.
Vamos então ter nosso primeiro contato com os caracteres hebraicos.
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O que é BEGADKEFAT ?
Begadkefat é o nome usado para o conjunto de 6(seis) consoantes que podem ou não ter a sua pronúncia aspirada. São elas: "BÊT", "GUÍMEL", "DÁLET", "KAF", "PÊ" e "TAV". Em verdade, o som aspirado se representa colocando-se um "h" após a letra, resultando em:
Bh (V), Gh, Dh, Kh, Ph (F) e Th
Estas letras, quando apresentadas da forma simples acima, são aspiradas. Quando não são aspiradas, então devem receber um ponto médio interior para representar uma pronúncia não aspirada. Note que não são consoantes adicionais ao "alefbets", mas sim as mesmas seis consoantes já apresentadas, que possuem sons diferentes dependendo das palavras em que são usadas. Assim, confira na tabela abaixo as formas aspiradas e não aspiradas destas 6(seis) consoantes:
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Volto a lembrar que estas não são seis consoantes adicionais, mas apenas as mesmas consoantes que recebem o ponto médio interior, denominado "dáguesh lene".
Mas onde estão as vogais?
No hebraico arcaico, mais antigo, não existiam vogais na escrita, de forma nenhuma. Apenas as pessoas aprendiam o som de cada palavra e inseriam na leitura o som das vogais destas palavras. Repetindo: os sons de vogais existiam, é claro, mas não havia representação escrita destes sons, senão apenas das consoantes das palavras.
Imagine que você, desde o início de sua alfabetização, tenha aprendido a escrever a palavra "computador" assim: "CMPTDR". Então quando você encontrasse esta palavra "CMPTDR" num texto, você leria em voz alta "COMPUTADOR", inserindo todas as vogais que não estariam presentes na escrita.
Assim era o hebraico arcaico até a época dos massoretas. A partir deste grupo denominado massoretas, houve uma preocupação de que o hebraico pudesse ser esquecido totalmente e ninguém mais soubesse como se pronunciavam as palavras. Foi então criado um sistema de sinais, chamados de "SINAIS MASSORÉTICOS", para indicar e memorizar as vogais no idioma hebraico, de modo que a perda da cultura, que eles temiam, não acontecesse.
Desta feita, o hebraico moderno conta com um sistema de sinais massoréticos com a finalidade de indicar a pronúncia das vogais. Tal sistema, se por um lado ajudou a preservar a pronúncia original das palavras, por outro foi um terrível instrumento de corrupção, uma vez que uma utilização errada de tais sinais, perpetuaria o erro para todas as gerações futuras. Mais adiante falaremos sobre alguns exemplos destes.
A ortografia do hebraico
Em primeiro lugar é necessário aprendermos como se lê um livro escrito em hebraico, como por exemplo, as Sagradas Escrituras Hebraicas.
Normalmente ao abrirmos um livro escrito em alguma linguagem ocidental, a lombada fica à esquerda e folheamos as páginas virando-as da direita para a esquerda.
Quando abrimos, por exemplo, uma Bíblia Hebraica, a lombada deverá ficar à direita, e folhearemos as páginas da esquerda para a direita.
A escrita hebraica é feita da direita para a esquerda, a partir da primeira linha superior, e descendo linha a linha. Há uma inversão de lateralidade em relação à escrita ocidental.
Em segundo lugar, é preciso entendermos que em hebraico não existem vogais, mas apenas consoantes, embora algumas destas consoantes, eventualmente atuem com o som de vogais.
Duas destas consoantes são especialmente usadas para vogais, e em si não possuem som algum, senão o som de vogal que adquirem dependendo da palavra em que estão. Estas consoantes são o ÁLEF (primeira letra do "alefbets" hebraico) e o ÁYIN.
Relembre abaixo como é a forma quadrática destas duas letras:
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Denomina-se forma quadrática ao tipo de letra usado para imprensa, aquela que não é manuscrita. Os caracteres hebraicos quadráticos são os que primeiramente trataremos aqui.
Outra letra hebraica que pode assumir sons de vogais é o VÁV, porém esta letra tem o seu som próprio quando não está sendo usada como vogal. O VÁV, quando é usado com o seu próprio som, corresponde ao nosso "V" como em "VALE".
Relembre abaixo como é a forma quadrática da letra VÁV, correspondente, como consoante, ao nosso "V":
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Em hebraico não existe diferença de letras maiúsculas e minúsculas na escrita. O mesmo tipo de letra é usado para começar uma frase, para um nome próprio ou dentro das palavras. Portanto não existem letras maiúsculas e minúsculas, mas apenas a forma natural das letras onde quer que elas se encontrem.
As formas finais
Embora o hebraico não utilize letras maiúsculas ou minúsculas na sua escrita, há um fator peculiar para 5(cinco) letras específicas, quando as mesmas se encontram no final de qualquer palavra. Estas cinco letras, no final de uma palavra, apresentam forma diferente, chamada de forma final ou "SOFIT".
Veja na tabela abaixo as formas normais e finais destas cinco letras:
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Classificação das consoantes quanto à fonética.
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Observe que a consoante RÊSH é, ao mesmo tempo, gutural e lingual.
Os sinais massoréticos
Como vimos anteriormente, os sinais massoréticos não faziam parte do hebraico arcaico, originalmente, tendo sido criados numa época em que havia temor de que a língua hebraica caísse no esquecimento e se tornasse impossível saber como as palavras eram pronunciadas. Como efeito disso, pronúncias puderam ser alteradas também, bastando que alguém por falha ou por tendência religiosa inserisse o massorético errôneo.
Os sinais massoréticos, em sua maioria, são colocados abaixo das letras, mas alguns também são colocados acima ou na linha média da letra.
Vamos então conhecê-los:
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porque ao pronunciarmos "AO" rapidamente, o som resultante é o som entre "A" e "O" da vogal "qamatz". Alguns autores se refereEm hebraico existem vogais LONGAS, BREVES e SEMIVOGAIS. Para melhor entendimento, precisaremos explicar alguns dos massoréticos.
Qamatz - O massorético "qamatz" possui um som de vogal que é considerado como "A" para muitos, mas que de fato possui um som de "A" oco, fechado para "O". Não é um som que possua representação em português, visto que em português não possuímos nenhuma vogal com esse som. Por isso, apesar da vogal "qamatz" estar apresentada na vogal "A", seu som seria melhor representado por "AO". Na realidade não são duas vogais e nem dois sons, mas um único som de vogal que, por não possuírmos vogal correspondente em português, a melhor forma de representar é utilizando "AO", m ao "shevau qamatz" como "qamatz qaton". O "shevau qamatz", também chamado de "qamatz qaton" é um "AO" tão breve que sua pronúncia é praticamente de "O", em vez de "A". O "qamatz" é a primeira vogal usada tanto no Nome do Criador, YAOHUH (IÁORRU), como no Nome do Messias, YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA), conforme as figuras abaixo:
Os Nomes do Criador, YAOHUH (IÁORRU), e do Messias YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA), acima, apresentam mais três vogais: o "Vav Shuruq" (U longo), o "Qibuts" (U curto) e o "Patar" (A curto), sobre as quais falaremos a seu tempo.
Patar - É a vogal "A" breve. É usada sob a letra AYIN final do Nome do Messias YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA).
Shevau - Este massorético foi inventado para representar uma semivogal ou "vogal esvaída". Para entendermos tal coisa, devemos pensar nas palavras "advogado" ou "adjetivo", em português. Nestas palavras, após o "d", há, de fato, uma "vogal esvaída", que não é nem escrita, mas que é pronunciada por um tempo muito pequeno. Há pessoas que pronunciam erradamente a palavra como "adevogado", como se ali houvesse uma vogal. Este conceito de semivogal é importante de ser bem entendido, para uma perfeita pronúncia das palavras que contêm o massorético "Shevau" ou seus compostos.
Quando o "Shevau" aparece ligando uma consoante à outra, na mesma sílaba, ele é pronunciado como "E" bem curto, mas é vocálico ou sonoro. Um bom exemplo para este caso é a palavra "mnemônico" em português. Se usássemos massoréticos em português, certamente esta palavra receberia um "Shevau" vocálico entre o "m" e o "n" iniciais. O mesmo é válido para a palavra "pneu", que muitos pronunciam erradamente como "peneu".
representada pelo Hireq Qaton que é apenas um ponto sob uma consoante. Além disso, a própria letra YOD, embora consoante, apresenta som de "I" e, eventualmente, "E".
IMPORTANTE: Quando falamos sobre sinais maQuando o "Shevau" aparece no final de uma sílaba, ele é pronunciado extremamente curto, e não é transliterado, mas atua de forma "secante" na palavra, causando uma pausa como se a palavra tivesse sido dividida em duas palavras. Novamente as palavras "advogado" e "adjetivo", em português, servem de exemplo para este caso, pois é como se pronunciássemos duas palavras "ad-vogado" ou "ad-jetivo". Se usássemos os massoréticos em português, estas duas palavras certamente receberiam o "Shevau" secante.
Shevau-Patar, Shevau-Segol e Shevau-Qamatz - Quando o massorético "Shevau" estiver sob uma consoante gutural (álef, áyin, hê, khêt ou rêsh), ele deve ser representado precedido pelo sinal de uma vogal longa ou breve (qamatz, patar ou segol).
Hireq Gadol e Hireq Qaton - A forma longa da vogal "I" é representada pelo Hireq Gadol, que é composto de um ponto sob a consoante que precede a letra YOD. A forma curta da vogal "I" éssoréticos, esclarecemos que são sinais ADICIONADOS à escrita hebraica, e que não faziam parte do hebraico original. Assim, no caso do Hireq Gadol, somente o ponto é, de fato, um sinal massorético. O YOD que aparece depois dele, existiria do mesmo jeito numa escrita onde os sinais massoréticos estivessem ausentes.
Roulem e Vav Roulem - Estas são duas formas de "O" longo. O Vav Roulem é a representação da letra VAV com um ponto sobre ela, apresentando som de "O" longo por natureza. Este é o caso em que o VAV atua como "O" e não como "V". O ponto superior pode também ser usado em palavras onde não há o VAV mas que possuem, contudo, a pronúncia da vogal "O".
IMPORTANTE: Quando falamos sobre sinais massoréticos, esclarecemos que são sinais ADICIONADOS à escrita hebraica, e que não faziam parte do hebraico original. Assim, no caso do Vav Roulem, somente o ponto é, de fato, um sinal massorético. O VAV que aparece sob ele, existiria do mesmo jeito numa escrita onde os sinais massoréticos estivessem ausentes.
Vav Shuruq e Qibuts - São as representações longa e curta, respectivamente, da vogal "U". O Vav Shuruq faz parte do Nome do Criador, YAOHUH (IÁORRU), e também do Nome do Messias, YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA). O segundo "U" do Nome do Messias é representado por um massorético Qibuts, por ser curto.
IMPORTANTE: Quando falamos sobre sinais massoréticos, esclarecemos que são sinais ADICIONADOS à escrita hebraica, e que não faziam parte do hebraico original. Assim, no caso do Vav Shuruq, somente o ponto na linha média é, de fato, um sinal massorético. O VAV que aparece com o ponto em sua linha média, existiria do mesmo jeito numa escrita onde os sinais massoréticos estivessem ausentes.
Olá, Anselmo!
ResponderExcluirSeu blog é bem interessante.
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Abraços,
Graça e paz.