sábado, 4 de junho de 2011

O COMEÇO DA "BÍBLIA" - E OS "DEUSES PAGÃOS DA BÍBLIA!!":

APÓCRIFO: Este termo designa os escritos que, redigidos no desenrolar do Antigo e do Novo Testamentos, não foram considerados como fazendo parte da Bíblia. No Antigo Testamento pode-se citar, por exemplo, o terceiro e o quarto livros dos Macabeus, as Odes de Salomão; no Novo Testamento pode-se citar “Proto-evangelho de Tiago” ou o “Evangelho de Tomé”.


Apócrifos Livros que o Concílio de Trento, em 1546, declarou inspirados, embora não fizessem parte do CÂNON DO AT estabelecido pelos judeus da Palestina, Os católicos chamam esses livros de “deuterocanônicos”, isto é, pertencem ao “segundo cânon”. “Protocanônicos” (pertencem ao primeiro cânon) são os livros do AT que os judeus da Palestina consideravam inspirados, e esses são aceitos tanto pelos católicos como pelos evangélicos. Os livros apócrifos aceitos pelos católicos são os seguintes: TOBIAS, JUDITE, SABEDORIA DE SALOMÃO, ECLESIÁSTICO ou SIRÁCIDA, BARUQUE, EPÍSTOLA de JEREMIAS, PRIMEIRO e SEGUNDO MACABEUS e os acréscimos a Ester (ESTER EM GREGO) e a Daniel (A ORAÇÃO de AZARIAS, A CANÇÃO dos TRÊS JOVENS e as HISTÓRIAS DE SUZANA e de BEL e do DRAGÃO).

Além desses existem outros livros que não são considerados inspirados, os quais os evangélicos chamam de PSEUDEPÍGRAFOS, e os católicos, de “APÓCRIFOS”. Veja que interessante: Deste termo (Apócrifo) nos leva a SEPTUAGINTA. Veja só:



SEPTUAGINTA. [LXX] Versão do AT para o grego, feita entre 285 e 150 a.C. Em Alexandria, no Egito, para os muitos judeus que ali moravam e que não conheciam o HEBRAICO. O nome “Septuaginta” vem, segundo a lenda, dos setenta ou setenta e dois tradutores que o produziram. A Bíblia de (Jesus) [Yaohushua – Messias] e dos seus discípulos foi a Bíblia Hebraica, mas a LXX foi a Bíblia de Paulo e das igrejas da DISPERSÃO. A maioria das citações do AT no NT é tirada da LXX. Os LIVROS APÓCRIFOS FAZIAM PARTE DO CÂNON DA LXX.



(Peço desculpas por não estar seguindo a “Ordem Alfabética do Glossário” mas, têm que ser dessa forma para quem ler esta apostila, ter um melhor entendimento dos fatos). No meu ver, é aqui que tudo começa veja só:



Bem, VIDE MAIS PRA FRENTE QUE ESTE TERMO, NADA SIGNIFICA PARA O POVO HEBRAICO A PALAVRA “SENHOR”. [Javé], não existe!!! {JEOVÀ}, também não!



SENHOR: (Propriamente dito: Hebr. ADON; gr. KYRIOS) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97,5; Rm 14,4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando. (Hebr. YHVH, JAVÉ). Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípios nem fim (Êx 3,14; 6,3). Segundo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das TRADUÇÕES modernas usa “Senhor” como equivalente de YHVH (JAVÈ). A RA e a NTLH escrevem “SENHOR”. A forma JAVÈ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de YHVH (o Eterno) com as vogais de ADONAI (senhor).

Às abreviações (Hebr. Lê-se - “Hebraico”); (gr. Lê-se - “grego”).



VEJA, AGORA, O SIGNIFICADO DE “SENHOR”:



(Tirado do estudo da Bíblia de Genebra – edição revista e ampliada Baal – senhor [1Rs 16,32 – Baal.]).



BAAL: Essa designação significa “senhor” ou “marido”. Baal era adorado como o deus da tempestade e era a principal divindade da religião cananéia. Como o deus que controlava as condições do tempo; Baal era considerado o agente das chuvas vivificantes e da fertilidade que evitavam a fome e esterilidade da terra, dos rebanhos e do povo.



(Bem, vamos agora a um “Dicionário-enciclopédico do Autor: R. N. Champlin, Pn. D. Da (Editora: HAGNOS.):



BAAL (BAALISMO): A palavra e seu uso. Essa é a palavra hebraica que significa “proprietário”, “senhor” ou “marido”. É usada em 1Cr 5,5; 8,20 e 9,36 como um nome pessoal; e de modo geral, designa a divindade cananéia desse nome. As identificações incluem aquelas com restrições a algum mero lugar de adoração como Baal-Peor (Nm 25,3), Baal-Gade (Js 11,7), Baal-Hermom (Jz 3,3), etc. Algumas vezes, tais combinações indicam uma característica da divindade, e não algum lugar com o qual estaria associada, como Baal-Berite (Baal do pacto, em Jz 8,33). Baal-Zebube, talvez uma corruptela de Baal-Zebul (que significa “príncipe”, em 2Reis 1,2). O próprio termo sugere que a divindade era considerada proprietário de um determinado lugar, pelo que exerceria controle ali, no tocante a certos aspectos da vida humana, mas, sobretudo, no tocante à fertilidade.

Baalísmo. A adoração a Baal era, essencialmente uma religião da natureza, cuja ênfase principal era a fertilidade. O Oriente Próximo exibiu várias formas de religião da fertilidade, e essa religião dos cananeus era a mais desenvolvida entre elas, quanto a esse aspecto. Israel deixou-se arrastar pela influência do baalismo por meio de sincretismo (os hebreus incorporaram-no, ou ao menos aspectos seus, à sua fé), tendo havido uma reação profética (os profetas que reagiram contra esses elementos corruptores).

Ideias. El seria o pai dos deuses, mas não teria muito contato com os homens. Aserá era a deusa-mãe. Um filho (ou neto) de destaque deles seria Baal. Sua consorte, Astarte (que no AT aparece como Astarote), era a deusa da fertilidade. Nos tabletes de Ras Shamra, Anate aparece como a consorte de Baal. Seu maior inimigo era Mote (a morte). O clima da Síria e da Palestina contribuía para a elaboração dessa religião. As chuvas cessam em março-abril. Só começa a chover novamente em outubro-novembro, e, durante o intervalo, pouca vegetação pode crescer. A menos que as chuvas voltem, a fome é inevitável. Assim os cananeus personificaram as forças que fazem a vegetação voltar à vida. A razão pela qual as chuvas cessariam é que Baal seria morto em uma luta feroz contra Mote. E as chuvas retornariam porque os amigos de Baal (como o Sol – Shapsh ou Shemsh) e Astarte (fertilidade), devolver-lhe-iam a vida (princípio da ressurreição). Assim temos nisso uma forma de religião que é, essencialmente, a adoração à natureza. Quando os homens perturbam os deuses ou deixam de agradá-los, há perturbações nas condições atmosféricas, ou nas vidas das famílias e das tribos.

Festividades. A fim de promover o sentimento religioso do povo e honrar os deuses, foram instituídas festas que apelavam ao impulso procriador e a licenciosidade, incluindo a prostituição masculina e feminina, que se tornou um acompanhamento indispensável nesses cultos de fertilidade. Isso prosseguia durante os períodos da festividade e fora dos mesmos.

Influência sobre Israel. Essa religião exerceu grande influência sobre Israel, especialmente no norte (Israel, em contraste com Judá), onde as ideias e as culturas pagãs tornaram-se parte, mais rapidamente da perceptiva religiosa dos israelitas. Isso provocou os protestos dos profetas. Sob tais circunstâncias foi que Elias e seus sucessores postularam a pergunta se o Deus de Israel era Yaohu ou Baal (ver Reis 18). Os símbolos dessa adoração foram condenados pelos profetas, incluindo a árvore ou bosque sagrado, a coluna e os terafins (imagens, que incluíam figurinhas da deusa da fertilidade, que se tornaram populares e numerosas entre os israelitas). O protesto levantado pelos profetas contra esse tipo de religião pode ter sido um dos fatores que raramente permitia que Deus fosse chamado de Pai e o AT não tem palavra que corresponde a deusa. Além disso, a expressão filho de Deus, aplicada ao homem, é rara no AT. Taís termos poderiam ser erroneamente entendidos, em termos pagãos. No judaísmo havia o cuidado de se evitar a terminologia sexual no seio da família, porquanto isso era por demais comum nas religiões politeístas e de fertilidade, entre os vizinhos de Israel.

Fatores do vigor da religião de fertilidade. 1. Israel não expulsou os cananeus de suas terras, mas antes misturou-se com eles em casamento. 2. Aqueles que tinham acabado de entrar na Terra Prometida tinham acabado de sair das experiências no deserto. Formas religiosas que fomentavam festividades e os prazeres sensuais eram altamente tentadoras. Ou, pelo menos elementos tomados por empréstimo dessas atividades que sem dúvida eram muito atrativos. 3. A lei de Israel era austera. Sempre será mais fácil seguir o curso de menor resistência. Assim, persistia por um lado a fé em Yaohu, e esta ia-se misturando com elementos cananeus. Esse processo sincretista é ilustrado em passagens como Jz 2,1-5; 2,11 – 13,17; 19; 3,5-7; 6,25. A mesma coisa se dava com combinações de palavras, como Jerubaal (ver Jz 7,1), Beeliada (ver 1Cr 14,7), Es-Baal e Meribe-Baal (ver 1Cr 8,33.34), que surgiram de outros nomes próprios. As ostraca de Samaria (cerca de 780 a.C. O demonstram que para cada dois nomes que envolviam o nome de Yaohu, um era uma forma qualquer composta de Baal. O trecho de 1 Reis 18 mostra nos que o baalismo tornou-se tão forte em Israel que somente sete mil deles permaneceram fieis à antiga fé. Elias conseguiu evitar o colapso total da fé judaica. Embora continuassem havendo reformas e o protesto dos profetas (ver Os 2,16.17), parece que foi necessário o cativeiro para impor a purificação necessária.

Dois grandes mitos de Baal. Os textos de Ras Shamra contêm esses mitos, a saber: 1. O conflito com o Príncipe do Mar e Juiz do Rio (o deus das águas obtém a ascendência e, arrogantemente, intimida os outros deuses). Baal, com a ajuda de alguns outros deuses, é capaz de derrotá-lo, confiando-o à sua devida esfera de atividade. Talvez essa luta seja simbolizada pelo leviatã da Bíblia, que poderia ser o mesmo Iotan, a serpente enroscada, e que possivelmente seja idêntica ao Príncipe do Mar, - Alguns supõem que o Dia do Senhor (segundo originalmente concebido no judaísmo) poderia referir-se a vitória de “Yahweh” sobre as forças do caos. E esse conceito poderia depender do mito cananeu, acima descrito. 2. Outrossim, havia o deus que morria e ressuscitava; Baal, morto por Mote, era então ressuscitado pelo deus Sol e por Astarte. Tal suposta ressurreição era acompanhada por grande festividades de sensualismo. Apesar de que o judaísmo, como é óbvio, nunca desenvolvesse qualquer coisa similar, excetuando casos de empréstimos diretos extraídos das religiões de seus vizinhos pagãos, alguns estudiosos supõem que o próprio conceito de ressurreição pode ter sido provocado, pelo menos em parte, por essa antiga crença. Não há como determinar até que ponto isso pode ter sido verdade. Mas a verdade do conceito da ressurreição em nada é prejudicada ainda que os povos pagãos, de maneira crua, tivessem antecipado e expressado essa ideia à sua maneira ímpia.



BAAL-BERITE

No hebraico, Senhor do pacto. Era um deus cananeu, adorado pelo povo de Siquém, após a morte de Gideão (ver. Jz 8,33 e 9,4). Essa adoração era promovida mediante o ídolo do deus. Abimeleque, neto de Gideão, tomou setenta peças de prata da casa desse deus a fim de contratar homens para o ajudarem em sua rebelião (ver Jz 9,4). Não se sabe como interpretar a palavra pacto, associada a esse deus. 1. Poderia ser um pacto geral: a aliança entre o povo e essa divindade; ou 2. Poderia ser um pacto particular: a divindade chamada como testemunha do pacto de Siquém como Israel. Provavelmente devemos pensar nessa segunda alternativa.



BAAL-GADE

No hebraico, Senhor da sorte. Nome de uma cidade no vale do Líbano, sob o monte Hermom (ver Js 11,17; 12,7 e 13,5). Ficava localizada no extremo norte das conquistas de Josué. A localização precisa é desconhecida, mas ficava entre o monte Líbano e o monte Hermom, talvez perto da moderna aldeia de Hasbeiya. Tell Haush, a doze quilômetros ao norte de Hasbeiya, tem sido identificado como o lugar, por alguns estudiosos. Esse lugar, de fato “todo o Líbano, na direção do pôr-do-sol, de Baal-Gade, sob o monte Hermom, até à entrada em Hamate”, não foi conquistado por Israel antes da morte de Josué. Alguns têm identificado esse lugar com Baalbeque mas tal identificação não tem resistido à investigação.



BAAL-HAMOM

No hebraico significa “Baal das Multidões”. Seja como for, era uma localidade nos montes de Efraim, perto de Samaria. Entre essa localidade e Dotã, foi sepultado o marido de Judite (ver Judite 8,3). Apócrifo. No Antigo Testamento, o local é mencionado exclusivamente em Ct. 8,11, onde se lê que ali Salomão tinha uma vinha.



BAAL-HANÃ

No hebraico, Baal é gracioso. Foi nome de duas pessoas, no AT.



1. Um rei de Moabe que reinou após Saul (ver Gn 36,38). Talvez fosse filho de Acbor, sucessor de Saul. Foi sucedido por Hadar ou Hadade (ver Gn 37,39.Ver também 1Cr 1,49.50).

2. Um gederita, superintendente real das oliveiras e sicômoros nas planícies baixas, sob Davi (ver 1Cr 27,28), em cerca de 1015 a.C.



BAAL-HAZOR

No hebraico, Vila de Baal. Lugar onde Absalão guardava seus rebanhos e realizou sua festa de tosquia (ver 2Sm 13,23). Não é a mesma Hazor (ver Ne 11,33), atualmente Tell 'Asar. Por longo tempo, Absalão vinha planejando vingar-se de Amom, por haver desvirginado sua irmã. Tamar, A festa foi apenas um pretexto para que pudesse pôr as mãos sobre Amom. O plano deu certo. Absalão conseguiu matar Amom, e então foi esconder-se, durante algum tempo. É provável que o lugar onde a festa foi realizada fosse uma casa nas montanhas, sendo um lugar cerca de 1200m acima do nível do mar. O lugar tem sido identificado com Jebel el-'Asur, a nordeste de el-Tayibeh, a pequena distância, e a leste da estrada para Siquém.



BAAL-HERMOM

No hebraico, Senhor de Hermom. Tem sido identificado por alguns com Baal-Gade, mas não há certeza quanto a isso. Seja como for, era um lugar onde Baal era adorado, e estava localizado na Transjordânia, nas vertentes do monte Hermom. Ficava de frente da entrada para Hamate, onde habitavam os heveus (ver Jz 3,3). Essa referência nos dá a ideia de que era uma montanha a leste do Líbano, chamada por esse nome. A atual Banjas mui provavelmente assinala o local (ver Js 13,5). [Os “cultos pagãos” - também eram adorados em montanhas...! Por isso, Yaohu – quando trouxe seu povo para a terra de Canaã, “pediu primeiro para que seu povo”, aguardasse um LUGAR, que, Seria escolhido para ADORÁ-LO. E não junto com esses deuses todos! Mas o povo, não obedeceu como sempre. Tornado a adoração a Yaohu um culto pagão também. Adorando nos ALTOS.{Dt 33,29; Nm 33,52; Dt 7,5; 12,1ss; 1Rs 3,2; 2Rs 16,4; 1Rs 12,21-33 (Jeroboão seguiu o culto dos cananeus – idolatria nos altos)}. Anselmo Estevan.].*



BAAL-MEOM

No hebraico, Senhor da Habitação (ver Nm 32,38 e 1Cr 5,8). Foi uma cidade construída pelos descendentes de Rubén. Era uma das mais importantes cidades da fronteira de Moabe, juntamente com Bete-Jesimote e Quiriataim (ver Ez 25,9). Fazia parte das possessões moabitas, ao tempo de Ezequiel (ver Ez 25,9). Também era chamada pelo nome de Bete-Baal-Meom (ver Js 13,17), Bete-Meom (ver Jr 48,23), e Beom (Nm 32,3). Há uma inscrição na Pedra Moabita que diz que Mesa, rei de Moabe, edificou-a ali construiu um reservatório. É provável que o lugar tivesse mudado de mãos com frequência, entre Israel e Moabe, por diversas vezes. Ficava localizado em Ma'in, os quase quinze quilômetros a leste do mar Morto, segundo têm descoberto os arqueólogos.



BAAL-MEU

No hebraico, Meu Senhor. Um nome usado para indicar Deus (ver Os 2,16), embora o termo fosse tipicamente pagão, e naturalmente, trouxesse tal conotação. O povo recebeu ordem para não usar o nome, por esse motivo. Mas a referência pode significar apenas que Deus agora seria chamado Ishi (marido), e não Baal, porquanto essa mudança em nome estava ensinando uma lição espiritual. Israel deveria manter um correto relacionamento com Deus, como se fosse uma esposa para com seu esposo, e não meramente o relacionamento de um servo para com o seu senhor. Todavia, o desuso do nome Baal provavelmente também serviria de medida contra o paganismo.



BAAL-PEOR

No hebraico, Senhor de Peor. Era uma divindade adorada em Moabe, quando Balaão provocou a apostasia em Israel. Isso sucedeu quando Israel estava acampado em Sitim (ver Nm 25,3 ss.) Todos os adoradores foram mortos, mediante o julgamento divino (ver Dt 4,3). Essa apostasia particular prosseguiu, sendo relembrada muito tempo mais tarde (ver Sl 106,28 e Os 9,10). Nesta última referência a adoração ao ídolo é chamada de “vergonhosa idolatria”, e seus adoradores de “abomináveis”. Alguns supõem que essa forma de adoração incluía excessos sexuais e perversões. Esse deus era a divindade local do monte Peor (daí o nome), e provavelmente estava vinculado ao Baal dos fenícios.



BAAL-PERAZIM

No hebraico, Senhor dos calções. Davi dera esse nome a um lugar, onde obteve a vitória em uma batalha contra os filisteus (ver 2Sm 5,20; 1Cr 14,11 e Is 28,21). Esse nome é curioso por ser o único que se compõe com o nome Baal, acerca do qual temos informações específicas sobre como o nome foi dado. O local é atualmente desconhecido, embora dois locais, próximos de Jerusalém, tenham sido sugeridos: a moderna Sheikh Bedr, a noroeste de Jerusalém, e um lugar no vale dos Gigantes, a sudoeste de Jerusalém. No trecho de Isaías 28,21, o lugar é chamado Monte Perazim.



BAAL-SALISA

No hebraico, Senhor de Salisa. (ver 2Rs 4,42), Era um lugar no distrito de Salisa (ver Sm 9,4). Eusébio e Jerônimo disseram que era uma cidade a quinze milhas romanas de Dióspolis, perto do Monte Efraim. Era o lugar de nascimento do homem, de nome desconhecido, que, em tempo de fome, trouxe a Eliseu vinte pães de cevada e espigas de trigo que alimentaram cem homens. A quantidade de alimento era minúscula, para tanta gente. Mas houve um milagre de multiplicação, tornando o alimento suficiente a todos, pois ainda sobrou muito alimento após todos já estarem satisfeitos. O paralelo miraculoso de Cristo, na multiplicação dos pães e dos peixes, em Mateus 14,16e ss., é óbvio. Ambos os eventos ilustram como a provisão de Yaohushua é surpreendente, podendo derrotar tanto a fome física quanto a fome espiritual. As pessoas se surpreendem lhes é conferida uma provisão inesperada, e elas dizem: “Louvado” seja o “Senhor” - Baal. Porém em breve esquecem-se da providência divina, e tornam a surpreender-se, em futuras ocasiões. [MAS SÓ QUE O NOME “SENHOR” – ESTÁ SE REFERINDO A UMA DIVINDADE PAGÃ! E, NÃO AO SEU VERDADEIRO NOME COMO ELE QUER SER RECONHECIDO – YHWH – YAOHU – YAOHU-UL - YAOHU – YAOHUSHUA. (Anselmo Estevan.)].*



BAAL-TAMAR

No hebraico, Senhor da palma. Era um lugar perto de Gibeá, na tribo de Benjamim, onde as outras tribos lutaram com os benjamitas (ver Jz 20,33). Eusébio chamava-a de Betamar, o que é um intercâmbio verbal com Bete e Baal. O lugar estava associado à palmeira de Débora (ver Jz 4,5), que ficava entre Betel e Ramã, uma posição que talvez explique o nome. Israel fora à batalha para castigar o pecado de Benjamim (ver Jz 20,33). O local atualmente é desconhecido, mas ficava perto de Gibeá, que dista seis quilômetros e meio de Jerusalém. Alguns identificam as ruínas em Erhah como o local.



BAAL-ZEBUBE

No hebraico, Senhor das moscas. Belzebul, segundo se pensa, significa deus do monturo, que expressa repulsa ao príncipe de toda impureza moral. Todavia, alguns supõem que a palavra significa “senhor da habitação”, onde se ocultariam maus espíritos. As variantes textuais nos manuscritos confundem o quadro. Baal-Zebube aparece no AT, e Belzebul no NT. (Ver 2Rs 1,2; 1,3.6; 1,16; Mt 10,25; 27; Mc 3,33; Lc 11,15ss.). Originalmente, Baal-Zebube era um deus filisteu, ao qual Acazias, filho de Acabe, rei de Israel, mandou consultar, após ter caído de seu quarto elevado, em Samaria (ver 2Rs 1,2). Acazias esperava receber algum bom preságio da parte dessa divindade, acerca de sua condição, mas foi repreendido por Elias, por tal lapso. A morte foi declarada como certa, como castigo. Não se sabe porque essa divindade era chamada das moscas. Alguns têm sugerido que isso se deve ao fato de que ele protegia seus adoradores das moscas. Outros pensam que significa que a sua mensagem e provisões eram rápidas, como moscas. Ou então, a quase onipresença das moscas poderia sugerir uma divindade que está em todos os lugares. A forma neotestamentária varia nos manuscritos, e muita discussão se concentra em torno de seu significado e uso.



BAAL-ZEFOM

No hebraico, Senhor do Inverno, ou Senhor do norte. Uma cidade pertencente ao Egito localizada na fronteira do mar Vermelho. (Ver Êx 14,2 e Nm 33,7). Ali acamparam os filhos de Israel antes de atravessar o mar. Ao que parece, foram apanhados em uma armadilha, pelo que devia ser uma espécie de península. Ali postados, viram os exércitos egípcios que se aproximavam. Os filhos de Israel ficaram aterrorizados, queixando-se diante de Moisés por qual razão tinham sido apanhados em uma armadilha. Porém, Moisés exortou-os a que confiassem em Deus (Yaohu). Foi então que o povo de Israel atravessou o mar por terra seca. E os exércitos egípcios, tentando fazer a mesma coisa, foram afogados nas águas do mar, que retornaram ao seu devido lugar.

O próprio nome fala de um bem conhecido deus da literatura de Ugarite. Há evidências de que essa divindade estava associada ao porto egípcio de Tapanes. Posteriormente, Jeremias foi levado para esse porto, pelos judeus que fugiam de Jerusalém, pois recusavam-se a render-se a Nabucodonosor.

Não se sabe qual a localização exata de Baal-Zefom, mas supõem-se que ficava ou perto do mar Mediterrâneo, em Tapanes, a 35km a suleste de Rameses, ou para o suleste daquele lugar. Tapanes é a atual Tell Defneh, na extremidade norte do istmo.



BAALÃ

No hebraico, senhora. Há variações desse nome como Quiriate-Jearim (ver Js 15,9). Baalim de Judá (ver 2Sm 6,2), Quiriate-Baal, em Judá (ver Js 15,60 e 18,4).

1. A cidade de Quiriate-jearim, a quase quinze quilômetros a oeste de Jerusalém, talvez a moderna Tell-el-Azhar. Ela é mencionada em conexão com as fronteiras do território de Judá (ver Js 15,9.10.11.29; 1Cr 13,6).

2. Uma cidade ao sul de Judá, talvez a Baalá de Js 19,3, ou a Bealote de Js 15,24. Ficava na Sefelá, anteriormente parte do território de Simeão, tendo sido identificada com Khirbet el-Meshash, cidade no extremo sul de Judá (ver Js 15,29).

3. Uma cadeia montanhosa de Ecrom a Jabneel, na fronteira norte de Judá, talvez na colina atualmente conhecida como Mughar e associada a Khirbet el-Meshash (ver Js 15,11).

4. Baalá, uma cidade de Dã, na fronteira (ver Js 19,44), associada a Bel 'ain.

5. Uma cidade a oeste de Gezer, talvez a mesma mencionada no número anterior. O lugar foi construído por Salomão, para servir de cidade-armazém (ver 1Rs 9,18 e 2Cr 8,6).

6. BaaL, devendo ser identificada com Baalate-Beer (1Cr 4,33).



BAALATE

(Ver Baalá, números 4 e 5.).



BAALATE-BEER

No hebraico, poço santo, ou Baal do poço. Era uma cidade do território de Simeão, evidentemente o santuário de uma deusa. Deve ser identificada com “Ramá do Sul” (ver Js 19,8; 1Cr 4,33), a qual muitos pensam ser a mesma que a de números 6, sob o título Baalá. Não se sabe o local exato, mas pensa-se que fica no extremo sul de Neguebe, e próximo um poço.



BAALE-JUDÁ

No hebraico, Senhores de Judá. Uma cidade de Judá, de onde Davi trouxe a arca para Jerusalém (ver 2Sm 6,2), provavelmente a mesma Baalá de Js 15,9 e 1Cr 13,5,6. Ver o número 1 do artigo sobre Baalá.



BAALINS

No hebraico, grande Senhor, sendo o plural de Baal. O termo encontra-se em Jz 2,11; 3,7; 1Rs 18,18; Jr 2,23; Os 11,2 e outros trechos.

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